O que é otosclerose? Entenda doença no ouvido de Adriane Galisteu
Guilherme Silva
Editor do Se Cuida
Publicado em 15 de agosto de 2024 às 16:45
Otosclerose
O ouvido médio é composto por três pequenos ossos: o martelo, o estribo e a bigorna. Quando esses ossículos - em especial, o estribo - apresentam um crescimento anormal, tornando sua vibração mais dificultosa e causando problemas de escuta no paciente, o indivíduo pode ser diagnosticado com a otosclerose.
O que é otosclerose?
O ouvido médio é composto por três pequenos ossos: o martelo, o estribo e a bigorna. Esses três ossinhos se conectam ao tímpano e vibram conforme as ondas sonoras, transmitindo a vibração para o tímpano e fazendo com que a audição seja possível.
Quando esses ossículos – em especial, o estribo – apresentam um crescimento anormal, tornando sua vibração mais dificultosa e causando problemas de escuta no paciente, o indivíduo pode ser diagnosticado com a otosclerose. A doença também pode ser chamada de otospongiose.
Por ser causada por uma falha mecânica do funcionamento do ouvido do paciente, a surdez causada devido à otosclerose é chamada de perda auditiva condutiva.
A otosclerose é mais comum em pacientes do sexo feminino e pode começar a acontecer relativamente cedo, ainda entre os 20 e 30 anos de idade.
Quais os sintomas da otosclerose?
Entre os sintomas principais da otosclerose, podemos destacar:
perda progressiva da audição, em apenas um dos lados ou em ambos os lados do corpo do paciente;
zumbido nos ouvidos;
tontura;
dificuldades de equilíbrio.
Além do exame clínico, o diagnóstico da otosclerose pode ser feito por meio da realização de exames como a audiometria tonal.
Quais as causas da otosclerose?
Não se sabe, exatamente, quais as causas da otosclerose, mas acredita-se que a doença pode ser hereditária, sendo comum em um mesmo grupo familiar.
A infecção por determinados vírus, como o do sarampo, além de determinados distúrbios vasculares, hormonais e metabólicos podem servir como fatores de risco para o desenvolvimento da otosclerose.
Como é o tratamento da otosclerose?
Não existe uma cura completa para a otosclerose, mas existem alguns tratamentos que podem ajudar a desacelerar ou superar a perda auditiva devido à otosclerose.
É o caso, por exemplo, do uso de medicamentos e do uso de aparelhos auditivos, que facilitam no entendimento do som.
Existem procedimentos cirúrgicos, como a estapedotomia, que visam a remoção do estribo, o ossículo mais comumente afetado pelo crescimento ósseo anormal, substituindo-o por uma prótese, para que a audição do paciente possa ser restabelecida.
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A otosclerose é uma doença que altera o metabolismo ósseo de uma região específica do ouvido onde há a vibração do terceiro ciclo da audição que é o estribo na janela oval, transmitindo a vibração que o tímpano recebe do som para dentro da orelha interna.
"Nesses pacientes há um crescimento ósseo anormal e o estribo fica mais rígido na janela. Dessa maneira, ele vibra menos e transmite menos a vibração do som para dentro da orelha interna. Isso é otosclerose", explica o otorrinolaringologista Giulliano Luchi, da Unimed Vitória.
O médico conta que a doença não afeta a gestação. "Na gestação há uma piora da manifestação dessa doença devido às alterações hormonais da gestação. Há uma tendência da piora desse depósito ósseo anormal e mais enriquecimento do estribo na janela, piorando dessa maneira o sintoma do paciente", diz Giulliano Luchi.
O crescimento anormal de osso ao redor do estribo vai levar a um enrijecimento, a diminuição da vibração da janela e dessa maneira a energia sonora, a vibração do som, não vai ser adequadamente transmitida para a orelha interna. "Isso vai causar uma perda auditiva no paciente", explica o médico.
Como amenizar os sintomas
A otorrinolaringologista Cristiane Adami, do Hospital Paulista, explica que os hormônios femininos, especialmente os estrogênios, têm sido associados à progressão da otosclerose. "Essa relação foi observada em estudos clínicos e epidemiológicos, que indicam que a doença pode progredir mais rapidamente em mulheres, particularmente durante períodos de mudanças hormonais significativas, como a gravidez. Portanto, ela não afeta a gestação, mas pode piorar durante a gestação, ou seja, pode piorar a perda auditiva da grávida".
A médica conta o crescimento anormal ósseo do estribo dificulta a condução do som do ouvido para o cérebro e há a perda auditiva. "O principal sintoma da doença é a perda auditiva, mas também pode cursar com zumbido e tontura simulando uma labirintite".
A doença tem que ser conduzida pelo otorrinolaringologista especialista em audiologia e problemas auditivos. "Ele vai analisar com o paciente cada opção de tratamento, mas é fundamental tratar para ele ter reabilitação auditiva porque não tratar a perda auditiva pode trazer uma série de outros problemas", ressalta Giulliano Luchi.
"As pesquisas mostram que aquelas pessoas que têm perda auditiva e não tratam, têm mais facilidade de evoluir para demência senil, alteração de cognitivo quando ficar idoso"
Giulliano LuchiOtorrinolaringologista
Os sintomas podem ser amenizados com o diagnóstico correto e o tratamento adequado para cada fase em que a otosclerose se encontra. Algumas medicações ajudam muito a amenizar os sintomas.
Cristiane Adami explica que o tratamento pode ser cirúrgico ou medicamentoso. "A cirurgia consiste em substituir o estribo acometido por uma prótese para restaurar a audição. O tratamento medicamentoso ajuda a estabilizar a doença. A indicação do tipo de tratamento depende da gravidade da doença", finaliza.
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