sexta-feira, 19 de janeiro de 2024

O que causa demência precoce? Estudo aponta 14 fatores de risco




Novo estudo mostra estratégias de prevenção e ressalta a importância de mudanças no estilo de vida
18 de janeiro de 2024 às 06:44
Por: Redação

Pesquisadores de universidades europeias, ao estudar mais de 350 mil indivíduos com menos de 65 anos em todo o Reino Unido, identificaram diversos fatores de risco que podem contribuir para o desenvolvimento de demência de início precoce.

Os dados, coletados do estudo britânico UK Biobank, foram revistos em uma publicação na revista Jama Neurorology.

Créditos: iStock/boonstudio
Fatores de risco para a demência de início precoce
O estudo e suas descobertas

O estudo analisou diversas possíveis causas para a condição neurológica, incluindo predisposições genéticas e influências de ambiente e estilo de vida.

No modelo final, os pesquisadores descobriram várias condições fortemente associadas à demência de início precoce. Entre elas:

Baixo nível de escolaridade formal;

Baixo status socioeconômico;

Presença do alelo 2 da apolipoproteína ε4;

Transtornos por uso de álcool;

Isolamento social;

Deficiência de vitamina D;

Níveis elevados de proteína C-reativa;

Menor força de preensão manual;

Deficiência auditiva;

Hipotensão ortostática;

Acidente Vascular Cerebral (AVC);

Diabetes;

Doença cardíaca;

Depressão.

Mas, o que talvez seja mais significativo é que estas descobertas desafiam a ideia preconcebida de que a genética é a única responsável pelo desenvolvimento precoce da demência.

Implicações para a prevenção da demência

Segundo os autores do estudo, esses achados podem nos conduzir a novas formas de prevenir a demência.


De acordo com os pesquisadores, é a primeira vez que resultados sugerem que é possível diminuir o risco da demência precoce ao focar em mudanças de saúde e estilo de vida.

“De maneira empolgante, pela primeira vez, ele revela que podemos agir para reduzir o risco dessa condição debilitante, por meio do direcionamento de uma variedade de fatores diferentes”, afirmou David Llewellyn, professor da Universidade de Exeter e coautor do estudo.

Ainda segundo David, ainda há muito a aprender em termos de prevenção, identificação e tratamento de todas as formas de demência. Mas a nova pesquisa representa um grande avanço em direção a uma compreensão mais ampla da doença.

A conclusão dos pesquisadores

Para o coautor do estudo, Sebastian Köhler, a equipe já tinha conhecimento de que há uma série de fatores de risco modificáveis para pessoas que desenvolvem demência em idade avançada.

“O fato de que isso é igualmente evidente na demência de início precoce foi uma surpresa para mim e pode oferecer oportunidades para reduzir o risco nesse grupo também”, concluiu.

Catracalivre.com.br

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