quarta-feira, 7 de fevereiro de 2024

Raimundo Fagner e Belchior


Francisco Farias do Rêgo > Raimundo Fagner

No Bar do Anísio, Fagner conheceu Belchior.

"Éramos o segundo time, o plano B, mais jovens do que os outros que não nos davam a menor trela.

Belchior se levanta da mesa e fala:

“Magro.” Era como ele me chamava. “Olha essa letra aqui.” Era “Mucuripe”.

Fagner a levou para casa e, no dia seguinte, uma surpresa:

chegou com a música pronta.

Todo mundo gostou.

Ficaram espantados.

A partir desse episódio passaram a vê-lo com outros olhos.

Quando cantou “As curvas da estrada de Santos” na televisão, declarou no ar que ainda seria o artista mais famoso do Ceará.

Suas palavras começavam a incomodar.

Certa vez, abordou um fotógrafo que cobria os programas da TV Ceará e que só apontava sua câmera para artistas vindos de fora:

“Ei, fulano, bate uma foto minha porque ainda serei famoso.”

Fagner e Belchior ganharam o respeito da Turma do Bar do Anísio (Praia de Iracema), após a composição de “Mucuripe”; e menciona as dificuldades da convivência deles no Rio de Janeiro, nos anos de 1970.

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