terça-feira, 21 de janeiro de 2025

Tem dias que respirar é uma façanha

A Dor de uma Lágrima


Tem dias que respirar é uma façanha, que levantar parece um ato inútil. 

Sem vontade, sem forças, sem sentido, mas continuo. 

Não porque eu queira, mas porque algo em mim — pequeno, quase invisível — se recusa a apagar.

Não quero conselhos, não preciso de soluções. 

Eu só quero alguém sem palavras, sem julgamentos.

Que me acompanhem em silêncio, testemunhando esse caos que sou agora. Porque às vezes a solidão me acalma, mas outras me pesa mais do que a própria dor.

Continuo, mesmo não sei como. Às vezes é só deixar o coração bater mais um dia, que o tempo passe até que um momento de calma me encontre.

 Não tenho respostas nem mapas, apenas a esperança de que um dia doa menos, que seguir em frente não é esquecer, mas honrar o que foi.

Não sei como, mas continuo. E isso, embora não pareça, é um milagre em si mesmo.

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