Isabella Garcia e Beatriz Bertu
Pegada jovem e com ação. Bebê a Bordo foi uma das primeiras tramas da Globo dirigida para o público adolescente e conquistou os telespectadores.Mais uma novela de sucesso dos anos 80 volta à telinha em janeiro de 2018. A trama Bebê a Bordo, que será reprisada pelo Viva, foi escrita por Carlos Lombardi e trouxe inovação na época, com muita comédia e ação.
Parto no carro
Isabela Garcia
O folhetim girava em torno de Ana (Isabela Garcia) que ao fugir da polícia, entrou no carro do publicitário Tonico (Tony Ramos) e acabou dando a luz a filha, Helena (Beatriz Bertu), ali mesmo. A mãe deixou a criança com Tonico por um tempo e depois voltou para pegá-la. Durante a trama foi mostrada a relação da garotinha com outros personagens.
Dina Sfat e Beatriz Bertu
A avó da pequena, Laura (Dina Sfat) era mãe de Ana e sentia-se culpada por ter abandonado a filha, mas o destino reaproximou as duas através de Helena(Beatriz Bertu).É que Ana teve que largar a filha mais uma vez e deixou a garota na porta de Laura, que se encantou pelo bebê e decidiu lutar pela guarda, sem saber que era sua neta.
Candidatos a pai
Tony Ramos, Leo Jaime, Rodolfo Bottino, Guilherme Fontes e Guilherme Leme
Outros pontos em questão era a paternidade de Helena. Ana não sabia quem era o pai, mas tinha alguns candidatos que passaram a disputar a criança, entre eles Tonico( Tony Ramos), Zezinho (Leo Jaime), Antonio (Rodolfo Bottino) e os irmão Rei (Guilherme Fontes) e Rico (Guilherme Leme).A novela foi marcada por um texto inteligente e dinâmico, com diálogos cheios de ironia, sarcasmo e expressões apimentadas, como 'levar uns coelhos' (que significava transar). Com muita cenas de ação, a história conquistou o público jovem daquela época. No último capítulo, Lombardi ousou ao mostrar todos os supostos pais de Helena fazendo o exame de DNA para comprovar a paternidade da adorada bebê.
A revelação
Tony Ramos e Beatriz Bertu
Ana eliminou um a um, os candidatos e o público descobriu que Tonico (que havia feito o parto era o pai).A moça não contou para ninguém , pois não queria magoar os outros rapazes. No final após confusões e uma passagem de tempo, Helena surgiu no Paraguai, ao lado de Rico e Rei. Ana recebeu uma mensagem dos irmão dizendo que esperavam ela chegar e Helena apareceu dando um beijo e um retrato da mãe.
Dina Sfatt e Armando Bogus
Laura deu o golpe do baú em Liminha (Armando Bogus) e ficou milionária.
Beatriz Bertu
Beatriz Bertu viveu a Heleninha na trama. Hoje a moça tem 30 anos e se dedica ao teatro.
Guilherme Fontes e Guilherme Leme
Os irmãos Rei e Rico eram a sensação da mulherada na história.
Tony Ramos e Isabela Garcia
O publicitário Tonico se apaixonou pela descolada Ana e pela pequena Helena.
Beatriz Bertu
Heleninha (Beatriz Bertu) foi disputada por quase todos os personagens da trama.
A trama de Carlos Lombardi girava em torno de Ana (Isabela Garcia), que , ao fugir depois de se envolver em um assalto, pegava carona no carro de Tonico (Tony Ramos), onde dava à luz Heleninha (Adriana Valbon/Roberto/Caroline/Beatriz Bertu). A partir daí, a vida do rapaz, que era meio atrapalhado, virava de cabeça para baixo. É que Ana sumia, deixando a recém-nascida com o desconhecido.
Isabela Garcia e Tony Ramos
Logo no primeiro capítulo, a "mocinha", depois de se envolver num assalto, obrigava Tonico a lhe dar fuga.
Um tempo depois, Ana reaparecia, pegava Heleninha e se envolvia com Tonico. Mas a moça se metia em tantas confusões que acabava abandonando a filha de novo. Só que, dessa vez, na porta da casa de Laura (Dina Sfat), sem saber que esta era avó de Heleninha. Explica-se: é que Ana, quando pequena, também havia sido deixada de lado pela mãe. Ao descobrir o laço sanguíneo com a menina, Laura decidia lutar pela guarda da neta.
Dina Sfat
Dina Sfat morreu menos de um mês depois de terminar de gravar como Laura (março de 1989).
Laura, no entanto, não era a única interessada em cuidar de Heleninha. Como Ana não sabia quem era o pai da menina, a paternidade dela era disputada por quatro: Zezinho (Leo Jaime), Antônio Antonucci (Rodolfo Bottino) e os irmãos Rei (Guilherme Fontes) e Rico (Guilherme Leme).
Leo Jaime
Apesar de bandido, o apaixonado Zezinho era de uma dedicação total a Ana.
Rodolfo Bottino
Antônio era ex-noivo de Ângela e um dos candidatos a pai da filha da protagonista.
Guilherme Leme e Guilherme Fontes
Rico e Rei eram inseparáveis e se metiam em diversas confusões por causa das garotas que os rodeavam.
Fora a história principal, outros núcleos chamaram atenção. Um deles foi o de Ângela (Maria Zilda), uma solteirona reprimida que dedicou a vida a cuidar dos irmãos Zetó (Jorge Fernando) e Caco (Tarcísio Filho).
Maria Zilda e José de Abreu
Ela se apaixonava pela voz de um locutor de rádio, Tonhão (José de Abreu), com quem tinha sonhos eróticos.
O núcleo de Seu Tico (Sebastião Vasconcelos) também fez sucesso.Ex-presidiário, ele era pai de Tonhão, Rei e Raí. Os dois últimos, depois de abandonados pelo pai e pelo irmão mais velho, passava a morar numa fábrica desativada. Charmosos, eles não dispensavam um rabo de saia. Chamavam todas para "levar uns coelhos" (transar), bordão que caiu na boca do povo.
Nicette Bruno e Guilherme Fontes
Branca (Nicette Bruno), mãe de Tonico, não descuidava dos filhos de Tico, seu ex-amante.
A novela foi marcada pela comédia e muitas cenas de ação. Mesmo assim, o autor optou por um final melancólico. Laura conseguia a guarda de Heleninha e, com isso, continuava brigada com a filha. Esta, Rico e Rei pegavam a menina, mas, durante a fuga, sofriam um acidente de carro. Ana levava um tiro no braço e renunciava ao amor de Tonico, que, por sua vez, descobria ser filho de Tico. Rico e Rei eram dados como mortos e, como haviam se casado, respectivamente, com Sininho (Carla Marins) e Raio de Luar (Silvia Buarque), estas terminavam a trama achando que tinham ficado viúvas. Os dois, no entanto, levavam Heleninha para o Paraguai. E lá acontecia a última cena da novela: a menina beijava uma foto da mãe.
Paloma Duarte
"Bebê a Bordo. Sou muito fã do Carlos Lombardi e amava essa novela de paixão. A relação da Isabela Garcia com Guilherme Leme e o Guilherme Fontes foi genial. Ela era uma mocinha completamente errada"
Bebê a Bordo teve 209 capítulos, exibidos entre 13 de junho de 1988 a 11 de fevereiro de 1989, com direção de Roberto Talma, Del Rangel, Marcelo de Barreto e Paulo Trevisan.
Curiosidades
Este foi o último trabalho de Dina Sfat, que morreu vítima de câncer um mês após o final da trama. Já durante as gravações, sua saúde piorou e a atriz ficou bastante debilitada, porém, preferiu seguir trabalhando de forma incansável. Bebê a Bordo também marcou a estreia de Tony Ramos em um papel mais cômico,algo que o ator como sempre tirou de letra.
Várias cenas de novela sofreram censura e havia uma determinação para que a trama fosse exibida às 21 h. Após negociações, Bebê a Bordo foi liberada para às 19h.
Por Heloiza Gomes
Publicado na revista Minha Novela
Edição de 02/05/2014 nº 676
X-Tudo Memória
Fotos: Luizinho Coruja-Michel Ângelo/Rede Record-José Renato-Divulgação/Rede Globo/ Oscar Cabral/Sergio Borges.
Texto: Flavia Serra.
Publicada na revista TV Brasil n/n 922
Memória
Texto: Flavia Serra.
Publicada na revista TV Brasil n/n 922
Memória
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