IO neurocirurgião Bruno Burjaili explica que um sangramento pequeno muitas vezes pode ser até assintomático e outras vezes, pode trazer uma leve dor de cabeça, eventualmente um enjoo, náusea ou dor na própria região da pele onde houve a batida.
“Esse é o quadro mais comum de um sangramento pequeno. Há pessoas que batem a cabeça e estão sem sintomas quando nós atendemos no pronto-socorro, e após o exame descobrimos que o sangramento tá ali, ainda silencioso”, conta o médico.
Em sangramentos mais intensos, ou que atingem regiões muito específicas, alguns sintomas mais graves podem ser observados como:
Redução do nível de consciência;
Sonolência;
Confusão mental;
Vômito;
Dor de cabeça intensa;
Visão turva;
Fraqueza no corpo e tontura;
Alterações na sensibilidade e fala.
Outro sintoma que pode se apresentar é a crise convulsiva.
O médico explica que o cérebro fica irritado com a presença do sangue ou com a agressão sofrida nessa região e isso faz com que haja disparos elétricos desordenados provocando a crise convulsiva.
Tratamento
O neurocirurgião explica que o tratamento de um pequeno sangramento endotelial frontal, sendo pequeno e com poucos sintomas, geralmente é a observação. De acordo com o médico, geralmente, o sangramento leve não precisa de cirurgia.
“Observar a pessoa de perto e verificar se o sangramento não vai piorar ou se os sintomas não vão piorar. Nas primeiras horas, ou até por um pouco mais do que isso, a pessoa pode ficar em observação no pronto-socorro e depois de uma primeira tomografia, averiguar a evolução que aconteceu com aquele sangramento”, explica o especialista.
Em casos de sangramentos maiores ou que estão crescendo, a neurocirurgia é indicada para tratamento.
“Às vezes, não só temos que retirar o sangue daquela região, como também retirar um pouco da cobertura óssea, porque o cérebro pode estar tão inchado que fica apertado dentro do osso do crânio, que é fechado.
É um dos grandes problemas desses sangramentos, porque como não tem pra onde o sangue escapar, ele começa a pressionar o cérebro e o próprio inchaço do cérebro torna aquele espaço restrito”, diz o médico.
Quanto à similaridade do diagnóstico de Roque e Ramos, o médico explica que existem diversos tipos de hematomas e que seus tratamentos dependem da região e da gravidade na qual eles se encontram.
“Dependendo da localização, da profundidade do sangramento intracraniano, ele vai ter um sobrenome, alguma designação a depender desta camada e dessa profundidade”.
Fonte: Redação Terra Você
Terra.com.br
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