A solicitação da Dra. Onélia Setúbal Rocha de Queiroga, amiga, conterrânea e companheira das lides do magistério, para que eu fizesse o prefácio deste seu novo livro "Histórias Orbícolas", causou-me enorme surpresa, por eu não ocupar nenhum espaço nesse universo esplendoroso da literatura. Nesse mundo, não sou mais que uma mera consumidora dos seus frutos e assídua leitora das crônicas da autora. Por isso, asseguro que fiquei mais temerosa que honrada. Sendo conhecedora rigorosa de minhas limitações literárias, tive receio de que meu preâmbulo viesse a deslustrar a valiosa obra da amiga. Com efeito, não sou a pessoa mais indicada para tal mister. Outras há, de reconhecido valor e renome, capazes de tornar esta obra maior e que poderiam ter sido escolhidas para a incumbência. Contudo, me rendi ao chamado da amizade, certa, porém, de que mais se arriscou a autora ao fazer o convite do que eu ao aceitá-lo.
Dra. Onélia Setúbal Rocha Queiroga, configura uma harmoniosa e agradável amálgama de mestra/escritora/jornalista que buscou e alcançou o reconhecimento de seus pendores literários, manifestado na aceitação dos livros que escreve. Muitas das mensagens extraídas de suas páginas estão carregadas do sentimentalismo inevitável que orna os corações românticos, tal como o da autora. Outras tantas são, também, ressonâncias da sua convivência com a juventude moderna saudável, nas salas de aula.
Esta obra que agora a autora traz a lume bem revela sua peculiar forma de observação dos fatos do nosso trivial e seu manifesto poder de conduzir a atenção do leitor para aspectos simples, mas pontuais dos acontecimentos. Suas crônicas, ora narrativas, ora descritivas,tornam visível seu pendor para o conto cativante e criativo no qual se acentuam conotações de todos os matizes, que vão do romântico ao dramático, do trágico ao cômico, razões que aguçam a curiosidade do leitor na direção do alvo às vezes inesperado.
No início de sua leitura, a historieta com título de "O herdeiro" acentua o extremo amor do marido pela mulher, mas nem seu elevado potencial de felicidade sobreviveu à tentação do apetite seletivo e o homem se rende às novidades das carícias da amante.
Outras histórias, algumas sob a forma de crônica-reportagem, ou de interessante e pequeno conto, dão um doce e às vezes ingênuo sabor humorístico que nos levam ao riso inesperado, como encontramos em "Lá vem o picolé".
Maria do Livramento Bezerra
Professora
Histórias Orbícolas
Onaldo Queiroga
Pagina 17 e 18.
continua...
quinta-feira, 21 de abril de 2011
Onélia Queiroga - Prefácio Do Livro Histórias Orbícolas
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