Como a mediunidade é de natureza orgânica , pode-se dizer que todos os homens a possuem, segundo O Livro dos Médiuns lançado por Allan Kardec em 1861.Todas as pessoas, portanto, interagem com o mundo espiritual, se deixando orientar ou perturbando-se ao aceitar sugestão que os aproximam ou afastam do caminho do bem.
Muito comum nos processos obsessivos que um ladão, um assaltante, ou um maníaco sexual, abra as portas mentais de seus instintos e desejos para ouvir as sugestões dos mentores inferiores que o incentivam a cometer crimes. Portanto, ninguém é espírita só por médium nem é médium só por ser espírita "Reconhecer-se o verdadeiro espirita pela sua transformação moral e pelo esforço que faz para domar sua más inclinações". Allan Kardec, em O Evangelho Segundo o Espiritismo XVII
Nem sempre a mediunidade se manifesta ostensivamente. É comum as ideias virem por inspiração quando os mentores sugerem atitudes ou revelam informações às pessoas. Palestrante e professores, especialmente, muitas vezes dizem algo que não conheciam ou que não haviam programado dizer. Foram ideias que vieram do alto e foram captadas naquele momento sem que o autor se dê conta que aquela ideia não era dele.
Médium, já que todas as pessoas o são, há em qualquer religião.
Certa vez me disseram que um padre era espírita. Ele o olha e vê seus problemas. Logo retifiquei dizendo que não podia ser espírita já que era católico. Podia ser médium, não espírita. As pessoas confundem tanto que até médium da umbanda é chamado de espírita. Há pastor médium padre médium, ou seja, passível de receber influências do mundo espiritual.
Esta explicação é importante porque de vez em quando há episódios desagradáveis com médium não comprometidos com o bem e o amor ao próximo e o Espiritismo, sem ter nada com isso, acaba sofrendo arranhões, nascidos da ignorância de quem age e de quem julga. Felizmente isso é rapidamente esclarecido e seguimos no trabalho!
Octavio Caumo Serrado
Publicado no jornal Correio da Paraíba
Edição de 12 de dezembro de 2018
Opinião
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