Saulo Nogueira/Divulgação)
A super lua acontece quando a lua cheia está no perigeu, ponto da órbita mais próximo da Terra.
Os apaixonados pela Lua e admiradores do céu têm muito a aproveitar nesta última semana de abril. Desde ontem, a super lua pode ser observada de qualquer ponto da cidade, desde que não haja muitas nuvens. Hoje é o último dia para testemunhar esse espetáculo celeste. E em áreas com pouca iluminação artificial no Distrito Federal, os entusiastas da astronomia ' também terão a oportunidade de conferir duas chuvas de meteoros.
O professor de física da Universidade de Brasília (UnB), Paulo Brito explica como acontece o fenômeno lunar. “A órbita da Lua em volta da Terra é em forma de elipse, ou seja, existe um ponto mais próximo e outro mais distante. A superlua acontece, justamente, quando a Lua cheia coincide com o Perigeu, o ponto mais próximo do nosso planeta. Com isso, o disco da Lua terá um aumento de cerca de 14%, o que faz com que, aparentemente, ela esteja maior, devido a sua proximidade”.
O efeito inverso também acontece. “Quando a Lua cheia está no ponto mais distante de sua órbita, no Apogeu, nós a chamamos de mini lua. A olho nu, essas variações são difíceis de distinguir, mas, quando se fotografa, por exemplo, é nítido que a Lua ocupa uma área maior. Não é um fenômeno raro, o Perigeu e Apogeu acontece todo mês, o que caracteriza a super lua é a coincidência da Lua cheia com o período em que está mais próxima da Terra. Geralmente, acontece de três a quatro vezes por ano”, ressalta Paulo Brito.
O professor afirma que não é necessário equipamentos profissionais para conferir o evento. “Mesmo se a pessoa não tiver uma câmera fotográfica, alguns celulares conseguem captar muito bem a Lua. Vale lembrar que o tamanho dela se trata, principalmente, de uma ilusão de ótica do nosso cérebro, sobretudo quando ela está na linha do horizonte, pois temos outros elementos para comparar. Quando ela está alta no céu, por exemplo, a super lua perde um pouco o encanto. E isso acontece também com o Sol, pois quando ele está mais próximo do horizonte, temos a impressão dele estar bem maior do que quando está no ápice do dia”.
O físico Paulo Brito explica que a super lua é, na verdade, uma ilusão de ótica, em que o nosso satélite aparenta ficar 14% maior
“Superlua Rosa”: astronautas fotografam o fenômeno a partir da Estação EspacialSe uma imensa lua cheia já é algo bonito vista da Terra, já imaginou como deve ser vista do espaço?
por Rafael Rigues , Editado por André Lucena
(Foto: Reprodução Olhar Digital)
Na segunda-feira (26) tivemos a “Superlua Rosa”, fenômeno que acontece quando a Lua está cheia exatamente no ponto de sua órbita em que está mais próxima da Terra. Isso faz com que ela pareça um pouco maior no céu, especialmente quando vista em contraste com objetos no horizonte como árvores e prédios.
Se uma imensa lua cheia já é algo bonito vista da Terra, já imaginou como deve ser vista do espaço? Para matar a curiosidade, o perfil oficial da Estação Espacial Internacional no Twitter publicou quatro fotos da lua feitas por astronautas a bordo.
O contraste com a fina camada de nossa atmosfera e as nuvens abaixo torna as imagens ainda mais impressionantes. A última foto é especial: feita quando a estação estava no lado noturno do planeta, ela mostra a lua brilhando em um céu salpicado de estrelas, com o tênue brilho de nossa atmosfera (chamado “airglow“) abaixo.
Vale mencionar que apesar do nome “superlua rosa” (Super Pink Moon) nos EUA, a Lua não tem uma cor diferente durante o fenômeno. O nome vem de tribos indígenas que marcavam a passagem do tempo pelas luas cheias. Cada uma tinha um nome específico, e a de abril é “rosa” porque surge na mesma época que as flores róseas da Phlox Subulata, uma planta selvagem norte-americana.
Teremos mais superluas neste ano?
Segundo o astrólogo Richard Nolle, que cunhou o termo em 1979, uma “superlua” é qualquer lua cheia que ocorre enquanto a Lua está a 90% ou mais de sua maior aproximação da Terra, o chamado Perigeu. Isso faz com que ela pareça até 15% maior e 30% mais brilhante do que o de costume.
O perigeu acontece regularmente a cada 28 dias. Entretanto, a ocorrência da Lua cheia no momento exato é mais rara. Em 2021 isso só acontece duas vezes, nesta segunda-feira (26) e em 26 de maio, quando a Lua estará ainda mais próxima de nós.
Apps dão uma forcinha
Para saber o momento exato do pôr do sol em sua cidade, basta perguntar ao Google: “OK Google, quando o sol vai se pôr hoje?”. Já para saber para onde olhar, basta usar um app de bússola.
Quem usa um iPhone não precisa de um app extra, basta usar o Bússola, que é parte do iOS. Para Android, uma boa opção é o Apenas uma bússola, da PixelProse SARL, que é bonito, simples, gratuito e, mais importante, sem anúncios.
Além da direção em que o celular está apontando, ele também indica o horário do nascer e do pôr do sol, sua altitude e até a intensidade do campo magnético próximo ao aparelho. Tudo isso em uma tela só.
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