domingo, 5 de outubro de 2025

Se estou só, quero não estar,




José SilverioFernando Pessoa

Fernando Pessoa

Se não estou, quero estar só,

Enfim, quero sempre estar

Da maneira que não estou.

Ser feliz é ser aquele.

E aquele não é feliz,

Porque pensa dentro dele

E não dentro do que eu quis.

A gente faz o que quer

Daquilo que não é nada,

Mas falha se o não fizer,

Fica perdido na estrada.

art" aldo balding"



Ela ofereceu uma refeição quente a dois órfãos



17 anos depois , um carro de luxo parou em sua porta...

Era a madrugada mais gelada que já se lembravam no bairro Tijucana. A garoa fina parecia querer

invadir tudo — transformava as calçadas em espelhos úmidos que refletiam o brilho trêmulo dos

postes amarelados. 

Ali, na praça defronte a estação de ônibus, dois vultos miúdos buscavam abrigo sob a marquise de

um botequim esquecido do tempo.

Mateus tinha apenas nove anos, e envolvia com força sua irmãzinha Clara, de seis, contra o frio que

cortava como navalha. 

Tremiam os dois — não só pela noite traiçoeira, mas pela fome que fazia companhia havia dias.

Pela vidraça enevoada do botequim, viam sombras se moverem, ouviam o tilintar de utensílios,

sentiam o cheiro de pão, café forte e ovos fritos escapando pelas frestas da porta.

Era uma tortura sutil — sentir cheiros, saber que aquilo existia, e saber que não podiam alcançar.

 “Tô morrendo de fome”, sussurrou Clara, encostando o rosto molhado no ombro do irmão. “Eu sei,

Clara. Amanhã vai dar certo, eu prometo.” 

Nem bem disse isso, a porta do botequim se abriu com um som de sininho frouxo.

Uma mulher de rosto cansado, cabelos presos num coque simples, avental já marcado pelo tempo,

fitou-os com olhos gentis. “Vocês estão com frio, né?”, disse ela, secando as mãos no lenço.

Chamava-se Helena Silva, e trabalhava ali havia anos — conhecia nomes tristes e rostos marcados

pela vida. “Entrem. Venham esquentar aqui dentro.”

Mateus hesitou: estivera habituado ao desprezo, a portas se fechando. Mas havia algo na voz de

Helena — uma ternura alta, convincente — e ele estendeu a mão para Clara. 

No botequim modesto, com mesas de fórmica e cadeiras desalinhadas, 

Helena os acomodou perto do balcão.

Trazia primeiro duas xícaras de chocolate quente — aquele de leite mesmo — e os olhos das

crianças brilhavam como quem encontra um tesouro inesperado. 

Enquanto aquecia dentro dela a esperança, ela preparava dois pratos fartos: arroz, feijão, ovo

estrelado e um pouco de linguiça.

 “Como vocês se chamam?”, perguntou ela, olhando sem acusar. “Eu sou Mateus, e ela é Clara”,

 respondeu ele, desconfiado, mas o cheiro já falava mais alto.

Helena não insistiu em perguntas. Intuiu que havia dor ali. Fora ela mesma órfã muito jovem:

aprendeu cedo que a vida era paga em sacrifício e solidariedade entre os esquecidos. Trabalhara em

vários empregos para sobreviver, para amparar quem restava. Sabia que, muitas vezes, o pouco que

damos pode ser tudo para quem está nu na alma.

Deixou que comessem em silêncio, repondo o que acabava, enchendo xícaras vazias, entregando

fatias de pão extra. Quando terminaram, Mateus quis pagar — mas Helena balançou a cabeça e

envolveu alguns pães em papel pardo. “Voltem amanhã, se quiserem.” E eles voltaram.

Durante quase um mês, os irmãos Marques apareceram todas as noites no botequim. Ela os recebia

sempre igual: sem cobranças, sem juízo. Aos poucos, Helena soube que perderam os pais

recentemente, e que pulavam de abrigo em abrigo para não serem separados. No pouco espaço do

seu coração, começou a separar cobertores, roupas gastas, lenços que não usava mais — tudo para

ajudá-los a suportar aquela estação cruel.

Mateus fazia pequenos ofícios: carregava caixas, limpava vidro de carros nos sinais, juntava latas.

Clara ficava próxima, desenhando no chão com gravetos e papeizinhos. Ela falava com doce

gratidão: “Obrigada, tia Helena.” Helena via no olhar dele o peso de um adulto, mas também uma chama, uma força muda que insistia em existir.

E então, numa noite qualquer, não apareceram. Dias passaram. Perguntou a moradores, buscou nos

cantos que antes os abrigaram. Nada. Era como se tivessem sumido na vastidão da cidade grande.

Os anos se arrastaram para Helena. Continuou servindo cafés, marmitas, cuidando da casa pequena.

Cabelos ganharam fios prateados, mãos mais ásperas, mas o peito guardava memória viva. Em dias

frios, pensava nos irmãos Marques, perguntava-se se estariam bem.

Foi numa quinta-feira nublada, de nebulosidade densa, quando viu um carro preto parar defronte ao

botequim. Um modelo elegante demais para aquelas ruas. Desceram dois jovens bem vestidos: um

rapaz alto, de terno fino; uma moça com jaleco branco, ar de médica. Entraram. Helena olhou, parou

de limpar mesas.

Eles se aproximaram. “A senhora se lembra de nós?”, disse a moça, com voz falha. Helena franziu a

testa e, então, ao ver os olhos, quase caiu. “Mateus? Clara?” disse ela, com a voz embargada. Ela os

abraçou. Os dois haviam voltado.

Contaram que, ao desaparecerem, foram localizados por assistentes sociais e levados a um abrigo

distante. Conseguiram, mesmo na adversidade, permanecer juntos. Nos primeiros anos foram rasos

de adaptação, saudade, medo de perda. Mas Mateus nunca esqueceu a frase: “Estude, menino.

Conhecimento é algo que ninguém pode roubar.” Ele se formou engenheiro de dados, trabalhando

enquanto estudava. Aos 27, lançou uma startup de impacto social que empregava dezenas.

Clara virou enfermeira pediátrica, especialista em atendimento a crianças vulneráveis. Sabia na pele

o que viveram. Entraram com envelopes em mãos. Dentro, documentos de uma casa simples,

quitada em nome de Helena, e um documento que garantia que ela pudesse parar de trabalhar se

quisesse.

Helena, em prantos, disse: “Vocês não precisavam tanto.” Mateus respondeu: “Precisávamos. A

senhora plantou uma semente de dignidade quando éramos invisíveis. Essa semente germinou,

cresceu, floresceu.” Clara completou: “Queremos que a senhora viva tranquila. Que saiba que fez

nosso mundo renascer.”

Os clientes do botequim, que assistiam em silêncio, começaram a aplaudir baixinho. A cozinheira

emergiu da cozinha, emocionada. Aquela noite ficou marcada na memória de Helena. Enquanto

guardava seus utensílios pela última vez, pensava em como um ato simples — oferecer alimento,

calor, olhar de humanidade — pode ecoar por décadas.

Ela sempre acreditou que fazer o bem era obrigação. Nunca buscou reconhecimento. Mas a vida lhe

ensinou: bondade genuína, ainda que pequena, pode transformar destinos, gerar ciclos que se

perpetuam no tempo. Que não precisamos ter muito para mudar vidas — só precisamos estar atentos

ao outro. E um café quente, um prato simples, um gesto de acolhida podem ser o ponto de virada

entre o desespero e a esperança.

Se você acredita que nenhuma dor é maior que a promessa de Deus, comente: EU CREIO! E diga

também: de qual cidade você está nos assistindo?

Fabulasreais

Depois de 77 anos juntos, Rosa e Antonio se divorciaram.


Chico - Cartas de Paz e Consolação


Ela tinha 96 anos. Ele, 99.

Muitos acharam que fosse uma piada.

Divórcio… nessa idade?

Depois de uma vida inteira lado a lado?

Mas a dor de Antonio não era passageira.

Era uma ferida antiga, aberta por acaso —

com a descoberta de cartas escondidas em uma gaveta,

escritas há mais de meio século…

e que não eram para ele.

Palavras de amor.

Segredos.

Confissões de um passado que Rosa nunca contou.

Eles se conheceram em Nápoles, em 1934.

Tiveram cinco filhos, enfrentaram guerras, crises, invernos e primaveras.

Viram o mundo mudar…

mas dentro daquela casa, havia algo que ficou enterrado no tempo.

Mesmo que aquela aventura de Rosa tenha terminado há mais de 60 anos,

mesmo que hoje ela já fosse outra…

a dor em Antonio foi imediata, como se tivesse acontecido ontem.

Ele não gritou.

Não a humilhou.

Não procurou culpados.

Apenas disse:

“Eu não consigo mais.”

E assim terminou aquela que parecia ser a história de amor mais longa do mundo —

com um silêncio que machucava mais do que qualquer palavra.

Dizem que o tempo cura tudo…

Mas ninguém fala do que acontece quando a verdade chega tarde demais.

Nem toda vida compartilhada é sinônimo de perdão.

E há dores que nem o tempo apaga.


Laura Cardoso e atores veteranos se reúnem para inaugurar calçada da fama na Globo


Cerimônia nos Estúdios Globo inaugura a primeira calçada da fama do Brasil e homenageia veteranos como Tony Ramos, Renato Aragão, Laura Cardoso e Nathália Timberg

Da Redação

03/10/25 - 12h27minEmGente

Laura Cardoso e outros atores veteranos se reúnem para inaugurar calçada da fama Foto: Paulo Tauil/AgNews

Um grande evento marcou a história da televisão brasileira com a criação da primeira calçada da fama do país. A cerimônia reuniu veteranos e nomes consagrados da dramaturgia e da comunicação, entre eles Laura Cardoso (98), Walcyr Carrasco (73) e Nathália Timberg (96), que compareceram aos Estúdios Globo para celebrar a homenagem.

A iniciativa foi lançada dentro do complexo da emissora, no Rio de Janeiro, em comemoração aos 30 anos dos Estúdios Globo. 

Entre os primeiros artistas e profissionais a eternizar seus nomes em estrelas, estavam 

Tony Ramos (77), 

Renato Aragão (90), 

Laura Cardoso, 

Antônio Pitanga (86), 

Nathália Timberg, 

Walcyr Carrasco, 

Neusa Borges (83), 

Rosamaria Murtinho (92) e 

Serginho Groisman (75).

Durante a solenidade, Antônio Pitanga emocionou o público ao destacar que recebia a homenagem também em nome de atores negros que abriram caminho na dramaturgia. 

Ele fez questão de lembrar personalidades que já se foram, como 

Milton Gonçalves, 

Léa Garcia e 

Ruth de Souza. 

Já Betty Faria celebrou o momento de forma emocionada ao ver sua estrela: “É uma alegria imensa. Esta tarde ficará para sempre na memória. Sinto que é um reconhecimento justo pelo trabalho que venho realizando”, declarou em entrevista ao Gshow.

Veja as fotos:

Homenageados

Nathália Timberg e Laura Cardoso 


IstoÉ.Com.Br

quarta-feira, 1 de outubro de 2025

Hiponatremia

Hiponatremia é uma condição caracterizada pela concentração anormalmente baixa de sódio no sangue, geralmente causada por um excesso de água no organismo. 

O sódio é crucial para regular a água e as funções celulares, e seus níveis baixos levam a inchaço celular, especialmente no cérebro, o que pode causar sintomas neurológicos como confusão, convulsões e coma. 

As causas incluem doenças cardíacas, renais e hepáticas, uso de certos medicamentos e excesso de ingestão de líquidos, sendo o tratamento focado em reverter o desequilíbrio hídrico e tratar a condição subjacente.

O que é?

Baixo nível de sódio:
É uma condição médica onde os níveis de sódio no sangue estão abaixo do normal (abaixo de 135 mEq/L).

Desequilíbrio entre água e sódio:
O problema geralmente é um excesso de água em relação à quantidade de sódio no corpo, que dilui o sódio.

Causas comuns

Excesso de ingestão de líquidos: 
Beber muita água pode diluir os eletrólitos, incluindo o sódio.

Doenças: 
Insuficiência cardíaca, doenças hepáticas e renais podem contribuir para a hiponatremia.

Medicamentos: 
Diuréticos e outros remédios podem levar à perda de sódio.

Síndrome de Secreção Inadequada de Hormônio Antidiurético (SIHAD): 
Condições hormonais que levam a uma retenção excessiva de água.

Sintomas

Os sintomas se manifestam devido ao inchaço das células cerebrais.

Cefaleia (dor de cabeça)

Confusão e lentidão de raciocínio

Náusea e vômito

Fraqueza e fadiga

Cãibras musculares

Em casos graves: convulsões e coma

Diagnóstico e tratamento

Diagnóstico: 
É feito por meio de exames de sangue que medem os níveis de sódio.

Tratamento: Envolve:

Restrição hídrica: 
Limitar a ingestão de água.

Correção da causa: 
Tratar a doença subjacente (insuficiência cardíaca, renal, etc.) ou ajustar medicamentos.

Administração de fluidos: 
Em casos graves, pode ser necessário administrar fluidos intravenosos para corrigir o nível de sódio.

Importância

A hiponatremia pode ser perigosa, especialmente quando se desenvolve rapidamente, e deve ser avaliada por um médico, que determinará a causa e o tratamento adequado.

Hiponatremia (níveis baixos de sódio no sangue) - MSD Manuals

Na hiponatremia, os níveis de sódio no sangue estão excessivamente baixos. 

MSD Manuals



Hiponatremia: o que é e como é diagnosticada - Salomão Zoppi
21 de nov. de 2023 — A hiponatremia é uma condição médica caracterizada pela baixa concentração de sódio no sangue. Essa condição pod...
Salomão Zoppi


Médico explica risco de hiponatremia após susto de María Antonieta, a Chiquinha: ‘Nunca tente corrigir em casa’

Queda e hospitalização de María Antonieta de las Nieves, a Chiquinha do Chaves, chamam atenção para a hiponatremia e médico alerta para sinais e cuidados

Por Dr. Matheus Luis Castelan Trilico

María Antonieta de las Nieves - Foto: Instagram

A atriz María Antonieta de las Nieves , de 78 anos, conhecida mundialmente como a eterna Chiquinha do seriado Chaves, viveu dias de tensão no final de agosto. 

Ela foi hospitalizada após uma crise de ansiedade severa, quando exames apontaram deficiência de sódio no sangue e uma possível deterioração neurológica. Poucos dias depois, em de setembro, María Antonieta sofreu queda de uma escada em um teatro, mas conseguiu se levantar rapidamente e não teve ferimentos graves.

A CARAS Brasil conversou com o neurologista Matheus Luis Castelan Trilico, que analisou o caso e explicou os cuidados necessários para evitar complicações em situações como essa.

Fatores de risco para hiponatremia em idosos

Segundo o Dr. Trilico, diversos fatores contribuem para a hiponatremia, condição em que há baixa concentração de sódio no sangue, sendo os medicamentos a causa mais comum.

“O uso de diuréticos, antidepressivos – especialmente os inibidores seletivos de recaptação de serotonina –, anticonvulsivantes e alguns anti-hipertensivos pode interferir na regulação do sódio”, explica o médico.

Ele destaca ainda que insuficiência cardíaca, cirrose hepática, hipotireoidismo e a síndrome de secreção inadequada do hormônio antidiurético (SIADH) também elevam o risco: “O processo natural de envelhecimento reduz a capacidade dos rins de concentrar urina e a sensibilidade ao hormônio antidiurético”, acrescenta.

O perfil de maior risco inclui mulheres acima de 65 anos, principalmente aquelas com múltiplas comorbidades e uso de vários medicamentos.

Idosos institucionalizados, com demência ou transtornos psiquiátricos, também são mais vulneráveis:

“Infecções,

cirurgias recentes,

vômitos persistentes ou

diarreia podem precipitar episódios de hiponatremia. Identificar precocemente esses fatores é fundamental para prevenção e monitoramento”, alerta.

Tratamento cuidadoso e monitoramento constante

O neurologista reforça que o tratamento da hiponatremia em idosos exige atenção especial: “A correção inadequada pode ser mais perigosa que a própria condição“, diz o Dr. Trilico.

Em casos leves ou moderados, o tratamento geralmente envolve restrição controlada de líquidos, ajuste ou suspensão de medicamentos e tratamento da doença de base:

“Quando os sintomas neurológicos são graves, pode ser necessária a correção com soluções salinas hipertônicas em ambiente hospitalar, sempre com monitoramento rigoroso”, explica.

A velocidade de correção é um ponto crítico: “Se for muito rápida, pode causar a síndrome de desmielinização osmótica, uma complicação neurológica grave e potencialmente irreversível”, alerta o especialista.

Durante a recuperação, é essencial o monitoramento laboratorial frequente, avaliação neurológica regular e controle rigoroso da ingestão de líquidos: “A educação da família sobre sinais de melhora ou piora é vital para o sucesso do tratamento”, enfatiza.

Como familiares podem prevenir e agir rapidamente?

O médico destaca que a prevenção da hiponatremia começa em casa.

“É importante manter uma lista atualizada de todos os medicamentos e suplementos, fazendo revisões periódicas com o médico para identificar possíveis interações ou ajustes”, orienta.

O controle de doenças como diabetes, problemas cardíacos e de tireoide é essencial: “Famílias devem observar o equilíbrio hídrico: nem restringir demais, nem permitir ingestão excessiva de líquidos, especialmente água pura”, explica.

A observação diária do comportamento, apetite e capacidades cognitivas do idoso também ajuda a detectar mudanças precoces: “Ao notar sintomas como confusão, náuseas, fraqueza ou alterações de comportamento, é fundamental buscar avaliação médica urgente. Nunca tente corrigir em casa oferecendo sal ou restringindo líquidos sem orientação”, reforça.

Dr. Matheus conclui: “Cuidadores bem informados fazem a diferença entre um episódio controlado e uma emergência neurológica grave”.

Dr. Matheus Luis Castelan Trilico é médico pela Faculdade Estadual de Medicina de Marília (FAMEMA); Neurologista com residência médica pelo Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (HC-UFPR); Mestre em Medicina Interna e Ciências da Saúde pelo HC-UFPR e tem pós-graduação em Transtorno do Espectro Autista. Referência em Autismo e TDAH em adultos. CRM 35805PR I RQE 24818.

Fotos de Paulo,Michelle, eu, André Virginia e Danielle

 

Aniversário de Ilce

Berta Loran

Berta Loran

Caras Brasil

A atriz Berta Loran faleceu na noite de domingo, 28, no Rio de Janeiro, aos 99 anos. A veterana estava internada em um hospital particular em Copacabana. A causa da morte não foi divulgada.

Nascida em Varsóvia, na Polônia, a artista chegou no Brasil com apenas 9 anos e se consagrou como comediante em programas humorísticos da Globo.

Berta, que completaria 100 anos em março de 2026, vivia reclusa e sem contato com a imprensa.

Viva+

A atriz Berta Loran fugiu da Polônia ainda na infância e, ao chegar no Brasil, teve o nome de registro alterado; conheça a história

A atriz Berta Loran faleceu na noite de domingo, 28, no Rio de Janeiro, aos 99 anos. A veterana estava internada em um hospital particular em Copacabana. A causa da morte não foi divulgada.

Nascida em Varsóvia, na Polônia, a artista chegou no Brasil com apenas 9 anos e se consagrou como comediante em programas humorísticos da Globo.

Berta, que completaria 100 anos em março de 2026, vivia reclusa e sem contato com a imprensa.

Casada quatro vezes, atriz não teve filhos; entenda o motivo

Artista, que morreu aos 99 anos, abandonou sonho da maternidade após receber diagnóstico médico em decorrência de dois abortos

Por O GLOBO — Rio de Janeiro

A atriz Berta Loran, em 2016 Daniel Marenco/Agência O Globo

Teve a trajetória marcada por episódios de drama familiar, incluindo alguns casamentos que foram "péssimos negócios", como ela costumava citar em entrevistas. Conhecida por papéis de humor — entre os quais a portuguesa Manuela D'Além Mar, da "Escolinha do Professor Raimundo ", e a empregada Frosina, da novela "Amor com amor se paga " (1984) —, a artista não teve filhos devido a um problema de saúde causado por dois abortos realizados no primeiro matrimônio.

Viagem de navio: Berta Loran era polonesa e se mudou para o Brasil ´para fugir do nazismo: Saí para nunca mais voltar

Na década de 1940, aos 20 anos, Berta Loran se casou com um ator argentino de 51 anos, com quem morou por dois anos em Buenos Aires . Depois, os dois foram para Poetugal , onde viveram durante sete anos. Apesar de ter feito relativo sucesso como atriz naquele país, Berta e o marido — que era viciado em apostas — passaram por dificuldades. Ela fez dois abortos justamente devido à delicada situação financeira que ambos precisavam lidar.

Berta Loran em foto de 1970 — Foto: Arquivo / Agência O Globo

"Fiquei grávida do velhinho duas vezes. Mas como não tínhamos dinheiro para comer, a mulher colocava uma gilete dentro de mim e tirava os bebês", contou ela ao site "Ego", em entrevista publicada em 2016. Na mesma ocasião, ela enfatizou que o casamento foi muito ruim, e que ela não cultivava amor pelo companheiro.

"Casei com ele porque queria ir para Buenos Aires. Ele era baixinho, tudo era pequenininho! Me castigou muito, pois era jogador, adorava os cavalinhos. Estudava os animais na cama, e eu pedia: 'Me estuda um pouco também...' Mas ele ficava estudando o avô do cavalo, a tia do cavalo...", comentou ela, na entrevista concedida em 2016.

Esses abortos encerraram de vez o sonho de Berta ser mãe. Em seu segundo casamento, aos 37 anos, com o comerciante paulistano Julio Marcos Jacoba, também de origem polonesa e que tinha a mesmíssima idade dela,

Berta recebeu um triste diagnóstico médico: dali em diante, ela estaria impossibilitada de ter filhos e precisaria se submeter a uma histerectomia. "Tive que tirar o útero, pois ele estava estropiado", contou. A união durou até 1988.

Em 1990, já separada de Júlio Marcos Jacoba, casou-se com o cantor Paulo Carvalho. Os dois ficaram juntos até 2016. No ano seguinte, engatou um novo relacionamento com Claudionor Vergueiro.

Berta Loran - Foto: Reprodução / TV Globo

A atriz nos deixou na noite de domingo  28  aos 99 anos, no Rio de Janeiro . 

Dona de uma trajetória de sucesso, a artista, que se consagrou em programas humorísticos da TV Globo e já somava mais de 70 anos de carreira, chegou ao Brasil ainda na infância, com apenas 9 anos de idade.

Nascida em Varsóvia, na Polônia, Berta fugiu do país na década de 1930 devido ao avanço do holocausto. Em 2018, durante participação no programa ‘Conversa com Bial’, a famosa contou que o pai, que era alfaiate, vendeu duas máquinas para vir ao Brasil junto com a família.

“Meu pai disse: ‘Ai, meu Deus’. Vendeu as duas máquinas e veio para o Brasil. E nós perdemos toda a família, mas não quero falar de drama“, recordou ela, na ocasião. Já no Brasil, Berta passou por uma mudança significativa ao se matricular em uma escola.

Na época, a atriz foi orientada a mudar seu nome de registro, que era Basza Ajs, para evitar bullying de colegas. Com isso, passou a se chamar Berta Ajs. A adição de Loran, sobrenome artístico, aconteceu em 1952, quando fez sua estreia no teatro.

Segundo Berta, a ideia partiu de uma amiga: “Quando fazia teatro de revista, observei que as pessoas não sabiam falar o meu nome. Aí, uma amiga sugeriu Loran, já que eu era loira. São 59 anos de Berta Loran“, contou a veterana em entrevista à ‘Quem’, em 2011.

Berta Loran – Foto: Márcio de Souza/TV Globo

A carreira de Berta Loran

A estreia e Berta Loran TV Globo aconteceu em 1966, no programa de humor ‘Riso Sinal Aberto’ (1966). 

Nos anos seguintes, a atriz atuou em ‘Balança Mas Não Cai’ (1968), 

‘Faça Humor’, ‘Não Faça Guerra’ (1970), 

‘Satiricom’ (1973),

‘Planeta dos Homens’ (1976), 

‘Escolinha do Professor Raimundo’ (1990), 

‘Zorra Total’ (1999) 

e ‘A Grande Família’ (2012).

Mas não foi só em programas humorísticos que a veterana mostrou seu talento ao público. Além do teatro e do cinema, Berta Loran esteve em grandes novelas como 

‘Amor com Amor se Paga’ (1984), 

‘Cambalacho’ (1986),

 ‘Cama de Gato’ (2010),

 ‘Tititi’ (2011), 

‘Cordel Encantado’ (2011) 

e ‘A Dona do Pedaço’ (2019), sendo esse seu último trabalho nas telinhas.

“Você pode perder apartamento, joia, dinheiro, e até um grande amor – 30 anos depois, quando você o reencontra, dará graças a Deus que o perdeu. Agora, o humor não pode ser perdido. Humor é tudo na vida“, declarou a veterana em entrevista ao ‘Memória Globo’.

Berta Loran em A Diarista – Foto: TV Globo / João Miguel Júnior

A morte de Berta Loran

Berta Loran faleceu na noite de domingo, 28, aos 99 anos. A atriz estava internada em um hospital particular em Copacabana, no Rio de Janeiro. Até o momento, a causa da morte não foi divulgada.

“Rio de Janeiro, 29 de setembro de 2025 – O Hospital Copa D’Or informa, com pesar, o falecimento da Sra. Berta Loran na noite de domingo (28) e se solidariza com a família, amigos e fãs por essa irreparável perda. O hospital também informa que não tem autorização da família para divulgar mais detalhes“, diz a nota divulgada à imprensa.

Último trabalho de Berta Loran foi em A Dona do Pedaço – Foto: Reprodução / TV Globo

Rafaela Oliveira é repórter de conteúdo do site CARAS. Formada em jornalismo, já passou por sites como MaisNovela, Portal Márcia Piovesan, Purepeople Brasil e Jornal O Dia. Escreve sobre celebridades, TV e reality show. (email: rboliveira_colab@caras.com.br)


Alzheimer não é parte natural do envelhecimento, alerta neurologista


Neurologista Pedro Levi aponta maneiras de identificar e lidar com a doença

Por Clayton Neves e Thailla Torres | 29/09/2025 10:02

Apesar de muitas pessoas associarem esquecimentos à idade, a doença de Alzheimer não é parte natural de um envelhecimento saudável. 

Para esclarecer dúvidas e orientar pacientes e familiares, o Campo Grande News conversou com o neurologista Pedro Levi, coordenador do Ambulatório de Cognição e Demência do Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian, entrevistado do podcast Saúde e Bem-Estar.

O envelhecimento saudável inclui pequenas falhas de memória, como esquecer onde deixou a chave ou o nome de alguém que não vê há muito tempo. 

Já o Alzheimer é um processo patológico que prejudica a autonomia e a rotina do paciente”, explica Dr. Pedro.

Segundo ele, sinais de alerta incluem dificuldade para organizar tarefas simples, repetir perguntas constantemente, se perder em lugares conhecidos e mudanças de comportamento, como irritabilidade ou apatia.

A importância do diagnóstico precoce - 
O Alzheimer pode surgir antes dos 65 anos, chamado de início precoce, embora esses casos sejam raros. “Qualquer perda de memória que comece a atrapalhar atividades cotidianas deve ser investigada. Quanto antes houver diagnóstico, mais eficaz será o acompanhamento e o tratamento”, afirma o neurologista.

O diagnóstico envolve uma avaliação completa: 
exames clínicos, testes de memória e raciocínio, além de exames de imagem e laboratoriais para descartar outras causas de perda cognitiva. “O diagnóstico precoce também é fundamental para orientar a família e planejar adaptações na rotina do paciente, garantindo segurança e qualidade de vida”, complementa Dr. Pedro.

Fatores de risco e prevenção 
- Diversos fatores aumentam a probabilidade de desenvolvimento da doença, como hipertensão, diabetes, obesidade, sedentarismo, tabagismo, problemas visuais e auditivos, depressão e até exposição a poluição do ar.

Por outro lado, hábitos saudáveis podem reduzir significativamente o risco de Alzheimer. 

Atividade física regular, alimentação balanceada, sono adequado, estímulo cognitivo (como leitura, jogos de lógica e aprendizado de novas habilidades) e manutenção de uma rede social ativa são medidas comprovadas por estudos.

“O cérebro é como um músculo: quanto mais você exercita, mais resistente ele se torna ao envelhecimento patológico”, diz Dr. Pedro.

Tratamento e suporte familiar 
- Embora ainda não haja cura, tratamentos disponíveis podem retardar o avanço da doença e melhorar sintomas como perda de memória, alterações de humor e comportamento. 

Medicamentos, aliados a terapias ocupacionais, fisioterapia, fonoaudiologia e psicologia, ajudam a manter autonomia por mais tempo.

Dr. Pedro enfatiza que o Alzheimer não afeta apenas o paciente, mas toda a família. “O cuidador precisa de orientação e apoio, pois o estresse e a sobrecarga podem impactar a saúde física e emocional. Uma rede familiar presente é essencial para o bem-estar de todos”, afirma.

Apoio especializado em Campo Grande - No Hospital Universitário, o Ambulatório de Cognição e Demência atende pacientes encaminhados pelo sistema público de saúde. O serviço oferece acompanhamento clínico, orientação familiar, suporte multiprofissional e grupos de apoio para cuidadores, promovendo informação e acolhimento.

“Não espere sinais graves. 
Cuidar do corpo e da mente desde cedo transforma a forma como envelhecemos. 

Pequenas atitudes diárias, como caminhar, socializar e desafiar o cérebro, podem fazer uma grande diferença no futuro”, finaliza Dr. Pedro Levi.

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segunda-feira, 29 de setembro de 2025

Tumor ósseo no crânio


Pablo Olave Brito



O diagnóstico ocorreu a partir de queixas de dores de cabeça apresentadas nos últimos dias. A dor é, geralmente, a queixa mais frequente como sintoma desse tipo de tumor.

Por Taboola

O que caracteriza esse tipo de tumor?

Segundo o neurocirurgião Dr. Julio Pereira, nem todo tumor ósseo na cabeça, especificamente o osteoma, é maligno, citando o lipoma como um exemplo comum de crescimento benigno, mas que se concentra nos tumores ósseos do crânio.

Ainda segundo o médico, o osteoma é um tumor benigno de crescimento lento que, em muitos casos, não causa problemas, mas pode incomodar por questões estéticas ou mecânicas, como atrapalhar o uso de óculos.

A decisão de realizar a cirurgia depende de fatores como a localização do tumor, seu crescimento rápido (que pode indicar malignidade) e o risco-benefício do procedimento para o paciente.

Entre os sintomas, a dor é geralmente o mais comum, mas pode haver também inchaço ou sensação de nódulo na região afetada. A dor é persistente e piora à noite. Se houver compressão nervosa, o paciente pode sentir dormência, formigamento ou fraqueza.

O que é o granuloma eosinofílico?

Granuloma eosinofílico, é um tipo de tumor ósseo que se desenvolve no osso parietal do crânio.

De acordo com a Clínica Cleveland, o granuloma eosinofílico é a forma mais branda de histiocitose de células de Langerhans, uma doença rara que faz com que o corpo produza glóbulos brancos extras, que eventualmente podem se agrupar e formar tumores por todo o corpo da criança.

Esse tipo de tumor se desenvolve em cima ou próximo a ossos grandes de crianças (especialmente meninos menores de 10 anos, embora possa afetar ambos os sexos e todas as idades), e, muito comumente, no crânio. Ele também pode aparecer em regiões como:

Pélvis;Fêmur (osso da coxa);

costelas;

Úmero (osso do braço);

mandíbula (osso da mandíbula); e

Coluna.

Quais são os sintomas?

Os principais sintomas da condição são:


Inchaço;


Sensibilidade na área;

Dores de cabeça, 

aumento da sede e também da necessidade de urinar (também conhecido como diabetes insípido);

Rigidez (se o crescimento estiver em uma articulação ou próximo a ela); e

Descoloração na pele acima ou perto do crescimento.

Além da remoção por meio da cirurgia, o granuloma eosinofílico também pode ser tratado com injeções de esteroides, radioterapia, quimioterapia ou apenas observação (em casos que nunca causam sintomas e são reabsorvidos pelo corpo das crianças com o tempo).

Na minha varanda



Feliz com a vida


Na minha varanda entra
quem ri de si mesmo

Entra quem é amigo, até amigo de amigo

Entra gente que se importa com gente

Que gosta de dar boas risadas, de abraços demorados, de contar e ouvir boas histórias.

Entra de chinelo, de sapato, de pijama, de tênis, crocs e até descalço - não importa

O importante é vir com o coração aberto(...)

Gente que levanta e dança que toca, que batuca, que canta

Gente que entende que a felicidade está na pura e mais leve simplicidade...

Josane Hodniki


Talvez, o problema seja que nós esperamos demasiado dos outros.



Feliz com a vida


Esperamos que façam isto. Aquilo.

Que digam o que queremos ouvir.

Que sejam o que gostávamos que fossem.

Mas não é assim.

Cada um é como é.

Não podemos ter a pretensão de mudar ninguém.

Cada um é apenas cada um.

E é assim, porque todos nós somos um somatório. Um conjunto.

É difícil perceberes porque sou assim, porque a minha dor só eu a sinto. As minhas tristezas, só eu as visito.

Posso tentar descrever o que sinto, mas tu nem vais imaginar!

Talvez o problema seja que deixamos nas mãos os outros, a chave da nossa felicidade.

Errado

Só eu posso ter as chaves das minhas mil e uma portas...das mil gavetas que existem no meu coração.

Não tentes mudar ninguém.

Aceita cada um como é!

Se não der certo, afasta-te!

A ausência nem sempre é sinal de fraqueza. Ás vezes significa apenas que reconhecemos que merecemos mais e melhor.

Não te preocupes, se a outra pessoa sentir a tua ausência, ela vai procurar-te. Ela sabe onde são os inúmeros locais que escolhes para pousar do teu voo.

Faz-te feliz!

Sorri sem razão.

Solta a tua mais sonora gargalhada!

A vida é um espelho.

Não te esqueças disso!

Marisa Sousa

Artrose de quadril


Artrose de quadril pode ser aliviada com práticas físicas bem orientadas

Por Patryck Rubim


É uma doença degenerativa caracterizada pelo desgaste da cartilagem que reveste o quadril, causando dor, inflamação, rigidez e dificuldade de movimentação.

Ocorre devido a fatores como 

envelhecimento, 

obesidade, 

histórico familiar,

lesões prévias e atividades de alto impacto. 

O tratamento pode envolver fisioterapia, medicamentos para a dor, mudanças no estilo de vida, e, em casos mais avançados, a cirurgia para substituição da articulação por uma prótese.

Causas e Fatores de Risco

Desgaste Natural: 
O envelhecimento leva a uma degeneração natural da cartilagem.

Fatores Mecânicos: 
Obesidade, sedentarismo ou excesso de atividades de alto impacto.

Genética e Malformações: 
Histórico familiar e condições como displasia do quadril.

Outras Condições: 

Lesões labrais, 

síndrome do impacto femoroacetabular 

e doenças inflamatórias como a artrite reumatóide.

Sintomas

Dor: 
principalmente na virilha, na parte da frente do quadril, podendo irradiar para a coxa.

Rigidez: 
Diminuição da flexibilidade e dificuldade de movimentação.

Perda de Função: 
Dificuldade em realizar atividades diárias como agachar, levantar, andar e subir escadas.

Diagnóstico

O diagnóstico é feito através de:

Exame Físico: 
Avaliação dos sintomas e limitação de movimento.

Exames de Imagem:
O exame padrão é a radiografia, que pode revelar a diminuição do espaço articular e a formação de osteófitos (bicos de papagaio), explica o site do Einstein.

O que é artrose de quadril e como tratar?

19 de jul. de 2022 — A artrose no quadril ou osteoartrose é o desgaste da articulação dessa parte do corpo, que é a maior articulação...

Hospital Israelita Albert Einstein



Artrose do quadril: 
Sintomas, Causas e Tratamentos - Einstein



Recentemente, novas abordagens terapêuticas têm surgido, enfocando métodos conservadores e a promoção de exercícios físicos adaptados. Essas atividades ajudam na redução da dor e na melhora da mobilidade sem acarretar sobrecarga na articulação. 
Como os exercícios físicos beneficiam a artrose de quadril?

Práticas regulares de atividades físicas controladas desempenham um papel essencial na manutenção da funcionalidade articular em pacientes com artrose de quadril. 

Exercícios de baixo impacto favorecem a lubrificação natural da articulação e contribuem para o aumento da flexibilidade e fortalecimento dos músculos ao redor do quadril. Isso alivia a pressão sobre a articulação danificada, minimizando assim os sintomas de dor e promovendo uma maior independência nas tarefas diárias.



Quais são as modalidades de exercício indicadas?

Para pacientes com artrose de quadril, modalidades que envolvem movimentos suaves e controlados são frequentemente sugeridas. Atividades como hidroginástica, pilates, andar de bicicleta de forma leve e caminhadas sob orientação são benéficas.

Essas práticas focam no alongamento, fortalecimento do core e treino de equilíbrio, proporcionando segurança durante seus desempenhos. Ajustes na intensidade devem ser feitos conforme as necessidades individuais de cada paciente, para garantir segurança e eficácia.


Artrose de quadril exige exercícios adaptados para cada fase da condição (Créditos: depositphotos.com / milangucci)

Quando é apropriado iniciar exercícios físicos no contexto de artrose de quadril?

Os exercícios físicos são mais eficazes em estágios iniciais e intermediários da artrose de quadril, quando a cartilagem ainda é parcialmente preservada e o tratamento conservador pode ser eficaz. Indicadores para o início dos exercícios incluem dor que diminui com o repouso e ausência de inflamação severa.

Em estágios avançados de artrose do quadril, onde a articulação está significativamente comprometida, a prática de exercícios deve ser cuidadosamente adaptada ou até mesmo pausada. Nestas fases, a prioridade é o controle dos sintomas dolorosos com o auxílio de tratamentos médicos. Cada indivíduo responde de maneira única aos exercícios, fazendo com que o monitoramento por parte de uma equipe multidisciplinar seja essencial para orientar o melhor plano de tratamento.

Em 2025, a conscientização dos benefícios e limitações dos exercícios físicos é fundamental para aqueles que convivem com a artrose de quadril. O conhecimento sobre saúde, aliado a práticas seguras e o acompanhamento de profissionais experientes, oferece caminhos promissores para o manejo eficaz da condição, melhorando a qualidade de vida através de uma abordagem integrada e personalizada.

Gastroenrterite


Por Dra. Patrícia Almeida e Gabriel Cunha
Publicado em 26/09/2025, às 22h40 - Atualizado em 27/09/2025, às 11h10

O que é a gastroenterite, segundo especialista

Para esclarecer o quadro, a CARAS Brasil ouviu Patrícia Almeida, gastroenterologista e hepatologista pela Sociedade Brasileira de Hepatologia. A médica explica:

“A gastroenterite é uma inflamação do estômago e do intestino, geralmente causada por vírus ou bactérias. Quando isso acontece, o organismo da criança passa a absorver menos água e nutrientes, resultando em diarreia, vômitos, dor abdominal e, muitas vezes, febre. 

O maior risco é a desidratação, que pode surgir de forma rápida nas crianças”.

Como diferenciar de outras doenças?

Patrícia detalha que é importante diferenciar a gastroenterite de problemas mais graves. “Apendicite costuma dar dor abdominal localizada e crescente, geralmente na parte inferior direita da barriga, acompanhada de febre persistente e, muitas vezes, a diarreia não é exuberante. Já intoxicação alimentar aparece de forma súbita e pode afetar várias pessoas que comeram o mesmo alimento”.

Sinais de alerta que exigem atenção

A especialista reforça os cuidados: “Os sinais de alerta que exigem atenção imediata são:

dor abdominal forte e contínua, 

vômitos em excesso, 

sangue nas fezes, 

febre alta, 

sonolência incomum e sinais de desidratação, como boca seca e pouca urina”.

Quando levar a criança ao hospital?

Patrícia destaca que a ida ao hospital deve ser rápida em situações de risco. “Quando há dúvida diagnóstica ou risco de desidratação importante — que pode comprometer rins, circulação e até o nível de consciência — a ida ao hospital é imediata. 

Vômitos e diarreia que impedem a hidratação em casa, alterações nos exames de sangue com queda de sais minerais, ou sinais de maior gravidade, justificam internação para reposição venosa e monitoramento”.

Caras.com.br