Tenho 33 anos e tive minha filha com 31. No final da gravidez, com pressão alta, não tive contração nem dilatação. Foi feita a cesária e a médica disse que tive pre-eclâmpsia. Disse também que, se tiver outro filho, terei pressão alta.Quais são os riscos de uma outra gravidez? O que exatamente é eclâmpsia?
A.P.Votorantim, SP
Na pre-eclâmpsia também conhecida como Toxemia Gravídica ou Doença Hipertensiva Específica da Gravidez (DHEG), ocorre uma elevação da pressão arterial e excreção de proteína na urina, geralmente após 20 semanas de gestação.
Ainda não se tem certeza sobre os fatores que causam a pre-eclâmpsia, mas sabe-se que é uma alteração dos vasos sanguíneos periféricos desencadeada pela resposta dos rins às substâncias produzidas pelo organismo da mulher na gravidez.
A pre-eclâmpsia pode ser leve, com aumento da pressão e perda de pequena quantidade de proteínas; grave ou severa, com aumento da pressão acima de 160x110 mmHg e perda de mais de 300 mg de proteína por dia e até a destruição de glóbulos vermelhos, comprometimento do fígado e diminuição das células de coagulação. A forma mais severa é a eclâmpsia, no qual a grávida tem convulsões.
A DHEG é mais comum na primeira gravidez.
Na maioria das vezes, o quadro se reverte após o parto. Em gestações subsequentes, o risco é menor, porém mulheres que já tiveram DHEG apresentam maior possibilidade.
Sugiro a busca de aconselhamento antes de engravidar. Algumas mulheres se beneficiam de medicamentos, como a aspirina, tomados desde as primeiras semanas da gestação.
Dr.Alexandre Ades
Ginecologista e obstetra, mestre e doutor pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.
Publicado na revista AnaMaria
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