Por Gorete Costa
Aqui estão os sete equívocos mais recorrentes entre os falantes brasileiros:
1. Há x A
A confusão entre “há” e “a” é um dos erros mais comuns, devido à pronúncia semelhante. No entanto, é importnte distinguir seus usos adequados. “Há” é uma forma do verbo “haver” e indica tempo decorrido, enquanto “a” pode ser um artigo definido ou uma preposição indicando direção ou localização.
Exemplo correto:
“Não visito minha cidade natal há três anos.”
“A escola fica a cinco minutos daqui.”
2. Mal x Mau
Embora tenham pronúncias idênticas e significados semelhantes, “mal” e “mau” são empregados em contextos distintos.
“Mal” é utilizado em situações negativas ou para indicar algo errado, enquanto
“mau” é um adjetivo que qualifica algo ou alguém de forma negativa.
Para ajudar no entendimento faça substituições:
MAL pode ser usado quando pode-se substituir por BEM.
Por outro lado, deve usar MAU quando o contexto permitir a substituição por BOM.
Exemplo correto:
“Ela está mal de saúde.”
“Ele é um mau aluno.”
3. Agente x A Gente
Outra confusão comum ocorre entre “agente” e “a gente”. “Agente” refere-se a alguém que executa uma ação, enquanto “a gente” é uma forma informal de se referir a “nós”.
Exemplo correto:
“A gente precisa visitar nossos pais.”
“Ela é uma agente da polícia.”
4. Menos x Menas
Aqui não há discussão: “menas” simplesmente não existe na língua portuguesa.
“Menos” é utilizado para indicar redução ou comparação.
Exemplo correto: “Ela tem menos livros do que eu.”
5. Sobre x Sob
Apesar de parecer simples, muitos falantes confundem “sobre” e “sob”. “Sobre” implica em cima de algo, enquanto “sob” indica abaixo ou debaixo de algo.
Exemplo correto:
“O livro está sobre a mesa.”
“O rio passa sob a ponte.”
6. Meia x Meio
“Meia” pode se referir a uma peça de roupa ou a metade de algo, como em “meia hora”.
Por outro lado, “meio” pode ser um advérbio de intensidade, como em “ela está meio cansada”.
Exemplo correto:
“Estou a meia hora daqui.”
“Ele está meio confuso com as instruções.”
7. Nada a Ver x Nada Haver
Por fim, um erro bastante comum é o uso incorreto de “nada haver” em vez de “nada a ver”.
A expressão correta é “nada a ver”, indicando que algo não tem relação com outra coisa.
Exemplo correto:
“Esse assunto não tem nada a ver com a reunião de hoje.”
Gorete Costa
Graduada em Serviço Social pela Universidade do Norte do Paraná (Unopar), Gorete Costa é especialista em comunicação, atuando como radialista em programas jornalísticos e de entretenimento, além de produção e revisão de textos informativos para sites e blogs.
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