sábado, 11 de outubro de 2014

José Ferreira Marinho - Um Homem De Coragem


José Ferreira Marinho

Aqui em nosso Estado, Paraíba, existe a letra de uma música que se referindo à quantidade de pessoas com o nome de JOSÉ, assim diz:

"Vige, como tem Zé! Zé de baixo. Zé de riba! Te desconjuro por São José, como tem Zé lá na Paraíba! Mas, não é deles que estamos falando. nem do JOSÉ, do poema de Carlos Drummod de Andrade: "E agora José?

Nos referimos a José Ferreira Marinho, para uns, Professor Marinho,  para outros, Coronel Marinho e para sua esposa Dolores, simplesmente Zé Marinho.

Nascido na cidade de Alagoa Grande, aos dias 18 de junho de 1911, filho de Manoel Ferreira Marinho e Ana Ferreira Marinho, ele logo cedo começou a mostrar seu espírito ativo e cheio de esforços para lutar e vencer na vida.

Aos 14 anos passou a fazer parte da banda de música de sua cidade natal. Quando fez 18 anos foi para o Rio Grande do Norte, onde ingressou nas fileiras da Polícia Militar, chegando a galgar através dos seus estudos, o posto de Coronel, sendo sempre promovido por merecimento, tendo recebido como prêmio da corporação, uma espada que hoje é relíquia para sua família.

Foi nomeado muitas vezes delegado de polícia da cidade de Natal, pelo seu brio e justiça.

Paralelamente à sua vida militar José Ferreira Marinho fundou o jornal "A Caserna", do qual também foi assíduo colaborador.

Com uma enorme preocupação com a educação das crianças, criou um grupo de escoteiros, para crescerem com um caráter firme e leal. Foi também o fundador da Escola de Música Santa Cecília e da Orquestra Sinfônica da referida escola, introduzindo jovens e adultos no mundo musical tão essencial e sublime ao nosso espírito.

Quando alcançou o último posto de oficial pediu transferência para a reserva, recebendo como reconhecimento dos seus feitos em Natal e arredores, o título de Cidadão Natalense, que muito o honrou e o fez  feliz pelo dever cumprido.

Depois disso, resolveu voltar à Paraíba, trazendo no coração a saudade dos seus amigos : o historiador Luiz da Câmara Cascudo, o político Dix-Huit Rosado Maia, o major Enéias Araújo, que foi seu fiel colaborador na fundação da Escola de Música Santa Cecília, dentre outros.

Fixou residência em João Pessoa, com toda a sua família e retornou a convivência diária com seus pais e irmãos.

Mas ele não se acomodou e recomeçou a vida de músico como professor da Escola de Música Antenor Navarro. Foi compositor e maestro.

Neste mundo da música, fez amigos como a professora e maestrina Luzia Simões, o maetro Gazzi de Sá, o pianista Gerardo Parente, os maestros Augusto Simões, Pedro Santos e Arlindo Teixeira, o musicólogo Domingos Azevedo, e a professora-pianista Creuza Teixeira de Souza,dentre outros músicos de igual dedicação ao ensino musical, mundo tão maravilhoso.

No dia 14 de junho de 1970, Deus o convocou para fazer parte de Sua equipe lá no céu, certo de que já havia terminado a sua missão de militar, professor e principalmente, pai, amigo, educador, companheiro e porto seguro dos seus 10 filhos, Iaci, Ione,( Isis, Ives e Ilme,in memóriam), Ilce, Iase, Ilde, Iane e Ilis, que aqui o relembram com saudade

Elaborado por
Ione Ferreira Marinho
Filha, professora e economista.

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