sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Onaldo Queiroga -Um Novo Ano



um conto - uma crônica

Amanhece mais um ano e nos colocamos em reflexão. Olhamos para trás e vislumbramos 2010 plenamente adormecido, seus fatos e acontecimentos, bons e ruins, hoje já são coisas do passado, pertencem a um tempo que não volta mais. Perdemos entres queridos que nos deixaram saudades e uma ausência física incomensurável. Muitos sonhos também não foram alcançados, mas alcançá-los todos de uma só vez é algo inconcebível, pois eles funcionam como combustível a impulsionar nossas vidas.

O encerramento de um ano marca o fim de um determinado período, de um ciclo, de mais uma etapa de nossas vidas, onde tivemos que suportar tristezas, perdas e decepções. Diante da dor devemos extrair, como bem nos ensina Emmanuel, a lição de que "Não bastará sofrer. É preciso aproveitar o concurso da dor, convertendo-a em roteiro de luz. A esperança é a filha dileta da Fé. Ambas estão, uma para a outra, como a luz reflexa dos planetas está para a luz central e positiva do sol".

Sem dúvida que passamos por dificuldades, mas também não podemos negar que vivemos alguns momentos de alegria e novas amizades. Devemos cultivar sempre em nosso âmago a renovação da fé, da esperança e do amor. Devemos aprender com os sábios, que compreendem as incompreensões, que entendem e sabem conviver com os desentendimentos, que na escuridão do materialismo acendem a luz espiritual para guiá-los ao encontro da paz.

Sabemos que o medo, a solidão e a incredulidade constituem uma nuvem cinzenta que tenta controlar o âmago do ser humano, no entranto, com solidariedade e fé o homem tem plena condição de afastar essa nuvem nefasta e abraçar a felicidade. Nunca se falou tanto em apocalipse. São filmes, livros, crônicas e profecias, mas o certo é que Deus nos ensinou o caminho do bem a ser seguido. Se preferimos, contudo, a destruição dos rios, dos mares, das florestas e dos animais, irracionalmente estamos destruindo a nossa própria existência.

No amanhecer de 2011, temos que ter a consciência de que nossas atitudes deverão ser redirecionadas para atender à sociedade dos desvalidos, vizinha tão próxima da nossa que sempre encontra em alguma esquina da vida. Continuemos convictos de que não devemos carregar mágoas, que o coração existe, principalmente, para acolher a paz, o perdão e o amor. Todos os dias enfrentaremos intempéries, que devem ser encaradas de frente e vencidas com sabedoria, com a força dos pacientes e com a fé daqueles que acreditam que orações removem tristezas e abrem caminhos para a felicidade.

De cabeça erguida comecemos a caminhada pelo calendário do novo ano. Com o pensamento positivo e a fé no coração é preciso entender que é servindo aos nossos irmãos que construiremos a solidariedade e a paz.

Feliz 2011! Que Deus nos ilumine.



Onaldo Queiroga.
Escritor e Juiz de Direito.

Publicada no Jornal Correio da Paraíba.
Coluna: Opinião
Edição de sábado.

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