mensagem de fé
A angústia é uma das experiências mais difíceis experimentadas pela alma humana.Difícil, porque a pessoa angustiada procura saídas e não as encontra; anseia por soluções imediatas e todas parecem distantes demais. Por isso mesmo a angústia é um momento limite, beirando quase as fronteiras do desespero. A angústia dói, e muito!
Por sua própria natureza sufocante, a experiência da angústia provoca reações perigosas, travestidas de soluções necessárias, todavia, são caminhos muito curtos para o precipício, com as suas mais diferentes consequências.
Geralmente, quando angustiada, a pessoa procura o caminho de isolamento. Tranca-se em si mesma, imaginando, ilusoriamente, que da clausura sairá a solução. Enganam-se os que agem assim. Tanto o isolamento como o trancar-se em si, podem, isto sim, constituírem-se numa vereda fatal para a agonia do espírito. O limite entre a agonia e a sensação de morte é por demais tênues. Por causa dessa atitude, é que muitos transformam a angústia no caminho da sua própria autodestruição.
Outros, quando mergulhados numa experiência angustiante, daquelas cuja dor imerge a alma nas águas turvas do sofrimento, tendem a tomar decisões precipitadas por conta do desespero, imaginando encontrar nelas a solução milagrosa que o momento reclama. Também estes estão enganados.
Ninguém deve tomar decisões radicais em momentos de crise. A dor do luto, das perdas repentinas, das rupturas significativas e outras experiências amargas levam alguns à irracionalidade e à precipitação. Geralmente, quem assim procede, vai conviver com outra dor: a do arrependimento. Este é o caminho mais fácil para a depressão. Passada a turbulência, vem a frustração pela destruição das conquistas adquiridas.
O que fazer, então? Não é fácil. Contudo, a angústia não é sinônimo de morte. Deve ser o momento do qual brotarão novas esperanças.
-"A temprestade pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã".
A compreensão profunda desta verdade bíblica é a base sobre a qual deve repousar a nossa esperança. Tudo passa, inclusive a nossa dor. Não importa exatamente quantas horas tem uma noite de angústia - às vezes, ela parece não ter fim - importa, sim, a certeza de que a alegria virá pela manhã. O sofrimento ofusca a percepção dos primeiros raios do sol que trazem consigo o alvorecer de um novo tempo.
O melhor nessa hora é fazer como Davi, o salmista, quando, dialogando consigo mesmo, encontrou a saída para a sua angústia profunda - "Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus!... (Sl 42:5).
Confiar em Deus! Esperar em Deus! Descansar em Deus! Este é o melhor remédio para a alma angustiada. Por quê? Porque Deus nunca falha. Ele é socorro e paz!
Estevam Fernandes é pastor da 1ª Igreja Batista.
Publicada no jornal Correio da Paraíba
Edição de 25/05/2014
Opinião
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