Semeando atividades, transformando vidas.
O oncologista Ricardo Caponero diz o que realmente procede nas declarações mais comuns sobre a doença.
Só mulheres com mais de 40 anos têm câncer de mama.
MITO. A incidência é muito baixa antes dos 20 anos e aumenta muito lentamente dessa idade até os 40 anos. Mas, a partir daí, a incidência cresce até os 70 anos"
A obesidade é um fator de risco para o câncer.
VERDADE. "A obesidade modifica o ambiente hormonal do corpo e cria uma situação que pode favorecer o crescimento desordenado e defeituoso de células".
Tratamento com células-tronco são as grandes promessas de cura do câncer.
MITO. "O grande futuro das células-tronco é a reparação de órgãos e seu uso para o tratamento de câncer é improvável".
Parentes meus tiveram câncer, então terei também.
DEPENDE."É preciso saber quais são os tumores e qual a relação de parentesco entre as pessoas afetadas. Mas, mesmo em casos onde há um caráter hereditário, o máximo que se pode dizer é que há um risco maior, nunca uma certeza".
Câncer hormonal
Alguns casos de câncer de mama podem ser causados pelos hormônios femininos estrógeno e progesterona e, quando acontecem, esses tumores são chamados de hormônio-responsivos.José Carlos Torres, mastologia e ginecologista oncológico do Hospital Albert Einstein, esclarece o assunto.
Os hormônios são os únicos fatores para o surgimento do câncer?
MITO. "Não. A maioria dos casos de câncer de mama são hormônio-responsivo. Entretanto, o câncer é uma doença multifatorial e, por isso, depende de diversos fatores."
Algumas mulheres correm maior risco de desenvolver a doença?
VERDADE."Sim. Mulheres com histórico de parentes em primeiro grau e/ou parentes próximos que tiveram câncer de mama ou ovário antes dos 40 anos. Mulheres que receberam terapia hormonal por mais de cinco anos, obesas, hipertensas, portadoras da diabetes mellitus também correm risco."
O tratamento para o câncer hormonal é diferente dos outros casos?
DEPENDE."Hoje em dia, o tratamento do câncer de mama é individualizado e depende do resultado de análise da biologia molecular do tumor. Algumas mulheres podem ser tratadas com as chamadas terapia alvo, que tem poucos efeitos colaterais e produzem um anticorpo contra as células tumorais. Já para outros tumores, o melhor tratamento é a hormonioterapia e a cirurgia. Portanto, o tratamento do câncer de mama deve ser conduzido por um mastologista habilitado."
Cuidado com a pele
Limpeza contra infecções
Muitas mudanças ocorrem no corpo e na mente da mulher durante o tratamento contra o câncer. Os recursos médicos, seja com quimioterapia ou radioterapia, podem deixar a pele mais sensível, irritada, ressecada e sem viço, tornando-a vulnerável à infecções. A dermatologista Larissa Viana ensina o que fazer durante o tratamento.
Área delicada
"O ideal é fazer uma limpeza diária com água norma e sabonete cremoso ou sabão neutro. As áreas tratadas com radiação devem ser limpas apenas com água, pois o sabão pode irritar. Deve-se utilizar água norma e não friccionar a toalha após o banho".
Após o tratamento
O ressecamento mais intenso da pele costuma ser uma reclamação frequente entre as mulheres em tratamento oncológico. Hidratar bem a pele com cremes emolientes, à base de ureia é fundamental. "Como a pele pode ficar mais irritada, evite produtos com álcool, cheiros fortes ou cremes hormonais, como produtos com hidrocortisona, já que os ativos podem causar reações à pele", ressalta a médica. Consulte seu médico antes de adquirir um produto para evitar possíveis reações não desejadas na pele.
Proteção solar
Se alguns minutos podem fazer toda a diferença para a saúde, aquelas que estão em tratamento oncológicos precisam intensificar a proteção da pele antes de se expor aos raios solares. "Os passeios ao sol devem acontecer antes das 10h e após as 16h e durar apenas alguns minutos, sempre com um filtro solar com HPS igual ou superior a 30", alerta Larissa.
Amamentação X Câncer de mama
O aleitamento materno proporciona uma série de benefícios para os bebês e as mamães. Para as mulheres, a amamentação contribui para a volta do útero ao seu tamanho normal após a gravidez, diminuindo o risco de peso mais rapidamente e reduz as chances de diabetes. Porém, pesquisas associam o aleitamento materno à prevenção do câncer de mama, útero e de ovário. O ginecologista e obstetra Rodrigo da Rosa Filho esclarece o assunto.
De que forma a amamentação ajuda a diminuir os riscos da doença?
"Estudos apontam que durante a amamentação, a mulher deixa de sofrer as ações dos hormônios que podem causar o câncer de mama. O tecido mamário sofre alterações celulares que aumentam a funcionalidade da célula, o que, com o passar do tempo, pode reduzir o risco de desenvolver a doença".
Câncer hormonal
Alguns casos de câncer de mama podem ser causados pelos hormônios femininos estrógeno e progesterona e, quando acontecem, esses tumores são chamados de hormônio-responsivos.José Carlos Torres, mastologia e ginecologista oncológico do Hospital Albert Einstein, esclarece o assunto.
Os hormônios são os únicos fatores para o surgimento do câncer?
MITO. "Não. A maioria dos casos de câncer de mama são hormônio-responsivo. Entretanto, o câncer é uma doença multifatorial e, por isso, depende de diversos fatores."
Algumas mulheres correm maior risco de desenvolver a doença?
VERDADE."Sim. Mulheres com histórico de parentes em primeiro grau e/ou parentes próximos que tiveram câncer de mama ou ovário antes dos 40 anos. Mulheres que receberam terapia hormonal por mais de cinco anos, obesas, hipertensas, portadoras da diabetes mellitus também correm risco."
O tratamento para o câncer hormonal é diferente dos outros casos?
DEPENDE."Hoje em dia, o tratamento do câncer de mama é individualizado e depende do resultado de análise da biologia molecular do tumor. Algumas mulheres podem ser tratadas com as chamadas terapia alvo, que tem poucos efeitos colaterais e produzem um anticorpo contra as células tumorais. Já para outros tumores, o melhor tratamento é a hormonioterapia e a cirurgia. Portanto, o tratamento do câncer de mama deve ser conduzido por um mastologista habilitado."
Cuidado com a pele
Limpeza contra infecções
Muitas mudanças ocorrem no corpo e na mente da mulher durante o tratamento contra o câncer. Os recursos médicos, seja com quimioterapia ou radioterapia, podem deixar a pele mais sensível, irritada, ressecada e sem viço, tornando-a vulnerável à infecções. A dermatologista Larissa Viana ensina o que fazer durante o tratamento.
Área delicada
"O ideal é fazer uma limpeza diária com água norma e sabonete cremoso ou sabão neutro. As áreas tratadas com radiação devem ser limpas apenas com água, pois o sabão pode irritar. Deve-se utilizar água norma e não friccionar a toalha após o banho".
Após o tratamento
O ressecamento mais intenso da pele costuma ser uma reclamação frequente entre as mulheres em tratamento oncológico. Hidratar bem a pele com cremes emolientes, à base de ureia é fundamental. "Como a pele pode ficar mais irritada, evite produtos com álcool, cheiros fortes ou cremes hormonais, como produtos com hidrocortisona, já que os ativos podem causar reações à pele", ressalta a médica. Consulte seu médico antes de adquirir um produto para evitar possíveis reações não desejadas na pele.
Proteção solar
Se alguns minutos podem fazer toda a diferença para a saúde, aquelas que estão em tratamento oncológicos precisam intensificar a proteção da pele antes de se expor aos raios solares. "Os passeios ao sol devem acontecer antes das 10h e após as 16h e durar apenas alguns minutos, sempre com um filtro solar com HPS igual ou superior a 30", alerta Larissa.
Amamentação X Câncer de mama
O aleitamento materno proporciona uma série de benefícios para os bebês e as mamães. Para as mulheres, a amamentação contribui para a volta do útero ao seu tamanho normal após a gravidez, diminuindo o risco de peso mais rapidamente e reduz as chances de diabetes. Porém, pesquisas associam o aleitamento materno à prevenção do câncer de mama, útero e de ovário. O ginecologista e obstetra Rodrigo da Rosa Filho esclarece o assunto.
De que forma a amamentação ajuda a diminuir os riscos da doença?
"Estudos apontam que durante a amamentação, a mulher deixa de sofrer as ações dos hormônios que podem causar o câncer de mama. O tecido mamário sofre alterações celulares que aumentam a funcionalidade da célula, o que, com o passar do tempo, pode reduzir o risco de desenvolver a doença".
As mulheres que passam ou passaram pela doença devem ficar mais atentas à amamentação?
"As mães com diagnósticos de câncer de mama podem amamentar, desde que estejam clinicamente bem e não estiverem passando por quimioterapia ou radioterapia. Inclusive, mães mastectomizadas de uma mama podem amamentar com a outra. O importante é sempre seguir orientação médica.
A importância do diagnóstico precoce
"Não tenhamos pressa, mas não percamos tempo".A frase do escritor português José Saramago mostra a importância do tempo, principalmente para quem corre contra ele.É o caso de quem enfrenta o câncer de mama. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o diagnóstico tardio é o principal fator de morte da mulher brasileira: 27% descobrem a doença em estágio avançado, elevando as taxas de mortalidade, que de acordo com dados do Inca, continuam altas (14.388 óbitos em 2013).
Sinais
Aline Lima, oncologista clínica da Central Clinic, Grupo Oncologia D'Or, cita os sinais que podem ajudar a reconhecer a doença:
1. módulos duros palpáveis que permanecem por vários dias.
2. pele da mama tipo 'casca de laranja', abaulamentos em retrações na superfície da mama.
3. Vermelhidão ou mudanças na cor e textura da pele da mama e do mamilo.
4. secreções escuras ou com sangue no mamilo.
Vida saudável
A especialista destaca que a prática de atividades físicas, o controle de peso, a alimentação saudável e a redução do consumo de bebidas alcoólicas atuam como formas de prevenção da doença. "No Brasil, cerca de 30% dos casos poderiam ser evitados",afirma, lembrando que as visitas anuais ao ginecologista e a mamografia a partir dos 40 anos de idade são formas indispensáveis de diagnóstico precoce.
Novos casos de câncer de mama
A estimativa de novos casos de câncer de mama em 2010 foi de 49.240 mil, segundo dados do Inca (Instituto Nacional de Câncer). Resultado da interação de fatores genéticos com estilo de vida e meio ambiente, ele ocorre principalmente em mulheres após os 50 anos. Mas, quando surge em mulheres mais jovens, antes dos 40 anos, o tumor tende a ser mais agressivo. Saiba o que protege e o que coloca em risco a sua saúde.
Fatores de proteção
1 - Fazer o autoexame todo mês, na semana seguinte após o término da menstruação.
2 - Realizar mamografia todo ano (após os 40 anos).
3 - Alimentação saudável e prática regular de exercícios físicos.
4 - Não fumar, nem ingerir bebidas alcoólicas em excesso.
Fatores de risco
1 - Mãe ou irmã com câncer de mama.
2- Menarca precoce (antes dos 12 anos)
3 - Menopausa tardia (após os 55 anos).
4 - Primeira gestação após os 34 anos.
5 - Obesidade, sedentarismo e dieta gordurosa.
6 - Terapia de reposição hormonal por mais de 5 anos.
7 - Ingestão alcoólica excessiva e tabagismo.
Doenças emocionais
Correria constante no dia a dia, pressões no trabalho e na família, problemas financeiros ou pessoais...Muitas vezes o ambiente em que a pessoa está inserida facilita os surgimento de estresse, ansiedade, depressão e outros sentimentos prejudiciais. Apesar de não haver um consenso entre os especialistas há indícios de que essas emoções, aliadas ao ressentimento, são capazes de contribuir para o aparecimento de tumores.
O poder dos sentimentos
"Não há na ciência médica, afirmação de que o câncer seja desencadeado por problemas emocionais. No entanto, cada vez mais se constatam fatores emocionais importantes associados aos quadros de manifestação de tumores em diversas partes do corpo.Na visão holística, entende-se que a própria pessoa pode facilitar o aparecimento da doença, assim como também favorecer seu processo de cura", ressalta a psicóloga Egli Solé.
Imunidade baixa
Dessa forma, sempre que alguém tem um estresse ou uma emoção negativa, os hormônios liberados pelo sistema nervoso suprimem o sistema imunológico. Porém, se essa pessoa está com a defesa enfraquecida, fica muito difícil haver a destruição das células cancerígenas ou dos micro-organismos estranhos do corpo."Assim como posso ficar doente porque entrei em contato com uma bactéria e meu sistema imunológico estava fraco demais para me defender, eu também posso desenvolver células cancerígenas e meu sistema imunológico não ser capaz de defendê-las.Dessa forma, o câncer aparece por influência da minha parte emocional", complementa a psicólogo e terapeuta Karina Rodrigues.
Exercícios contra o câncer
Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), a falta de exercícios físicos é responsável por cerda de 10% dos casos de câncer de mama. Embora não seja possível afirmar que todas as pessoas sedentárias terão câncer, o que os estudiosos não têm dúvida é que o sedentarismo, especialmente associado a outros fatores de risco, como o tabagismo, má alimentação e alcoolismo, mantém algumas portas abertas para as células cancerosas.
Proteção
Para Ruffo de Freitas Júnior, presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), a prática de exercícios físicos, principalmente a caminhada, é importante para qualquer mulher, especialmente no período pós-menopausa. "A incidência do câncer está ligada ao sedentarismo. Atividades físicas e perda de peso são fundamentais para a saúde da mulher", afirma o médico. Quanto maior o peso e a idade, mais chances a mulher tem de desenvolver câncer nas mamas, principalmente após a menopausa. "Se a mulher for obesa, o risco do tumor é muito maior, pois quanto mais gordura, maior o volume de hormônios feminino, que serve como 'combustível' para as células cancerígenas", explica Dr.Ruffo.
Regularidade
Qualquer tipo de atividade física pode ser benéfica na prevenção não apenas do câncer, mas também de outras doenças, especialmente as cardiovasculares. Porém, "o recomendado é uma atividade no mínimo moderada pelo menos meia hora, cinco vezes na semana. Exercício moderado é aquele em que a pessoa sua, cansa, mas consegue manter uma conversação", esclarece o fisiatra.
Sobrepeso e álcool X câncer de mama
Excesso de peso e consumo excessivo de álcool aumentam as chances de desenvolvimento de tumores. De acordo com Carlos Alberto Ruiz, mastologista do Centro de Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, perder peso após a interrupção dos ciclos menstruais (menopausa) pode fazer muita diferença na prevenção de nódulos malignos. Já sobre a bebida alcoólica, o médico explica "consumir álcool em doses elevadas, prejudica a função hepática e consequentemente influencia a concentração de estrogênio no organismo, hormônio fortemente associado ao câncer de mama".
Rotina do bem
A adoção de alimentação saudável, da prática regular de atividade física e da realização da mamografia são essenciais para a prevenção da doença. "Se não há histórico familiar de câncer de mama, a partir dos 40 anos, toda mulher deve realizar mamografia anualmente, por isso é indicado que toda mulher realize os exames periódicos para a detenção precoce de lesões pré-cancerosas", afirma o mastologista.
Mais cedo, mais resultados
O especialista diz ainda que um tumor pode levar de oito a dez anos para atingir um centímetro de diâmetro. Desta forma, descobrir o câncer em fase inicial pode aumentar as chances de cura da paciente, por isso é necessário prestar atenção aos sintomas: vermelhidão, caroços, pele endurecida, áreas estufadas, feridas, coceiras e saída de líquido do bico dos seios (sem apertar) de cor vermelha ou transparente.
Publicado na revista Guia da TV n/n 550,542, 543,545, 546, 547, 548 e 552.
Acesse:www.orientavida.org.br/pense rosa
orientavida.
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