domingo, 6 de fevereiro de 2011

Carlos Drummond de Andrade - Faxina Da Alma


Carlos Drummond De Andrade



Não importa onde você parou, em que momento da vida você cansou.Recomeçar é dar uma nova chance a si mesma, é renovar as esperanças na vida e, o mais importante, acreditar em você de novo.

Sofreu muito nesse período? Foi aprendizado.

Chorou muito? Foi limpeza da alma.

Ficou com raiva das pessoas? Foi para perdoá-las um dia.

Sentiu-se só por diversas vezes? É porque fechou a porta até para os anjos.

Acreditou que tudo estava perdido? Era o início da sua melhora.

Pois é... agora é hora de reiniciar, de pensar na luz, de encontrar prazer nas coisas simples de novo.

Um corte de cabelo arrojado, diferente, um novo curso, ou aquele velho desejo de aprender a pintar, desenhar, dominar o computador, ou qualquer outra coisa.Olha quanto desafio, quanta coisa nova nesse mundo de meu Deus lhe esperando...

Tá se sentindo sozinha? Besteira. Tem tanta gente que você afastou com o seu "período de isolamento". Tem tanta gente esperando apenas um sorriso seu para "chegar" perto de você.

Quando nos trancamos na tristeza, nem nós mesmos nos suportamos, ficamos horríveis. O mau humor vai comendo nosso fígado, até a boca fica amarga.

Recomeçar... Hoje é um bom dia para começar novos desafios. Onde você quer chegar? Alto? Sonhe alto! Queira o melhor do melhor. Queira coisas boas para a vida.

Pensando assim, trazemos para nós aquilo que desejamos. Se pensamos pequeno, coisas pequenas teremos.Já se desejarmos fortemente o melhor e, principalmente lutarmos pelo melhor, o melhor vai se instalar na nossa vida.

E é hoje o dia da faxina mental.

Jogue fora tudo que lhe prende ao passado, ao mundinho de coisas tristes. Fotos, peças de roupa, papel de bala, ingressos de cinema, bilhetes de viagens e toda aquela tranqueira que guardamos quando nos julgamos apaixonados. Jogue tudo fora, mas principalmente esvazie seu coração.

Fique pronta para a vida, para um novo amor. Lembre-se, somos apaixonáveis, somos sempre capazes de amar muitas e muitas vezes, afinal de contas, nós somos o "Amor".

Porque sou do tamanho daquilo que vejo, e não do tamanho da minha altura.

Carlos Drummond de Andrade

Publicado na Revista AnaMaria.

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