sexta-feira, 10 de julho de 2015

Maria Bethânia - A Diva Da Nossa Canção Comemora 50 Anos De Carreira

Maria Bethânia

Antes de entrar no palco para mais um show, Maria Bethânia continua sentindo um misto de prazer e pavor. É assim há 50 anos, desde quando estreou oficialmente, substituindo a inesquecível Nara Leão no espetáculo Opinião, no Rio, em 1965.

De lá para cá, a cantora fez uma trajetória brilhante ao lado do irmão Caetano Veloso, que aos 4 anos escolheu o nome para a maninha recém-nascida; de Gal Costa e Gilberto Gil.

 Em 2005, no camarim do show Tempo, Tempo, Tempo, Tempo, ganhou beijos de Caetano

Acompanhada por Gilberto Gil no trio elétrico Os Mascarados
No show Doces Bárbaros, em 1976, junto de Gal Costa
Com outros artistas, os baianos criaram a Tropicália, movimento musical que abalou as estruturas em 1967. E formou o grupo Doces Bárbaros, para uma turnê pelo Brasil inteiro, em 1976, e que depois virou disco e filme.


Sozinha, Bethânia também sempre brilhou. É ela quem canta Eu Te Desejo Amor, tema de Estela e Teresa na novela Babilônia, da Globo. Interprete de outros sucessos, como Sonho Meu, Maninha, Terezinha e Esse Cara, ela ainda embalou o romance de outros personagens em folhetins. Cantou, por exemplo, Um Jeito Estúpido de Te Amar, na primeira versão de O Astro (1977), e Fera Ferida, na produção de mesmo nome em 1993.

Maria Bethânia ainda menina entre a mãe, Dona Canô, e Caetano, como o acordeão, e junto de outros familiares 
Desde pequena, em Santo Amaro da Purificação (BA), Bethânia já dizia à mãe, a saudosa Dona Canô, que queria ser artista. Deu muito certo, tanto que ela apaixonou o Brasil ao criar versões memoráveis para canções de Chico Buarque, Noel Rosa, Tom Jobim, Vinicius de Moraes, Roberto Carlos e tantos outros, e se tornou popular sem perder a majestade.
 Encontro carinhoso com Chico Buarque em 1999
 Ao lado de Vinicius de Moraes

"Nunca pensei no dia em que faria 50 anos de carreira. Mas quando vi concretizado, ficou forte. Gostei de ter conseguido, num país de grandes cantoras, acertar com um jeito meu, que me expressa", disse à Folha de S.Paulo.
Homenageada no 26º Prêmio da Música Brasileira, ela também será tema do enredo da Mangueira no próximo Carnaval.Mangueirense desde que chegou ao Rio, em 1965, ela se comoveu. "É uma coisa muito grande para mim!", declarou a rainha à imprensa, bastante emocionada.

 Com a cubana Omara Portuondo (2008)


Por Rose Delfino, com a colaboração de Luiz Henrique Baptista

Publicado na revista TiTiTi
Edição de 19/06/2015 n/n 875
Viva Bethânia
Fotos: AgNews


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