mensagem de fé
Muito embora sejam conceitos bem próximos, quase sinônimos, cativeiro e prisão podem não significar exatamente a mesma coisa. Têm diferenças sutis. As prisões estão mais associadas à privação da liberdade física. É o estado de alguém condenado a viver atrás das grades, ou em sua residência, sem o direito de ir e vir, punido por algum crime. Para quem se encontra aprisionado, o espaço da cela é o tamanho do seu mundo social. Ela não é refém das grades. Sabe de si!
É bem verdade que o cativeiro também é um estado de privação da liberdade, mas de uma outra natureza, ao grades são outras e nem sempre a pessoa se dá conta disso. Porquê? Porque elas não se encontram do lado de fora, mas dentro dela mesma. Na sua alma. No coração.
O cativeiro emocional mantém a alma por detrás de muitas grades. Essas grades não foram feitas a partir de ferro fundido, mas de sentimentos mesquinhos e auto-destrutivos, dos resíduos tóxicos de lixo emocional, como as mágoas, os ressentimentos, os desejos de vingança, de relacionamentos opressores. Se por um lado as prisões físicas denunciam a condição social de um indivíduo privado da liberdade por conta da sua impossibilidade de conviver em paz com os outros, por outro lado, os cativeiros emocionais denunciam a condição interior de uma pessoa prisioneira de si pela impossibilidade de viver em paz consigo mesma.
Precisamos lutar contra todos sequestradores da nossa liberdade. São algozes opressores. Lembro-me da receita espiritual ensinada pelo home que disse:
" Eu vim trazer liberdade nos cativos".Ele, Jesus Cristo, destruiu todas as prisões e cativeiros, quebrou as grades da morte e apontou o caminho da verdadeira liberdade, e afirmou: "Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará".
Estevam Fernandes
Pastor da 1ª Igreja Batista
Publicada no jornal Correio da Paraíba
Edição de 22 de maio de 2016
Opinião.
Nenhum comentário:
Postar um comentário