A águia empurrou gentilmente seus filhotes para a beirada do ninho. Seu coração se acelerou com emoções conflitantes, ao mesmo tempo em que sentia a resistência dos filhotes a seus insistentes cutucões. Por que a emoção de voar tem que começar com o medo de cair? Pensou ela...
O ninho estava colocado bem no alto de um pico rochoso. Abaixo, somente abismo e o ar para sustentar as asas dos filhotes. E se justamente agora isto não funcionar? Ela pensou. Apesar do medo, a águia sabia que aquele era o momento. Sua missão estava preste a se completar, restava ainda uma tarefa final: "o empurrão".
A água encheu-se de coragem. Enquanto os filhotes não descobrirem suas asas não haverá propósito para a sua vida. Enquanto eles não aprenderem a voar não apreenderão o privilégio que é nascer águia, então, um a um, ela os precipitou para o abismo.
E eles voaram!
Às vezes, nas nossas vidas, as circunstâncias fazem o papel de águia. São elas que nos empurram para o abismo. E quem sabe não são elas, as próprias circunstâncias, que nos fazem descobrir que temos asas para voar. Deus te fez renascer para ser livre, para voar. Use as asas que Ele te deu.
Brigida Brito.
Médica, e terapeuta de regressão.
Publicada no Jornal Correio da Paraíba
Caderno: Cultura/Lazer
Coluna: Espaço do Ser
terça-feira, 26 de abril de 2011
Brígida Brito - Nova Vida
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