segunda-feira, 14 de março de 2022

Síndrome de burnout


A Síndrome de Burnout, também conhecida como Síndrome do Esgotamento Profissional, é uma doença mental que surge após o indivíduo passar por situações de trabalho desgastantes, ou seja, que requerem muita responsabilidade ou até mesmo excesso de competitividade.

A síndrome de burnout é um distúrbio psíquico causado pela exaustão extrema, sempre relacionada ao trabalho de um indivíduo. Essa condição também é chamada de “síndrome do esgotamento profissional” e afeta quase todas as facetas da vida de um indivíduo.

O que é síndrome de burnout?

A síndrome de burnout é um distúrbio psíquico causado pela exaustão extrema, sempre relacionada ao trabalho de um indivíduo. Essa condição também é chamada de “síndrome do esgotamento profissional” e afeta quase todas as facetas da vida de um indivíduo.

Ela é o resultado direto do acúmulo excessivo de estresse, de tensão emocional e de trabalho e é bastante comum em profissionais que trabalham sob pressão constante, como médicos, publicitários e professores.

Toda essa pressão, ansiedade e nervosismo resultam em uma depressão profunda, que precisa de acompanhamento médico constante.

A tendência é que a síndrome de burnout se torne cada vez mais comum, sendo que seu diagnóstico é realizado por meio de uma consulta médica com um psicólogo ou um psiquiatra.

Quais os sintomas da síndrome de burnout?

Os sintomas da síndrome de burnout podem ser físicos ou psicológicos, sendo que a pessoa pode apresentar:

– Cansaço mental e físico excessivos;

– Insônia;

– Dificuldade de concentração;

– Perda de apetite;

– Irritabilidade e agressividade;

– Lapsos de memória;

– Baixa autoestima;

– Desânimo e apatia;

– Dores de cabeça e no corpo;

– Negatividade constante;

– Sentimentos de derrota, de fracasso e de insegurança;

– Isolamento social;

– Pressão alta e

– Tristeza excessiva.

Como é o tratamento da síndrome de burnout?

O tratamento da síndrome de burnout pode ser feito por meio de medicamentos para tratar de seus sintomas.

No geral, o burnout requer que o indivíduo faça terapia e acompanhamentos com um médico de forma constante.

A Rede D’Or São Luiz conta com mais de 87 mil médicos em seu quadro de funcionários, que estão capacitados para oferecer tratamento médico de excelência e qualidade.

Os hospitais, ambulatórios, clínicas médicas e consultórios da Rede D’Or São Luiz estão presentes nos estados de Rio de Janeiro, São Paulo, Distrito Federal, Bahia, Maranhão, Pernambuco e Sergipe.

Comportamento

Burnout é reconhecido como doença e casos aumentam em todo o mundo

A comunidade científica internacional classifica, finalmente, a Síndrome de Burnout como enfermidade. 

Comprova também que a sua origem é o estresse advindo de qualquer atividade profissional e diz que ela só pode ser tratada por especialistas


“Não conseguia nem mesmo levantar da cama” Amélia Cristina Marques, bancária (Crédito: Gabriel Reis)
Fernando Lavieri14/01/22 - 09h30

Igualmente a outras áreas do conhecimento, também na medicina a realidade e o dia a dia enriquecem a teoria. 

Nos últimos anos foram tantos os casos de Sindrome de Burnout  em todo o mundo, que a OMS oficializou-a como uma enfermidade crônica a ponto de incluí-la na mais recente versão do Código Internacional de Doenças (CID 11). Burnout consta agora da bíblia da saúde, a pessoa por ela acometida tem de ser tratada por especialistas e respeitada pela sociedade em geral – em particular, nos meios profissionais.   

Por que? A resposta está em sua origem: a Síndrome de Burnout, que também pode ser chamada de Síndrome do Esgotamento, está intrinsecamente associada à rotina de trabalho. 

Ela se faz sinalizar pelo sentimento de grande estresse físico e mental, queda brusca na qualidade do serviço executado e, mais importante, pelo fenômeno psiquiátrico da despersonalização — quando o indivíduo cumpre as suas tarefas de forma robotizada e demonstra embotamento afetivo em relação ao grupo no qual vive.

“O trabalhador com Burnout gasta todo o seu estoque de energia biopsíquica e depois fica exaurido”, diz Fábio Scaramboni Cantinelli, chefe de Psiquiatria do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo. 

“O paciente demora muito para restituir a energia que despendeu”.


Explicação :O psiquiatra Fábio Cantinelli detalha: o trabalhador perde as energias para executar as tarefas (Crédito:Gabriel Reis)

Foi em 1974 que o psicólogo alemão Herbert J. Freudenberger deu a mais perfeita definição desse mal, valendo-se da metáfora de um palito de fósforo: uma vez aceso, ele ostenta uma vigorosa chama, mas, após alguns segundos, vai paulatinamente perdendo-a.

Chega o momento em que o palito apaga. 

A bancária paulista Amélia Cristina Marques, 46 anos, sentiu-se exatamente assim.

Ela está sob cuidados médicos há quatro anos. 

“Não conseguia nem mesmo levantar da cama”, diz a bancária

 Há vinte e oito anos na função, Amélia se olhava no espelho e se negava admitir-se doente e que precisava de ajuda especializada.

“Hoje faço psicoterapia e tomo medicamentos que me são receitados”. 

A instituição financeira, da qual está licenciada, compreendeu que se trata de doença e a amparou

Mas, em um País no qual até a depressão ainda é vista como “fazer corpo mole” diante do trabalho, Amélia foi hostilizada por alguns colegas desinformados:

“Alguns deles não acreditavam que eu estava doente. 

Por isso me desrespeitaram”.

Esse é um dos motivos que levou a paulista Maria (sobrenome preservado a seu pedido) a desenvolver a síndrome quando colocou toda a sua energia no trabalho, deixando em planos secundários sua vida pessoal e emocional.

Pode-se mesurar o alcance da doença pelo índice colhido junto ao INSS: quintuplicou o número de solicitações de auxílio doença, motivados por Burnout, entre março e abril de 2020. O número de pedidos chegou a quinhentos mil. O estresse da pandemia e o decorrente medo da morte é claro que tiverem papel importante nesse astronômico aumento de requisições.
Em um país como o Brasil em que a depressão ainda é vista por muita gente como sinônimo de fazer “corpo mole”, é importante a catalogação de Burnout como doença

Apesar de a Síndrome do Esgotamento estar fortemente relacionada com o mundo do trabalho, não é raro ver pessoas envolvidas em outras atividades também desenvolverem a enfermidade – mas seu pano de fundo, digamos assim, é sempre o profundo estresse. 

Douglas Pinheiro é padre e, pouco depois de um ano de seu ordenamento, passou a sentir os sintomas da síndrome, estreitamente similares aos do transtorno da ansiedade generalizada.

“Sentia muito sono, tinha crises de choro, palpitações, falta de ar e inquietação constante”, diz o padre

Ele atua em seu sacerdócio na cidade paulista de Jandira, e na época em que começou a sofrer de burnout cuidava de nove igrejas ao mesmo tempo, além de se dedicar ao magistério universitário.

“Passei por tratamento psicológico e agora estou melhor”, diz Pinheiro.

Por se tratar de um religioso, aparentemente o processo foi mais doloroso.

Ele explica diz que não compreendia como o trabalho para o qual tanto se preparou estava lhe fazendo mal: “executava, cada vez, mais e mais, tarefas”.

Atualmente, o padre conseguiu estabelecer uma rotina mais harmoniosa de trabalho.

Dedica-se a seis paróquias.

https://vocesa.abril.com.br/

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