quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Fátima Araújo - Pouco A Comemorar


um conto - uma crônica

Sobre o aniversário da pátria, ontem, os comentários e comemorações foram deveras melancólicos. Isto porque, em tempos de governos sofríveis, ocorre uma espécie de depressão coletiva, o medo de piorar ainda mais a situação, a insegurança que desequilibra e infelicita.

Enquanto isso, lembramos o dia em que o noticiário estampou a presidente Dilma admitindo que o aumento de desemprego e a inflação a preocupam "todo santo dia". Numa declaração feita justamente quando o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que taxa de desemprego no país chegou a 7,5% em julho, a maior para o mês, em seis anos.

Ela afirmou ainda que a inflação  corrói o bolso das pessoas, mas não lembrou que muito mais corrosiva é essa onda de enganos, mentiras, como a esperteza de querer fazer a população pagar a conta da corrupção.

Como seja, o massacre desse povo já tão "capado e recapado, sangrado e ressangrado", no dizer do historiador cearense Capistrano de Abreu. Na forma como todos nós nos sentimos agora, diante dos possíveis aumentos de impostos para compor o caixa do governo e do desrespeito aos mais sagrados direitos e garantias da população brasileira.

O fato é que a crise deveria reforçar a necessidade de buscar alternativas para fazer render o dinheiro da população, não a caixa dos poderosos! A crise deveria gerar a urgência em apurar as denúncias que apontam os descaminhos a que chegou a nação, diante de tantas falcatruas!

Força, Brasil, que Deus proteja este teu solo amado!!!

Fátima Araújo
Jornalista

Publicado no jornal Correio da Paraíba
Edição de 08 de setembro de 2015
Acalanto
Paraíba Caderno 2

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