quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

Onaldo Queiroga - Tudo Passa

Às vezes acreditamos que somos eternos. Ledo engano, o tempo é muito rápido e engole tudo sem protocolo e sem dó, por isso, tudo passa.

Ontem fomos crianças, brincávamos no meio da poeira da inocência. Soltávamos pipa e com bolas de gude,nos entregávamos aos buracos do chão batido. Corríamos pelos campos de pelada, sonhando ser um dia jogador de futebol. Mas logo a voz mudou, o rosto ganhou barba e na transição da jovialidade para adulto, acreditávamos ser donos do mundo, que o tempo não andava, que podíamos fazer tudo que éramos imune a qualquer coisa.

Mas tudo se vai. Da adolescência vem lembranças dos flertes, paqueras e namoro. Flertes? O que é isso? Indagam os jovens de hoje. Tudo muda, se transforma e a adolescência ficou em alguma estação já vivida. A responsabilidade nos foi apresentada e com ela a dura realidade de caminhar pela vida. Construímos família, algo importante, pois essa minúscula célula da sociedade é a base maior para o enfrentamento dos desafios a serem vencidos na vida.

Os anos passam. Ontem tivemos que aprender uma tal de datilografia, hoje quase ninguém sabe o que vem a ser isso. Graças a ela digito divinamente. A máquina datilográfica hoje é peça de museu, foi substituída pelo computador. Já o telefone consegue agregar em si a magia do click da antiga Kodac, dos múltiplos apps, que nos possibilitam verificar a programação de TV, a meteorologia, jogos dos mais diversos, calculadora, compra de alimentos e tudo que se imaginar, inclusive escrevermos textos nele. O telefone permite-nos a comunicação com a visualização em tempo real. Eu aqui e você em qualquer canto do mundo. Incrível como tudo passa, por isso, guardo a esperança de que também passe a maldade que viver em muitos corações. Viva o amor!

Onado Queiroga, Juiz

Publicada no jornal Correio da Paraíba
Edição de 13 de janeiro de 2018
Opinião


  

Nenhum comentário:

Postar um comentário