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OMS recomenda quarta dose de vacina anti-Covid somente a idosos e imunocomprometidos
Cientista-chefe da entidade diz que não há estudos que justifiquem aplicação na população em geral
Saúde por agênciqa EFE
'Na África, apenas 26% da população com mais de 60 anos recebeu doses', diz cientista da OMSEFE EPA JAGADEESH SHOMSEFE/EPA/JAGADEESH NV
A quarta dose da vacina contra a Covid-19 deve ser direcionada no momento apenas para pessoas com imunidade debilitada e idosos, disse hoje a OMS (Organização Mundial da Saúde).
“Não há dados específicos que justifiquem recomendar a quarta dose de forma mais ampla”, afirmou a cientista-chefe da organização, Soumya Swaminathan, em entrevista coletiva que tratou da evolução da pandemia.
Vários países da Europa e da América Latina estão oferecendo à sua população, poucos meses depois de receber o reforço, a quarta dose de uma das vacinas que foram desenvolvidas para prevenir a Covid ou evitar seus sintomas mais graves.
"Sabemos que em alguns grupos a imunidade diminui rapidamente. Se você é mais velho ou tem uma doença que afeta o sistema imunológico, se está em tratamento de tireoide, usa medicação contra o câncer ou tem diabetes grave, então o sistema imunológico não responde bem e uma quarta dose pode ajudar", confirmou Swaminathan.
Em relação ao restante da população, ela destacou que a quarta dose não é recomendada a todos os adultos.
Lembrou que a OMS aconselha ter as duas doses iniciais e um reforço, “que oferece uma resposta imunitária mais completa e mais forte, pelo que consideramos que a primeira fase da vacinação é composta de três doses”.
No entanto, ela salientou que ainda existe uma parte considerável da população mundial que não tem acesso a vacinas, como é o caso das pessoas que vivem na África, onde apenas 15% da população recebeu duas doses.
"Temos que nos concentrar nelas, particularmente nos grupos de idosos e profissionais de saúde" naquela parte do mundo, insistiu Swaminathan.
"Na África, apenas 26% da população com mais de 60 anos recebeu doses, e isso é muito preocupante porque em qualquer surto futuro, como o que estamos vendo em alguns países, esse grupo estará em risco de desenvolver doença grave", disse ela.
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