Na hora de falar, muitas pessoas se confundem sobre a conjugação correta do verbo abrir.
Por Cec~ilia fernandes em 16/10/2024 às 16h39
A Língua Portuguesa pode transformar um simples verbo em uma estrutura mais complexa, de acordo com a conjugação. Neste contexto, dúvidas como a forma correta de escrever ser aberto ou abrido surgem a todo momento.
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No entanto, existe uma regra específica sobre o uso dessa estrutura, e também se a palavra está errada ou não. Para entender melhor essa questão, é preciso conhecer a regra dos particípios do português. Entenda mais informações a seguir.
A palavra abrido existe no português?
A palavra "abrido" não existe na Língua Portuguesa como uma forma correta. A forma correta do particípio passado do verbo "abrir" é "aberto". Então, em vez de dizer "Eu tinha abrido a porta", deve-se dizer "Eu tinha aberto a porta".
Segundo as gramáticas clássicas do português, o verbo abrir faz parte do grupo de verbos que têm apenas particípio irregular. Sendo assim, não há reconhecimento de qualquer forma regular em -ido desse verbo.
É isso que acontece com os verbos escrever, fazer e dizer, por exemplo. Na sua forma de particípio, são escritos como escrito, feito e dito, e não escrevido, fazido ou dizido, por exemplo. Confira uma tabela com mais palavras dessa natureza:
VerboParticípio Passado Irregular
abrir
aberto
cobrir
coberto
descobrir
descoberto
escrever
escrito
pôr
posto
ver
visto
vir
vindo
dizer
dito
fazer
feito
satisfazer
satisfeito
compor
composto
dispor
disposto
expor
exposto
impor
imposto
opor
oposto
propor
proposto
supor
suposto
inscreve
inscrito
descrever
descrito
prescrever
prescrito
Qual é a regra dos particípios da Língua Portuguesa?
Na Língua Portuguesa, os particípios passados dos verbos podem ser regulares ou irregulares. A regra para a formação desses particípios varia dependendo do tipo de verbo.
1. Particípios regulares
Para verbos regulares, o particípio passado é formado substituindo a terminação do infinitivo (-ar, -er, -ir) pelas terminações
-ado ou -ido:
Verbos terminados em -ar:
amar → amado
falar → falado
Verbos terminados em -er e -
ir:
comer → comido
partir → partido
2. Particípios irregulares
Alguns verbos possuem particípios irregulares que não seguem as regras acima e têm formas próprias que precisam ser memorizadas. Esses particípios são frequentemente usados com os verbos auxiliares "ter" e "haver".
Isso serve para formar tempos compostos, bem como com "ser" e "estar" para formar a voz passiva e adjetivos verbais. É o caso dos verbos apresentados anteriormente naquela tabela.
Outra particularidade é que os particípios irregulares são frequentemente usados como adjetivos, veja alguns exemplos:
Uma porta aberta (não "abrida");
Uma carta escrita (não "escrevida").
3. Particípios regulares e irregulares
Alguns verbos possuem tanto uma forma regular quanto uma irregular de particípio. Por exemplo:
aceitar: aceitado (regular) / aceito (irregular);
entregar: entregado (regular) / entregue (irregular).
A forma regular é geralmente usada com os auxiliares "ter" e "haver", como nos exemplos:
Ele tinha aceitado o convite;
Eles haviam entregado o documento.
A forma irregular é geralmente usada com os auxiliares "ser" e "estar", como nos exemplos:
O convite foi aceito;
O documento está entregue.
Para que servem os particípios no português?
Os particípios têm várias funções importantes na Língua Portuguesa. Entre elas a formação de tempos compostos, como o pretérito perfeito composto, mas também na formação da voz passiva e do uso adjetival.
No mais, também se faz importante na construção de locuções verbais. Sobretudo, contribuem para a flexibilidade e expressividade da Língua Portuguesa.
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