É interessante como podemos estabelecer uma analogia pedagógica entre o mar e a vida, entre um pescador no seu barco e o nosso esforço pela sobrevivência.No mar, o pescador luta contra as ondas. A habilidade dele está não apenas em saber pescar, mas também em lidar com os ventos contrários e as águas revoltas. Nisto está a sua sobrevivência. Em terra, também nos deparamos com os ventos contrários e as ondas revoltas.
O pescador aprende desde cedo que o mar é cheio de surpresas. Às vezes, ele está calmo e sereno. De repente, sobrevém uma tempestade.A vida também é cheia de surpresas.Quando tudo parece calmo e tranquilo, somos surpreendidos por uma tempestade. São as ondas furiosas que vêm trazendo enfermidades, desemprego, separação, angústia e tanto outros males.
Além do barco e da rede para pescar, o pescador precisa de duas outras virtudes: a paciência e a experiência. Também precisamos ter paciência. Toda crise é passageira. O desespero é próprio dos imaturos, e a pressa é o suicídio existencial dos que não sabem esperar.
Finalmente, aprendemos com o pescador que há momentos em que os recursos pessoais e os equipamentos do barco não são suficientes para enfrentar as ondas violentas. Quando o mar está muito bravio, somente uma força maior do que os ventos e o rebuliço das águas poderá acalma-lo. Então, o pescador clama ao céu.
Há momentos em que descobrimos, diante de algumas circunstâncias com as quais nos deparamos, que a nossa experiência, nosso dinheiro, nossos títulos e nossas forças são insuficientes. São as ondas turbulentas que agitam as águas da vida e vêm sobre nós com fúria destruidora. Temos, então, de recorrer Àquele que é maior do que todas as ondas, pois é o Senhor da criação. Só Ele acalma os ventos e quebra o furor das ondas. Precisamos urgentemente de Deus!
Estevam Fernandes é pastor da 1ª Igreja Batista.
Publicada no jornal Correio da Paraíba
Edição de 10 de setembro de 2017
Opinião
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