Há 25 anos, Sílvia Pfeifer estreava na TV na minissérie Boca do Lixo. Logo em seu primeiro papel, viveu uma protagonista: Cláudia. "Roberto Talma (diretor, já falecido) apostou em mim, já que a atriz pensada anteriormente não pôde fazer Recebi o convite e 72 horas depois estava gravando", conta ela. Em comemoração às bodas de prata de carreira, relembre as personagens mais marcantes da atriz:
Meu Bem, Meu Mal (1990, Globo)
Estreia em novelas como a poderosa Isadora de Meu Bem, Meu Mal , com José Mayer
Isadora Venturini era a minha personagem. A faixa preta grossa que usava na cabeça virou moda. Um elenco maravilhoso, com Lima Duarte, José Mayer, Yoná Magalhães e muitos outros com quem aprendi muito. Me tornei amiga de Monique Alves e Lisandra Souto.
Perigosas Peruas (1992, Globo)
Silvia adotou o cabelo curto ao viver a Leda, uma das protagonistas da divertida Perigosas Peruas. Na trama, ela e Cidinha (Vera Fischer) brigavam como cão e gato.
Primeira novela do Carlos Lombardi da qual participei. Era uma trama muito divertida e gostosa de fazer. Personagens incríveis, direção e linguagens criativas e inovadoras. Era como participar de um filme de super-heróis, com muita ação.
Tropicaliente (1994, Globo)
Meu filho, Nicholas, tinha acabado de nascer quando fui convidada para novela. Sofria muito ao deixá-lo no Rio de Janeiro para gravar em Fortaleza, embora adorasse a cidade.
Malhação 1995 (1995, Globo)
Sem pensar duas vezes, aceitou o convite para a primeira temporada de Malhação
Estava de férias com meu marido na Europa quando recebi um telefonema do Roberto Talma me convidando para o programa, de formato novo na TV. Era uma novela para os adolescentes, às 17h. Aceitei na hora. Nunca podia imaginar tamanho sucesso, que dura até hoje. Galera jovem e talentosa.
O Rei do Gado (1996, Globo)
Para viver a perua infiel Léa, de O Rei do Gado, mudou radicalmente o visual
Depois de um ano fazendo Malhação, recebi o convite maravilhoso do (diretor) Luís Fernando Carvalho. Ele me fez a promessa de mudar de visual e amei a ideia. Foi um sucesso na época e agora na reprise.
Torre de Babel (1998, Globo)
Rejeitada pelo público, a lésbica Leila morreu em uma explosão, em Torre de Babel
Leila era uma lesbian chic. Alguns temas abordados foram de difícil aceitação. Acabei morrendo na trama, mas fui presenteada pelo Sílvio de Abreu, autor, com a volta à novela como irmã gêmea da Leila.
Uga Uga (2000, Globo)
Texto cheio de sutilezas. ´sempre um desafio manter a agilidade e o humor afiado e inigualável do Lombardi (autor).
Desejos de Mulher (2002, Globo)
Ao lado de José Wilker, em Desejos de Mulher, a atriz garantiu boas risadas do público ao viver a pretendente do homossexual Ariel
Foi uma honra trabalhar dentro do núcleo cômico. Evandro Mesquita é um colega querido e ator genial. Contracenar com ele, José Wilker, Otávio Müller, Vera Holtz e Sérgio Rufino era muito divertido. Além disso,era um aprendizado constante.
Pé na Jaca (2006, Globo)
Estava feliz porque iria contracenar bastante com a Betty Lago, com quem tenho uma antiga amizade. Mas acabou que a história teve que mudar e não contracenamos tanto. Uma pena.
Bela, A Feia (2009, Record)
A atriz interpretou a sofrida Vera, em Bela, a Feia, em passagem rápida pela Record.
Minha personagem era muito sofrida, foi um enorme desafio. Aprendi muito com talentosos colegas, como Jonas Bloch, Bia Montez, Bruno Ferrari, Simone Spoladore e tantos outros.
Malhação 2012 (2012, Globo)
Que delícia poder fazer Malhação novamente depois de tanto tempo! Dessa vez, eu era a mãe dos talentosos e lindos Rodrigo Simas e Àgata Moreira. Curti, aprendi e me diverti bastante.
Alto Astral (2014, Glogo)
Seu último trabalho foi como a mentirosa Úrsula, em Alto Astral. No final da trama, a personagem descobre que tem um tumor no cérebro
Fiquei muito feliz com este convite de Silvio de Abreu, com quem estreei na TV. Fazer essa vilã foi uma honra. O texto do Daniel Ortiz é muito bem arquitetado, flui. Voltar a trabalhar com a Torloni foi uma delícia, temos boa química. Amei também contracenar com Nathalia Dill e Edson Celulari. Uma história emocionante, divertida e ágil. Voltar às novelas assim não poderia ter sido melhor.
Por Thomaz Rocha
Publicado na revista Minha Novela
Edição de 4/07/2015 n/ 829
Fotos: Arley Alves/ Rede Globo-Nelson Di Raco/Rede Globo-Jorge Baumann/Rede Globo-Divulgação/Rede Record-Alex Carvalho/rede Globo
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