quarta-feira, 13 de junho de 2018

O Que É Arritmia? Tem Cura?



Qualquer alteração no ritmo cardíaco normal é chamada de arritmia. A condição ocorre quando os impulsos elétricos do coração não funcionam da maneira correta, provocando batimentos acelerados (taquicardia), lentos (bradicardia) ou até mesmo irregulares.

Para ser considerada normal, a frequência cardíaca deve girar em torno de 60 a 100 batimentos por minuto.

Comumente, as arritmias não geram sintomas, sendo consideradas benignas e inofensivas à saúde. Porém, os casos mais graves provocam sensações, como desmaio e dor no peito, além de risco de morte. Nessas situações o tratamento pode incluir medicamentos antiarrítmicos, procedimentos médicos e até mesmo cirurgia.

tmias, especialmente a fibrilação atrial, podem ser tratadas por meio do uso de medicamentos que diluem o sangue (anticoagulantes), a fim de diminuir o risco da formação de coágulos sanguíneos e acidentes vasculares cerebrais. Entre eles estão:

Coumadin;

Aspirina;

Eliquis;

Pradaxa;

Xarelto.

É possível haver efeitos colaterais, que inclusive podem piorar um quadro de arritmia ou desenvolver uma nova alteração. Por esse motivo, é de extrema importância que seja feito um acompanhamento médico durante todo o tratamento.
Atenção!

NUNCA se automedique ou interrompa o uso de um medicamento sem antes consultar um médico. Somente ele poderá dizer qual medicamento, dosagem e duração do tratamento é o mais indicado para o seu caso em específico. As informações contidas neste site têm apenas a intenção de informar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um especialista ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Siga sempre as instruções da bula e, se os sintomas persistirem, procure orientação médica ou farmacêutica.

Procedimentos médicos

Ablação por cateter

A ablação é utilizada para eliminar áreas doentes do miocárdio, por meio da inserção de cateteres que são enviados até o coração. Pode ser realizada com energias de crioablação (frio) ou radiofrequência (calor), que destroem as pequenas porções danificadas do tecido cardíaco, responsáveis por quadros de arritmia.

Essa técnica minimamente invasiva possui alta taxa de eficácia. Antes de ser realizada, é possível que o médico solicite um ecocardiograma transesofágico, com o objetivo de excluir a possibilidade da existência de um coágulo de sangue nos átrios.

Cardioversão elétrica

Se os medicamentos não surtirem efeito para controlar um ritmo cardíaco irregular persistente, é possível que o médico realize uma cardioversão. O procedimento consiste na aplicação de um choque no tórax do paciente sedado, capaz de afetar os impulsos elétricos e restaurar o ritmo normal do coração.

Dispositivos implantáveis

Marcapasso cardíaco

Os pequenos dispositivos colocados em procedimento cirúrgico sob a pele do tórax ou abdômen do paciente são chamados de marcapassos. Esses aparelhos ajudam a controlar os ritmos cardíacos anormais, pois possuem sensores capazes de detectar a atividade elétrica do coração. Assim que notam um ritmo anormal, enviam impulsos elétricos para induzir batimentos normais.

Cardioversor desfibrilador implantável (CDI)

Nas arritmias mais graves (com risco de morte), como a fibrilação e taquicardia ventricular, pode ser solicitada a implantação do CDI, um dispositivo semelhante ao marcapasso capaz de monitorar os batimentos cardíacos continuamente e, se necessário, enviar choques elétricos ao coração, que corrigem a pulsação de maneira instantânea.

Cirurgia

A cirurgia será recomendada somente em casos extremos, quando não houve melhora por meio do tratamento clínico. Ela também pode ser utilizada em situações em que o paciente já estiver realizando-a para corrigir outros problemas.

Comumente, dá-se preferência para métodos minimamente invasivos, com tempo de recuperação menor. Os mais utilizados são:

Procedimento do labirinto: são realizadas incisões no tecido cardíaco, a fim de interromper a propagação de impulsos elétricos desorganizados. Esta cirurgia costuma ser indicada em casos de fibrilação atrial.

Cirurgia de bypass coronariano: indicada em pacientes que também possuem doença arterial coronária grave, com o objetivo de melhorar o fluxo sanguíneo para o músculo cardíaco.

Tratamento caseiro

Algumas medidas podem ser adotadas em casa pelo próprio paciente, a fim de evitar quadros de arritmia. São elas:

Parar de fazer atividades ao perceber que elas desencadeiam uma arritmia com mais frequência;

Parar de fumar;

Limitar o uso de álcool, não excedendo uma dose por dia;

Limitar ou parar de usar cafeína;

Não utilizar remédios contra tosse e resfriado que contenham estimulantes verifique sempre com o médico ou farmacêutico;

Monitorar os batimentos cardíacos, medindo o pulso.

Manobras vagais

Em alguns tipos de arritmia, é possível também que o paciente realize as chamadas “manobras vagais”. Esse tipo de tratamento pode ser utilizado para diminuir os batimentos acelerados (taquicardia).

Por meio de exercícios que irão afetar os nervos vagos (estruturas que ajudam a regular os batimentos cardíacos), os impulsos elétricos são desacelerados, fazendo com que a frequência cardíaca volte ao normal em poucos minutos.

As manobras podem incluir ações que vão desde tossir a colocar uma bolsa de gelo no rosto. É importante que antes de iniciar quaisquer medidas como essas, o paciente converse com o médico responsável pelo tratamento.

Convivendo

Algumas medidas podem favorecer o tratamento de arritmias e facilitar o convívio do paciente com a doença. Os cuidados incluem:

Dicas para o uso de medicamentos

Crie uma rotina para tomar os medicamentos, respeitando sempre a prescrição médica;

A maioria dos medicamentos cardíacos deve ser tomada a longo prazo, mesmo que haja melhora nos sintomas. Portanto, jamais deixe de tomar um medicamento sem consentimento médico.

É possível sentir efeitos colaterais que incluem tontura. Nestes casos, sente-se ou deite-se por alguns minutos. Em seguida, levante lentamente. Se os sintomas persistirem, avise seu médico.

Não modifique a medicação a fim de economizar. Converse sempre com o profissional de saúde antes de tomar qualquer medida.

Informe o médico se estiver tomando ou planeja tomar um novo medicamento, incluindo ervas e vitaminas algumas substâncias podem interferir no tratamento.

Antecipe-se com as prescrições, a fim de evitar que a medicação acabe e você não tenha uma nova receita em mãos.

Cuidados com os dispositivos implantáveis

Nos tratamentos em que o paciente utiliza dispositivos implantáveis, como o marcapasso, o paciente deve estar atento para alguns eventos que podem interferir em seu funcionamento:

Desfibriladores externos portáteis podem provocar disfunção temporária, permanente ou interrupção da estimulação;

A exposição à doses cumulativas de radiação pode prejudicar a bateria ou modificar a função principal do aparelho;

Pode haver interferência no marcapasso quando o telefone celular é colocado diretamente sobre o gerador.

Como monitorar o pulso?

Siga o passo a passo para identificar os batimentos cardíacos de maneira correta:

Coloque os dedos indicador e médio no pulso, logo abaixo da linha do polegar. Deixe a mão do braço que está sendo utilizado para medir virada para cima.

Sinta o pulso e, em seguida, conte o número de batidas durante 1 minuto cheio.

Anote o valor, juntamente com o dia, hora e sintomas que sentiu no momento da medição.

Perguntas frequentes

Palpitação sempre é sinal de arritmia?

Embora seja o sintoma mais comum, a palpitação não garante o diagnóstico de arritmia. Muitas vezes a sensação de coração falhando ou de ritmo cardíaco alterado, relatado pelo paciente, é apenas sinal de ansiedade.

Arritmia cardíaca pode matar?

Em casos graves, a arritmia pode sim resultar na morte do paciente. O risco ocorre porque a alteração na frequência cardíaca pode fazer com que o coração não seja capaz de bombear sangue suficiente para o corpo.

Quem tem arritmia pode fazer exercícios físicos?

A prática regular de atividades físicas de baixa intensidade pode trazer benefícios para um coração com problemas. Portanto, é comum que pacientes com arritmia façam exercícios, embora seja indispensável a recomendação e orientação de um cardiologista antes de iniciar qualquer atividade.

Esforço físico durante o sexo pode provocar arritmia?

Assim como os exercícios de intensidade leve ou moderada, o ato sexual não é capaz de provocar uma arritmia. Porém, é possível que ele agrave casos em que a doença não foi tratada de maneira adequada.

Pessoas que sofrem de ansiedade têm mais chances de ter arritmia?

Pessoas ansiosas ou portadoras de outros tipos de transtorno costumam relatar palpitações, que geralmente não passam de sensações desencadeadas pelo quadro psicológico, sem apresentar qualquer relação com arritmia.

Complicações

Em poucos casos a arritmia será considerada preocupante. Contudo, especialmente nos quadros mais graves, como as fibrilações, existe o risco da alteração provocar um dano maior. Entenda:

Acidente vascular cerebral (AVC)

Quadros de arritmia podem provocar coágulos sanguíneos que, ao se romperem, podem chegar ao cérebro e bloquear o fluxo sanguíneo, privando-o do recebimento de oxigênio. O AVC pode provocar danos irreversíveis nos pacientes, já que células mortas do cérebro não podem ser substituídas.

Insuficiência cardíaca

Especialmente nos casos de fibrilação atrial, o bombeamento ineficaz do coração por um longo período pode causar insuficiência cardíaca. Essa condição prejudica o bom funcionamento do organismo, interferindo na qualidade de vida do paciente.

Ataque cardíaco

O ataque cardíaco ou infarto do miocárdio se trata da morte do tecido do músculo cardíaco, provocado pela falta de circulação sanguínea, sem resultar necessariamente na morte do paciente.

Morte súbita

Instantânea e repentina, a morte súbita ocorre devido ao comprometimento da função cardíaca do paciente. Na grande maioria dos casos, acontece fora do ambiente hospitalar, em pessoas que possuem problemas no coração ou já sofreram paradas cardíacas.

Se houver atendimento adequado, a morte súbita pode ser revertida. Isso é possível por meio da aplicação de um choque elétrico no peito do paciente (desfibrilação). Porém, essa ressuscitação deve ocorrer rapidamente, já que o cérebro começa a sofrer danos a partir de 3 minutos.

Prevenção

As medidas preventivas contra a arritmia são as mesmas utilizadas para evitar o surgimento de problemas cardíacos. É importante também controlar os fatores de risco e realizar o check-up regular com um médico cardiologista. As dicas incluem:



Manter uma alimentação equilibrada, com baixa ingestão de sal e gorduras;

Não ingerir ou exceder o consumo de álcool e cafeína;

Praticar atividades físicas regularmente;

Não fumar;

Controlar a pressão arterial;

Controlar os níveis de colesterol;

Evitar o sobrepeso.

As arritmias na maioria das vezes não são sinal de preocupação. Porém, casos graves podem provocar a morte súbita do paciente. Compartilhe as informações desse texto para que todos possam conhecer a condição que atinge milhares de brasileiros todos os anos!

Santos Barros Beja
12 de junho de 2018 07:40














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