segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Marcos Palmeira

A arte no DNA familiar

Marcos Palmeira

Marcos Palmeira completa 40 anos de carreira e se surpreende com o tempo de estrada, mesmo vindo de um clã de muios artistas.Abraçou o amor pela arte seguindo a família e, agora, ataca de empresário.
Marcos Palmeira 

Cercado por talentos

Filho do cineasta Zelito Viana e da produtora Vera de Paula, Marcos Palmeira também é sobrinho de um dos maiores nomes do humor brasileiro, Chico Anysio. Assim, ele cresceu respirando a arte da dramaturgia. Foi vivendo nos bastidores de produções cinematográficas que Palmeira fez sua primeira participação na telona, no longa Copacabana Me Engana, em 1968, com apenas cinco anos. Daí para a TV Educativa do Rio de Janeiro. "Minha irmã (Betse de Paula) produzia e eu era sempre o protagonista. Fazíamos tudo isso com meus primos mais velhos, o Nizo Neto e o Lug de Paula", contou o ator, que encontrou certa resistência em casa. "Meu tio (Chico Anysio) me dizia que via o dom nas peças que eu fazia, e falava com a minha mãe: 'tem que explorar o Marquinho', mas ela discordava e dizia: 'ele tem é que estudar', diverte-se.

Trajetória

Papeis marcantes

Mandala ( 1987)
Como Cleonte, na novela Mandala
A trajetória na TV, marcada por muitas novelas, minisséries e outros programas, começou para valer em 1987, em Mandala. Na primeira fase da trama, ele viveu o jovem Creonte, irmão de Jocasta (Giulia Gam/Vera Fischer), personagem interpretado mais tarde por Gracindo Jr).

Vale Tudo (1988)



Como o jornalista Mário Sérgio, na novela Vale Tudo, ao lado de Otávio Muller

Pantanal ( 1990)


Como Tadeu na novela Pantanal
Seu primeiro papel de destaque foi em Pantanal, na extinta Manchete. Na trama ele era o peão Tadeu, filho desprezado de José Leôncio (Claudio Marzo), do relacionamento com a empregada Filó (Jussara Freire).


Renascer ( 1993)
 Como João Pedro, na novela Renascer com Adriana Esteves  
Em 1993, voltou para a Globo e encarou mais uma vez um filho rejeitado, João Pedro, em Renascer, de Benedito Ruy Barbosa. Quarto herdeiro de José Inocêncio (Antônio Fagundes), o pai o culpava pela morte da mãe, Maria Santa (Patrícia França), que não resistiu ao parto do menino.

Sou um ator palpiteiro

Irmãos Coragem (1995)


Como o valente garimpeiro João Coragem, na segunda versão de Irmãos Coragem.
Em 1995, Marcos Palmeira foi um dos protagonistas do remake de Irmãos Coragem, vivendo o papel que foi de Tarcísio Meira na primeira versão da história de Janete Clair. Na trama, sua personagem, João Coragem, era ambicioso, porém, ingênuo, e comprou briga com o todo poderoso Pedro Barros (Claudio Marzo). Além de contrariar o vilão nos negócios, ainda se apaixonou pela filha dele, Lara (Letícia Sabatella). "Sou um ator palpiteiro, gosto de me meter no trabalho do diretor. Já tive, inclusive, a experiência de dirigir duas cenas na novela Irmãos Coragem", disse certa vez, em entrevista.

Versatilidade

Salsa e Merengues (1996)


Como Valentim na novela Salsa e Merengues 
Na novela Salsa e Merengues, Marquinho deu cara ao irresistível conquistador Valentim, que vivia pulando de 'galho em galho', até conhecer Madalena (Patrícia França).

Torre de Babel ( 1998)


Como Alexandre Leme Toledo, na novela Torre de Babel
Em 1998, interpretou o advogado Alexandre Leme Toledo, que se envolveu com a Sandrinha (Adriana Esteves), a grande vilã de Torre de Babel.

Porto dos Milagres ( 2001)
Como Gumercindo Vieira, na novela Porto dos Milagres 

Em 20001, o astro retornou como protagonista do horário nobre como o pescador Gumercindo Vieira (Guma) em Porto dos Milagres.

Peão e violeiro

Esperança (2002)



 Como Zequinha, na novela Esperança, ao lado de Giselle Itié


Em 2002, ele voltou a atuar em uma novela de Benedito Ruy Barbosa, Esperança. Seu papel, o do peão e violeiro Zequinha, entrou no meio da trama. 

Celebridade (2003) 


Como Fernando Amorim, na novela Celebridade, ao lado de Malu Mader
No ano seguinte, Palmeira fez Celebridade, como o cineasta Fernando Amorim. Marido de Beatriz (Deborah Evelyn), pai de Inácio (Bruno Gagliasso) e Fábrio (Bruno Ferrari), e genro do empresário Lineu Vasconcelos (Hugo Carvana).Depois da morte de Fábio (Bruno Ferrari), ele viu Inácio Bruno Gagliasso) ficar cada vez mais problemático e, por isso, não conseguiu se separar da esposa para viver seu grande amor por Maria Clara (Malu Mader).

Entre surfistas e detetives

Belíssima (2006)

Como o delegado Gilberto, na novela Belíssima com Reynaldo Gianecchini e Cláudia Abreu

Em 2006 , após dois anos afastado das novelas, ele participou de Belíssima, como o delegado Gilberto.

Saramandaia (2013)

Como Cazuza, na novela  Saramandaia
Em 2013, interpretou o Seu Cazuza, no remake de Saramandaia, homem que, literalmente, vive colocando o coração pela boca, e ainda o guarda-costas Augustão, em O Canto da Sereia.


O Canto da Sereia (2013)


Como Augustão, na minissérie O Canto da Sereia com Isis Valverde


O Rebu ( 2014)

Como o detetive Pedrosa na novela O Rebu

No ano seguinte viveu o corajoso detetive Pedrosa, na segunda versão de O Rebu.

Babilônia (2015)

Como o prefeito Aderbal Pimenta , na novela Babilônia ao lado de Arlete Salles

Em 2015, Palmeira aceitou o desafio de viver o corrupto prefeito da cidade de Jatobá, na novela Babilônia.


Amargurado pelo amor

Velho Chico (2016)

Como Cícero, na novela Velho Chico
E assim que acabou de gravar a trama, Marcos Palmeira já aceitou mais um papel em uma obra de Benedito Ruy Barbosa. "Sempre gostei de fazer TV, tanto que, quando acabou Babilônia, o Luiz (Fernando Carvalho, diretor) me ligou para falar de Velho Chico e eu respondi que 'sim' na mesma hora. Nem quis saber que papel era, aceitei de olhos fechados",contou. Ele entrou na terceira fase da trama, como o 'jagunço' Cícero, que  se mantém fiel ao grande amor que sente desde pequeno pela bela 'Terê', como a chamava na infância. "Ele é amargurado pelo amor que sente por Maria Tereza (Camila Pitanga). Uma paixão platônica, que o corrói por dentro e que, ao mesmo tempo, o deixa obstinado para ser correspondido de qualquer jeito", define.Interpretação intocável de Cícero, em Velho Chico.

2017 - Os Dias Eram Assim
Como Tom na novela Os Dias Eram Assim

Ele até tentou seguir outro rumo profissional mas, cercado por artistas na família, não teve como escapar e nem quis! Agora, ele completa quatro décadas de carreira e está no ar como o boa praça Tom, em Os Dias Eram Assim. 

Você sabia?


Aos 16 anos Marcos Palmeira viveu 2 meses em uma aldeia indígena e foi batizado como Tsiwari (filho Valente).

"Meu tio, Chico Anysio, sempre me convidava. Minha mãe é que não deixava e eu achei bom!Pude ter uma infância de garoto desconhecido, jogando bola na rua", disse ao jornal O Globo, sobre o início da carreira, que poderia ter acontecido anos antes.

Na telinha

1987 - Mandala
Creonte
1988 - Vale Tudo
Mario Sergio
1990 - Pantanal
Tadeu
1993 - Renascer
João Pedro
1995 - Irmãos Coragem
João Coragem
1996 - Salsa e Merengues
Valentim
1998 - Torre de Babel
Alexandre Leme Toledo
2001 - Porto dos Milagres
Gumercindo Vieira (Guma)
2002 - Esperança
Zequinha
2003 - Celebridade
Fernando Amorim
2006 - Belíssima
Delegado Gilberto
2013 - Saramandaia
Cazuza
2013 - O Canto da Sereira
Augustão
2014 - O Rebu
Delegado Nuno Pedroso
2015 - Babilônia
Aderbal Pimenta
2016 - Velho Chico
Cícero
2017 -  Os Dias Eram Assim
Tom


Origens

A primeira experiência mais séria de Marcos na televisão foi aos 12 anos, no especial O Menino Atrasado (1975), da TV Educativa do Rio. Mas seu destino já fora selado desde os 5 anos, quando, em 1968, fez uma participação no filme Copacabana me Engana, de Antônio Carlos da Fontoura. Na verdade, ele cresceu em meio aos bastidores de produções cinematográficas. Viu o Cinema Novo acontecer dentro de sua casa, um apartamento em Copacabana que, volta e meia, servia de cenário para filmes. Não foi diferente quando a família se mudou para o bairro do Cosme Velho e a nova casa passou a funcionar como produtora.

Personagens

A trajetória na TV, marcada por muitas novelas e minisséries, foi acompanhada por uma significativa carreira no cinema, além de incursões pelo teatro. O primeiro papel de destaque foi em Mandala, de 1987, na qual interpretou Creonte, na primeira fase da trama. Em seguida, foi o jornalista Mário Sérgio, em Vale Tudo (1989) e depois Solon, na minissérie Desejo (1990). Após passagem pela extinta TV Manchete, em Pantanal (1990), voltou à TV Globo. No canal a cabo HBO, ele estrelou a série de grande sucesso Mandrake.

Nas telonas, Marcos trabalhou em mais de 30 filmes, sendo duas vezes premiado no festival de Gramado pelas atuações em Dedé Mamata(1988) e Barrela: Escola de Crimes, de (1990).


Dizem que filho de peixe, peixinho é. Parece que Marcos Palmeira seguiu à risca esse ditado. Mas, nascido em uma família de artistas, ele não tem somente os pais para se espelhar. Além de ser filho do cineasta Zelito Viana, o ator é sobrinho do humorista Chico Anysio (1932-2012), sobrinho de Lupe Gigliotti (1927-2010), irmão de Betse de Paula e primo de vários outros atores. Assim, foi ao lado do tio humorista que Marcos apareceu pela primeira vez na TV, contracenando com o personagem Painho.

Novelas de sucesso
1 - Renascer (1993)
2 - Irmãos Coragem (1995)
3 - Salsa e Merengue (1996)
4 - Torre de Babel (1998)

Orgânico

Se não fosse ator, Marcos já disse que certamente seria engenheiro agrônomo, já que é um agricultor orgânico certificado e investe, agora, no comércio no Rio, com o Armazém Vale das Palmeiras. Localizado no Leblon, o local é um misto de empório orgânico com lanchonete que serve sucos, salgados e sanduíches, tudo com ingredientes cultivados sem adubos químicos e agrotóxicos. Parte do que é vendido na loja vem de sua fazenda em Teresópolis (RJ), onde Marcos cultiva cerca de 30 itens orgânicos, entre hortaliças e frutas.

Por Núcia Ferreira

Publicado na revista TV Novelas
Personagens inesquecíveis
18/09/2013
Edição 389 

Texto:Flavia Serra
TV Brasil n/n 851/909
Trajetória
Fotos: Globo/Divulgação
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