Ao atirar repetidamente com uma Winchester ele iluminava o cangaço como um lampião, daí o apelido. Para muitos, um personagem fantástico, que afrontava os governantes e coronéis do sertão; para outros, um bandido sanguinário, assassino e perverso.
O pai de Lampião, José Ferreira, constantemente perseguido pelas famílias vizinhas, Nogueira e Saturnino, resolve retirar-se para o município de Água Branca, Estado de Alagoas. Nem por isso cessa a perseguição.
Em Água Branca, seu José é assassinado pela polícia a mando dos rivais.
Não confiando na ação da justiça - porque os assassinos contavam com a escandalosa proteção dos grandes - Lampião (como viria a ser conhecido mais tarde) resolveu vingar a morte do progenitor.
Virgulino Ferreira da Silva, natural de Riacho de São Domingos, município de Vila Bela (PE), safoneiro, repentista, cantador, poeta, místico, muitas vezes juiz, enfermeiro e até dentista, gozou de respeito e admiração de grande parte do povo pobre e oprimido do Nordeste.
Lampião era referência contra os poderosos.
Grande estrategista militar, exímio atirador, com inteligência superior e disposto a fazer justiça com as próprias mãos, em sua andanças pelos Estados de Pernambuco, Alagoas, Paraíba, Ceará, Rio Grande do Norte, Bahia e Sergipe, semeava terror entre seus inimigos.
Entretanto, confome relatos de sobreviventes, Lampião era um homem de fé e esperança.
A presença feminina
Até 1930, é inexistente a participação da mulher no cangaço. A entrada de Maria Bonita foi responsável pela mudança do perfil dos cangaceiros e, por consequência, também da visão dos moradores dos lugares por onde o bando passava.Lampião foi o primeiro arranjar uma companheira.O mito Maria Bonita contribuiu para a emancipação feminina mundial, fato reconhecido pelas integrantes do movimento feminista italiano, em 1981. Foi durante a primeira comemoração do Dia Internacional da Mulher.
Parte do artigo publicado na revista Kalunga
Kalunga Comércio e Indústria Gráfica Ltda
quinta-feira, 10 de março de 2011
Além Do Bem E Do Mal
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