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um conto - uma crônica
Só Deus para criar algo tão extraordinário como a vida, haja vista que o homem cientificamente já levantou diversas teorias sobre a sua origem; no entanto, podemos dizer que conceituá-la constitui um dos maiores tormentos da história da filosofia.
A Terra é habitat de múltiplas vidas, algumas ainda desconhecidas aos olhos do homem por residirem na profunda escuridão dos oceanos. Ficamos também a imaginar quantos segredos guarda o cosmo, pois se o nosso planeta acolhe um número incalculável de seres vivos, é de se imaginar quantas vidas existem no azul infinito dos céus. É importante enfocar a visão dos ufólogos, voltada para a existência de seres que circulam por meio de ovnis e osnis, aquele proveniente do espaço extraterreste e este que consegue voar pela infinita extratosfera e realizar mergulhos incompreensíveis nos leitos de mares, lagos e rios e por ali permanecerem como se vida houvesse no interior da Terra.
Mas quando se fala de vida, logo há uma ligação entre corpos e alma, matéria e espírito; daí emergir um outro tipo de conceito que não se prende apenas ao aspecto material, que se encerra com a morte, mas que nos encaminha para o mundo desconhecido e misterioso da espiritualidade, intrinsecamente ligado ao pós morte.
É extremamente difício entender a vida.
Não se sabe quantos milhões de anos o homem ainda terá que transpor para encontrar o fio lúcido sobre a origem e o verdadeiro sentido da vida. O fato é que Deus a criou e para o homem reservou a inteligência, a noção de espaço e tempo, suas memórias, o sentimento da alegria e da dor, da fé e do amor, da liberdade e da escravidão.
A vida é fácil de ser vivida.
Deus entregou ao homem toda a Terra, ele tem tudo: o ar, a água, a mata, os mares, os rios, o canto dos pássaros, a Lua e seu encantos, o Sol com sua energia e sua luminosidade, mas, encompreensível e incessantemente, o ser humano busca destruir a sua própria existência. Talvez a devastação da vida pela humanidade tenha se iniciado a partir do momento em que o homem entendeu ser o todo poderoso, passando a vulgarizar instituições sagradas como a família, a deturpar o conceito do que venha a ser o certo e o errado, a querer transformar situações anormais em condutas normais, a fazer proliferar templos "religiosos" que na verdade buscam mais a aproximação com o ter do que com o ser. Agindo assim, infringiu e infrige o homem todos os ensinamentos de Deus.
É necessário o equilibrio entre o corpo e a alma, pois no ensinar de Emmanuel: "Ninguém se aperfeiçoa sem o concurso de alguém. Não te iludas com o jogo das aparências. Deus te situa junto de todos, porque precisas do amparo de todos, e, de algum modo, todos os que te cercam necessitam de ti".
Onaldo Queiroga
Escritor e Juiz de Direito.Publicada no Jornal Correio da Paraíba.
Coluna: Opinião
Edição de sábado.
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