quarta-feira, 25 de julho de 2018

Raimundo Fagner

A Politica Nos Separou  Raimundo Fagner E Chico Buarque

Olá, gente querida!



Fagner e Chico Buarque



As eleições estão se aproximando, portanto, já podemos esperar que as relações de amizade sofrerão muita tensão, especialmente, nas redes sociais.



É fato incontestável que a situação polarizada na política nacional tem afetado o dia a dia das pessoas. Cresce o número de bloqueios no Facebook, saída de grupos do Whatsapp e até o rompimento de amizades.


É o que lamentou o cantor Fagner, ao recordar a relação de amizade e parceria que tinha com Chico Buarque.


Fagner e Chico Buarque



Chico Buarque foi meu grande parceiro. Faz tempo que a política nos separou, mas não tira o carinho que tenho por ele. Perdi um amigo que amo muito pelo artista que é”, confessou Fagner, em entrevista ao site Glamurama.

Repare na melancolia do cearense ao lembrar da parceria com Chico. É o sentimento de quem tinha algo especial e que, por motivos alheios ao pessoal, se perdeu no tempo.



A grande questão aqui é...



Vale a pena perder amigos?



Fagner e Chico Buarque



Veja, não estou falando dos rostos conhecidos que adicionamos nas redes sociais. Falo de amigos de verdade, reais, daqueles que compartilham momentos difíceis, felizes e especiais.



Vale a pena perder amigos por causa de política ou de outras convicções?


Há quem defenda que sim, que vale romper amizades por conta das diferenças ideológicas.

Sinceramente, eu quero acreditar numa realidade onde somos mais do que convicções.

Amizade é sinônimo de confiança, lealdade, conexão. Do que adianta compartilhamos as mesmas convicções religiosas ou políticas, se não podemos confiar no amigo?

Como vai funcionar uma amizade, onde concordamos com diversos pontos de vista, mas não podemos contar um com outro no momento difícil?

É claro que compreendo o abismo que existe, por exemplo, entre quem defenda a população LGBTq e quem é radicalmente contra, beirando a homofobia. A convivência é insuportável.

Mas, o que quero acreditar é numa conexão que seja superior as convicções. Gosto de pensar que dentro de uma amizade sincera haverá um ponto de encontro, onde um possa inspirar o outro a melhorar, a aceitar, a respeitar pelo menos.

Será que realmente chegamos ao estágio em que não conseguimos mais compreender o outro?
Será que chegou o tempo em que ficaremos presos em bolhas, onde todos pensam iguais?
Como vamos evoluir sem a contradição, sem o questionamento, sem a transgressão?

Fagner e Chico Buarque


Imagine aí como teria sido bom para Fagner continuar amigo de Chico Buarque. Pense como seria enriquecedor para Chico continuar a parceria com Fagner. Ambos perderam e a música brasileira perdeu muito mais.



Tudo por causa de diferenças na política, nas convicções, que foram tensionadas e explodiram, resultando no fim dessa amizade.



E isso pode acontecer com qualquer um de nós. Ao menor atrito por diferenças religiosas, políticas ou ideológicas, corremos o risco de perder uma grande amizade.


“Perdi um amigo que amo muito. Infelizmente, porque a política deveria ser uma coisa a parte”, lamentou Fagner para o site Glamurama.



Fagner



Claro que vale a reflexão a respeito do valor de cada amizade. Um amigo deve respeitar ao outro, isso é regra básica de convivência. Para uma relação funcionar é preciso que todos se esforcem.

Se não há empenho e não há respeito de um dos lados, realmente o sinal vermelho acende. Mas, vamos tentar esse exercício de NÃO desistir dos amigos valiosos na primeira crise?



Não é preciso guardar um milhão de amigos. No entanto, vale a pena segurar os verdadeiros. Pense nisso nesses tempos bicudos de guerra e paz nas redes sociais.





Agora quero saber a sua opinião. Você acha que Fagner agiu certo ao deixar acabar sua amizade com Chico Buarque por causa da política?



Cely Fraga



Apaixonada pela escrita, sou jornalista, assessora de comunicação e redatora do conte[udo para webBapho Cabeça



25 de julho de 2018 10:41


TopBuzz.com

Raimundo Fagner e Chico Cesar
Apresentador Chico Pinheiro


Humberto Teixeira
Luiz Gonzaga
 
Fagner e Chico Cesar
 
 
 
Fagner e Eu
 
 
Final do especial
 
 Chico Cesar, Chico Pinheiro e Fagner

Humberto Teixeira, Luiz Gonzaga, Chico Cesar, Fagner e Eu


Raimundo Fagner

Com 43 anos de carreira, o cantor Raimundo Fagner já é figurinha carimbada no São João de Campina Grande, e a cada edição é uma das atrações mais esperadas. 

Um dos principais fã-clubes, e mais antigos é da região Nordeste e existe desde 1977. O "Fagmania" tem mais de 50 fãs brasileiros que acompanham o cantor pelo país, e é comandado atualmente por um campinense, o professor universitário Geraldo Medeiros Júnior.

"Acompanho o Fagner desde 1987. Faz 27 anos que acompanho ele, sempre que posso. Já fui a mais de 150 shows, e a cada apresentação tenho uma emoção diferente. Ele consegue agradar do mais jovem ao mais velho, e os mais diferentes níveis sociais, da empregada doméstica até o intelectual.

Ele canta Ferreira Goulart, Cecília Meirelles, Vinicius de Moraes, e ouvi-lo significa mergulhar na literatura brasileira. Estar em Campina Grande, na minha terra, é certeza de Parque do povo lotado", disse o fã. 

Reportagem de Renata Fabrício e Daniel Motta.

Publicado no jornal Correio da Paraíba
Edição de 21/06/2014

Cidades


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