A dinâmica da vida impõe mudanças e coisas que outrora eram modernas se transformaram em ultrapassadas ao ponto de caminharem para o desaparecimento.
Quantas profissões já foram tão importantes e hoje sumiram no curso da nossa caminhada. Telefone era coisa rara. Cidades do interior tinham uma central telefônica e os moradores mais abastados possuíam ramais, com os quais se comunicavam, mas necessitavam da intervenção da central, do operador telefônico para realizar chamadas internas e externas. O morador que tinha ramal para o operador realizar a chamada, pagando ali o preço do serviço. Hoje, não há centrais telefônicos e operador telefônico. O cidadão com seu celular se interliga com o mundo.
Outra profissão caminham também para o desuso. O livreiro é uma delas. Tão significativa foi sua missão no evoluir da sociedade, pois num tempo distante, de forma itinerante, possibilitou que muitas pessoas comprassem livros viabilizando o conhecimento de tanta gente. Mas recentemente as livrarias se estabeleceram em quase todos os lugares e o livreiro itinerante foram se tornando raridade. Com a internet e os livros digitais, as livrarias e os livreiros passaram a sofrer um abalo enorme.
O Globo noticiou a despedida do livreiro Chico, que há 40 anos vendia livros em Ipanema. Aqui em João Pessoa, tivemos a despedida do Assis, que por mais de 20 anos vendia obras jurídicas e literárias no Fórum da Capital. Já escolas falam em usar exclusivamente livros digitais. Obras digitais jamais serão como as de papel, pois estas não eliminam o amigo livreiro. No futuro teremos apenas livros digitais?Acho que não. O Exemplo é o disco vinil que continua vencendo fitas-cassetes, DCs, pen-drive e mídias digitais que se baixamos via internet.
Onaldo Queiroga - Advogado e Juiz
Publicada no jornal Correio da Paraíba
Edição de 12 de outubro de 2017
Opinião A6
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