Hiponatremia é uma condição caracterizada pela concentração anormalmente baixa de sódio no sangue, geralmente causada por um excesso de água no organismo.
O sódio é crucial para regular a água e as funções celulares, e seus níveis baixos levam a inchaço celular, especialmente no cérebro, o que pode causar sintomas neurológicos como confusão, convulsões e coma.
As causas incluem doenças cardíacas, renais e hepáticas, uso de certos medicamentos e excesso de ingestão de líquidos, sendo o tratamento focado em reverter o desequilíbrio hídrico e tratar a condição subjacente.
O que é?
Baixo nível de sódio:
É uma condição médica onde os níveis de sódio no sangue estão abaixo do normal (abaixo de 135 mEq/L).
Desequilíbrio entre água e sódio:
O problema geralmente é um excesso de água em relação à quantidade de sódio no corpo, que dilui o sódio.
Causas comuns
Excesso de ingestão de líquidos:
Beber muita água pode diluir os eletrólitos, incluindo o sódio.
Doenças:
Insuficiência cardíaca, doenças hepáticas e renais podem contribuir para a hiponatremia.
Medicamentos:
Diuréticos e outros remédios podem levar à perda de sódio.
Síndrome de Secreção Inadequada de Hormônio Antidiurético (SIHAD):
Condições hormonais que levam a uma retenção excessiva de água.
Sintomas
Os sintomas se manifestam devido ao inchaço das células cerebrais.
Cefaleia (dor de cabeça)
Confusão e lentidão de raciocínio
Náusea e vômito
Fraqueza e fadiga
Cãibras musculares
Em casos graves: convulsões e coma
Diagnóstico e tratamento
Diagnóstico:
É feito por meio de exames de sangue que medem os níveis de sódio.
Tratamento: Envolve:
Restrição hídrica:
Limitar a ingestão de água.
Correção da causa:
Tratar a doença subjacente (insuficiência cardíaca, renal, etc.) ou ajustar medicamentos.
Administração de fluidos:
Em casos graves, pode ser necessário administrar fluidos intravenosos para corrigir o nível de sódio.
Importância
A hiponatremia pode ser perigosa, especialmente quando se desenvolve rapidamente, e deve ser avaliada por um médico, que determinará a causa e o tratamento adequado.
Hiponatremia (níveis baixos de sódio no sangue) - MSD Manuals
Na hiponatremia, os níveis de sódio no sangue estão excessivamente baixos.
MSD Manuals
Hiponatremia: o que é e como é diagnosticada - Salomão Zoppi
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Salomão Zoppi
Médico explica risco de hiponatremia após susto de María Antonieta, a Chiquinha: ‘Nunca tente corrigir em casa’
Queda e hospitalização de María Antonieta de las Nieves, a Chiquinha do Chaves, chamam atenção para a hiponatremia e médico alerta para sinais e cuidados
Por Dr. Matheus Luis Castelan Trilico

María Antonieta de las Nieves - Foto: Instagram
A atriz María Antonieta de las Nieves , de 78 anos, conhecida mundialmente como a eterna Chiquinha do seriado Chaves, viveu dias de tensão no final de agosto.
Ela foi hospitalizada após uma crise de ansiedade severa, quando exames apontaram deficiência de sódio no sangue e uma possível deterioração neurológica. Poucos dias depois, em de setembro, María Antonieta sofreu queda de uma escada em um teatro, mas conseguiu se levantar rapidamente e não teve ferimentos graves.
A CARAS Brasil conversou com o neurologista Matheus Luis Castelan Trilico, que analisou o caso e explicou os cuidados necessários para evitar complicações em situações como essa.
Fatores de risco para hiponatremia em idosos
Segundo o Dr. Trilico, diversos fatores contribuem para a hiponatremia, condição em que há baixa concentração de sódio no sangue, sendo os medicamentos a causa mais comum.
“O uso de diuréticos, antidepressivos – especialmente os inibidores seletivos de recaptação de serotonina –, anticonvulsivantes e alguns anti-hipertensivos pode interferir na regulação do sódio”, explica o médico.
Ele destaca ainda que insuficiência cardíaca, cirrose hepática, hipotireoidismo e a síndrome de secreção inadequada do hormônio antidiurético (SIADH) também elevam o risco: “O processo natural de envelhecimento reduz a capacidade dos rins de concentrar urina e a sensibilidade ao hormônio antidiurético”, acrescenta.
O perfil de maior risco inclui mulheres acima de 65 anos, principalmente aquelas com múltiplas comorbidades e uso de vários medicamentos.
Idosos institucionalizados, com demência ou transtornos psiquiátricos, também são mais vulneráveis:
“Infecções,
cirurgias recentes,
vômitos persistentes ou
diarreia podem precipitar episódios de hiponatremia. Identificar precocemente esses fatores é fundamental para prevenção e monitoramento”, alerta.
Tratamento cuidadoso e monitoramento constante
O neurologista reforça que o tratamento da hiponatremia em idosos exige atenção especial: “A correção inadequada pode ser mais perigosa que a própria condição“, diz o Dr. Trilico.
Em casos leves ou moderados, o tratamento geralmente envolve restrição controlada de líquidos, ajuste ou suspensão de medicamentos e tratamento da doença de base:
“Quando os sintomas neurológicos são graves, pode ser necessária a correção com soluções salinas hipertônicas em ambiente hospitalar, sempre com monitoramento rigoroso”, explica.
A velocidade de correção é um ponto crítico: “Se for muito rápida, pode causar a síndrome de desmielinização osmótica, uma complicação neurológica grave e potencialmente irreversível”, alerta o especialista.
Durante a recuperação, é essencial o monitoramento laboratorial frequente, avaliação neurológica regular e controle rigoroso da ingestão de líquidos: “A educação da família sobre sinais de melhora ou piora é vital para o sucesso do tratamento”, enfatiza.
Como familiares podem prevenir e agir rapidamente?
O médico destaca que a prevenção da hiponatremia começa em casa.
“É importante manter uma lista atualizada de todos os medicamentos e suplementos, fazendo revisões periódicas com o médico para identificar possíveis interações ou ajustes”, orienta.
O controle de doenças como diabetes, problemas cardíacos e de tireoide é essencial: “Famílias devem observar o equilíbrio hídrico: nem restringir demais, nem permitir ingestão excessiva de líquidos, especialmente água pura”, explica.
A observação diária do comportamento, apetite e capacidades cognitivas do idoso também ajuda a detectar mudanças precoces: “Ao notar sintomas como confusão, náuseas, fraqueza ou alterações de comportamento, é fundamental buscar avaliação médica urgente. Nunca tente corrigir em casa oferecendo sal ou restringindo líquidos sem orientação”, reforça.
Dr. Matheus conclui: “Cuidadores bem informados fazem a diferença entre um episódio controlado e uma emergência neurológica grave”.
Dr. Matheus Luis Castelan Trilico é médico pela Faculdade Estadual de Medicina de Marília (FAMEMA); Neurologista com residência médica pelo Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (HC-UFPR); Mestre em Medicina Interna e Ciências da Saúde pelo HC-UFPR e tem pós-graduação em Transtorno do Espectro Autista. Referência em Autismo e TDAH em adultos. CRM 35805PR I RQE 24818.
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