domingo, 6 de março de 2011

Imagens Do Brasil Que Canta

Do Livro Brasil, Rito e Rítmo,
do jornalista Leonel Kaz, editor.
Reportagem de João Gabriel de Lima,
da revista Veja.


- Cenas de Tietagem - Chico Buarque é cercado pelas fãs em 1966. O assédio lembra o das admiradoras de Cauby Peixoto anos antes, que aparece em outra foto do livro.

-Menino do Rio - Caetano Veloso, em 1965, recém-chegado ao Rio de Janeiro.Na época ele não era famoso. Viera fazer companhia à irmã, Maria Bethânia, que cantava no show Opinião.

- A Coroação do Rei - Roberto Carlos praticamente inventou o rock nacional com a jovem guarda. Na foto, ele é "coroado" por sua mãe, "lady" Laura.

- Trinca de Ases - Pixinguinha é um dos fundadores da música instrumental brasileira. No retrato, ele está ao lado de Lamartine Babo e do cantor e trompetista americano Louis Armstrong.

- Sapoti ao telefone - Ângela Maria, a "Sapoti", conversa com um ouvinte dentro dos estúdios da Rádio Nacional, no Rio de Janeiro. A foto foi feita na década de 50.

- Estandarte da Bossa Nova - Tom Jobim e Vinícius de Moraes conversam e bebem vodca na cobertura do poeta, no Jardim Botânico. A parceria criou vários dos clássicos que tornaram a música brasileira conhecida no exterior.

Pode-se contar a história americana pelo cinema, a francesa a partir de sua literatura e a espanhola usando exemplos de sua pintura.

O Brasil, que não tem tradição em nenhuma dessas áreas, possui apenas uma expressão cultura forte: a música popular. É ela que faz a crônica do país deste que Ernesto do Santos, o Donga, gravou o primeiro samba, em território nacional, Pelo Telefone, em 1917.


Brasil, Rito e Rítmo (Aprazível Edições; 237 páginas; 180 reais), lançado na semana passada, faz mais do que narrar, em quatro ensaios competentíssimo, como a música popular se tornou a arte do Brasil.


Brasil, Rito e Rítmo não é uma obra passadista. Mas ao ver, em preto e branco, as imagens de Chico Buarque cerdado de fãs, Tom e Vinícius criando suas obras-primas e Roberto Carlos inventando o rock nacional na jovem guarda,
é inevitável sentir saudade.Publicado na revista Veja
Edição de 5 de maio de 2994.
parte do artigo sobre o livro Brasil, Rito, Rítmo.

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