Nelson Manzatto
Um dos doze discípulos, chamado Judas Iscariotes, foi ter com os sumos sacerdotes e disse:
“Que me dareis se vos entregar Jesus?”
Combinaram, então, trinta moedas de prata.
E daí em diante, Judas procurava uma oportunidade para entregar Jesus. No primeiro dia da festa dos Ázimos, os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram:
“Onde queres que façamos os preparativos para comer a Páscoa?”
Jesus respondeu:
“Ide à cidade, procurai certo homem e dizei-lhe:
‘O Mestre manda dizer:
o meu tempo está próximo, vou celebrar a Páscoa em tua casa, junto com meus discípulos’”.
Os discípulos fizeram como Jesus mandou e prepararam a Páscoa.
Ao cair da tarde, Jesus pôs-se à mesa com os doze discípulos. Enquanto comiam, Jesus disse:
“Em verdade eu vos digo, um de vós vai me trair”.
Eles ficaram muito tristes e, um por um, começaram a lhe perguntar:
“Senhor, será que sou eu?”
Jesus respondeu:
“Quem vai me trair é aquele que comigo põe a mão no prato.
O Filho do Homem vai morrer, conforme diz a Escritura a respeito dele. Contudo, ai daquele que trair o Filho do Homem! Seria melhor que nunca tivesse nascido!
” Então Judas, o traidor, perguntou:
“Mestre, serei eu?”
Jesus lhe respondeu: “Tu o dizes”. (Mt 26,14-25)
Reflexão: O amor que Deus tem por todas as pessoas nunca foi plenamente correspondido, pois sempre o pecado manifestou o desamor que o homem tem por ele. O episódio da traição de Judas nos mostra de um modo muito mais profundo esta verdade. O Filho, verdadeiro Deus, Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, por amor a nós, renuncia à sua condição divina e se faz homem, tornando-se um de nós. A resposta que ele encontra dos homens não é o amor, mas a traição e a morte. Mas nem mesmo esta realidade diminui o amor que Deus tem por nós, uma vez que, por amor, Jesus nos dá livremente a sua vida. (Fonte: CNBB)
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