Mayara Carmo
Emocionante homenagem ao meu painho, escrita por tio José Geraldo da Silva
sagadoarataca.com
Naquele dia em que partiste
Pra uma viagem sem volta,
Viste o quanto fiquei triste
Mesmo o céu te abrindo a porta
Eu nada pude te falar
Para exaltar tua jornada
E tentando me controlar
Fiquei com a voz embargada
No meu silêncio forçado
Meu espírito te acompanhou
Lembrando todo o passado
Com que a vida te brindou
Na infância compartilhada
E na adolescência sofrida
Entre os labores da meninada
Poucos lazeres em tua lida
Entre aventuras da mocidade
Na busca por teu destino
Foste exemplo da liberdade,
Que curtiste sem desatino
Te vi correndo na estrada,
No sertão e no agreste,
Numa moto “envenenada”
Eras um “cabra da peste”
Te encontrei em Guarabira
Tu com aquele cabelão
Como um hippie de mentira
Ritinha te dando a mão
Habilidoso e inventivo,
Técnico e bom professor;
O teu legado produtivo
É o saber pra quem ficou
A tua prole que contemplo
Forjada na senda do amor,
Fruto de coragem e exemplo
Fé e esperança em teu labor
Sinto tanta falta agora
Ah! Meu querido irmão!
Teus contos, causos de outrora
Eram a alegria, em reunião.
Adeus meu querido irmão!
Tu nunca serás esquecido;
Canta no céu com um violão,
Pois aqui sempre serás ouvido.
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José Geraldo da Silva
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