terça-feira, 13 de maio de 2014

Onaldo Queiroga - Muros E Pontes




Um conto-uma crônia

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Muros e Pontes



Existem homens que passam por esse mundo e só constroem muros, enquanto outros se dedicam a construção de pontes.



Os que levam o tempo a levantar muros, sejam de pedra e cal, ou mesmo, os denominados invisíveis, na verdade constituem seres inseguros, que carregam o medo no seu existir. Erguem muros com o pensamento de defesa e proteção, porém, a história tem demonstrado que eles cada vez mais estão se tornando mais altos e longos, verdadeiras muralhas. Aliás, quantas muralhas o homem já ergueu? A grande muralha, considerada “o cristal de inteligência e de saber do povo da China antiga”, estende-se por cinco mil quilômetros de leste a oeste no norte da China, atravessando desertos e montanhas. Na era moderna, o muro de Berlim dividiu os alemães. Separou a cidade em duas. Para muitos, uma verdadeira esquizofrenia geopolítica. Após envergonhar o mundo, terminou por vir ao chão. O homem continua equivocado, pois um novo muro passou a ser erguido para separar israelenses e palestinos. Temos ainda o muro invisível. Construído psiquicamente, torna-se difícil de ser levado ao chão. Imperceptível, é fruto do medo e da desconfiança que, hoje, circundam a humanidade



Os muros afastam. As pontes aproximam. De um palestrante motivador ouvi ensinamentos sobre a importância das pontes. Dizia ele que dois amigos, Pedro e Paulo, residiam numa pequena fazenda, suas casas eram separadas por um rio. Certo dia, a inveja de um terceiro causou a discórdia. Então, um deles, Pedro, chamou um mestre de obras e, disse: - “Vou viajar. Passarei noventa dias fora. Quando voltar quero ver levantado um muro próximo as margens do rio, pois não desejo mais sequer olhar para aquele que reside do outro lado do rio”. Noventa dias depois ele retorna. Para seu espanto ao invés do muro havia sido erguida uma ponte ligando uma margem a outra. Revoltado, Pedro chamou o mestre de obra e questionou: - “Mandei levantar um muro e, não uma ponte”. O mestre, com tranquilidade disse-lhe: - “Não construo muros, só pontes. Venha comigo até a ponte”. Demorou um pouco, mas terminou o mestre convencendo-o. Começaram a atravessá-la, quando do outro lado encontrava-se Paulo, que acenou e veio em direção ao mestre a Pedro. O mestre pediu que Pedro nada falasse. Paulo se aproximou, pediu-lhe desculpas e abraçou o velho.


O homem deve afastar-se dos os muro. Edificar pontes. Por elas caminhar pelos jardins da paz, abraçar a fraternidade e repousar o espírito nas plumas do amor. Que Deus esteja conosco.

Onaldo Queiroga
Recebido por e-mail
onaldoqueiroga@oi.com.br

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