Fábio Moreno SetRaimundo Fagner
No dia 7 de junho de 1989, há 33 anos, morria, no Rio de Janeiro, a cantora e musa da Bossa Nova, Nara Leão, de 47 anos. Nara foi vítima de um tumor cerebral inoperável. Nascida no dia 19 de janeiro de 1942, em Vitória (ES), a cantora se mudou quando tinha apenas um ano de idade com os pais e a irmã, a jornalista Danuza Leão, para o Rio de Janeiro.
Desde cedo, ela teve contato com a música, e a casa dos seus pais era frequentada por músicos que participaram do nascimento da Bossa Nova, como Roberto Menescal, Carlos Lyra, Sérgio Mendes e Ronaldo Bôscoli, seu namorado na época.
Na década de 60, Nara passou a se interessar mais pelas ideias de esquerda e começou o namoro com o cineasta Ruy Guerra, com quem se casou um tempo depois.
Sua estreia como cantora profissional aconteceu ao lado de Vinícius de Moraes e Carlos Lyra, na comédia Pobre Menina Rica (1963).
Sua consagração, contudo, veio após o espetáculo Opinião, juntamente com João do Vale e Zé Keti.
Tratava-se de uma obra de crítica social à repressão durante o regime militar no Brasil, iniciado em 1964.
Em 1966, cantou a música “A Banda”, de Chico Buarque, no Festival de Música Popular Brasileira (TV Record), venceu o festival e conquistou o público brasileiro.
Entre suas músicas mais conhecidas estão também “O barquinho” e “Com Açúcar e com Afeto”.
Nara ainda participou do disco-manifesto do movimento tropicalista “Tropicália ou Panis et Circensis”, em 1968.
Na vida pessoal, ela se separou de Ruy Guerra e se casou com o cineasta Cacá Diegues, com quem teve dois filhos: Isabel e Francisco.
@musicamoreno7
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