Vasculite
Outros nomes: Angiite
Principais resultados
Imagens
Inflamação dos vasos sanguíneos que causa mudanças nas paredes dos vasos sanguíneos.
A vasculite pode engrossar e estreitar as paredes dos vasos, reduzindo o fornecimento de sangue vital para tecidos e órgãos.
Os sintomas incluem
febre,
fadiga,
perda de peso e
dores musculares e articulares.
Algumas formas de vasculite melhoram por conta própria. Outras requerem medicamentos.
O tratamento pode ajudar, mas essa doença não tem cura
Requer um diagnóstico médico
Sempre requer exames laboratoriais ou de imagem
Fontes: Hospital Israelita A. Einstein e outros.
Vasculite: entenda a doença
Milena Vogado
10 ago2022- 15h17
A pessoa fica
sem ver,
ouvir e
andar por causa de uma doença autoimune.
Trata-se de uma forma rara da vasculite, doença inflamatória que acomete os vasos sanguíneos, principalmente as artérias do corpo.
A vasculite pode atingir vários órgãos, inclusive o cérebro, articulações, coração e músculos. Cada órgão acometido pela doença vai gerar uma manifestação diferente no paciente, como explica o Dr. Wanderley Cerqueira de Lima, neurocirurgião do Hospital Israelita Albert Einstein.
Os principais sintomas da vasculite são:
Febre;
Fraqueza e sensação de cansaço;
Mal-estar;
Perda de apetite;
Sudorese.
Já a causa da vasculite é desconhecida. "Alguns tipos estão relacionados com a composição genética de uma pessoa. Outros, resultam do sistema imunológico que ataca as células dos vasos sanguíneos saudáveis, como uma doença autoimune. Outros casos, são derivados de uma reação alérgica a algum tipo de medicamento", esclarece o neurocirurgião.
Existem alguns fatores de risco que aumentam as chances de surgir alguma vasculite. O médico destaca: causa genética ou hereditária, doenças do sistema imunológico, estilo de vida desregrado, infecções, idade (maior risco em menos de 5 e maiores de 50 anos) e complicação por medicações.
Tipos de vasculite
Conforme o especialista, há duas classificações principais da doença:
a primária, que atinge pacientes saudáveis, sem histórico de doenças, e
a secundária, que acomete pessoas diagnosticadas previamente com alguma enfermidade, como lúpus.
Além dessa divisão, existem diversos tipos de vasculite. Portanto, o Dr. Wanderley reforça que ela pode acontecer em diferentes regiões do corpo e por diferentes causas, e por isso há variações da condição.
"Existem vasculites que levam à necrose ou à inflamação dos vasos (chamada de arterite de células gigantes). Existem também as que atingem o sistema nervoso e a pele, e as causadas por drogas, infecções e tumores, além de outras manifestações do tecido conjuntivo", enfatiza.
Diagnóstico
Exames como a
tomografia,
ressonância magnética e
angioressonância
são eficazes no diagnóstico da vasculite. No entanto, o exame mais importante é a arteriografia cerebral, ou arteriografia de outro órgão possivelmente acometido pela doença. "São os exames que vão nos ajudar a dar um diagnóstico cuidadoso", afirma o médico.
Tratamento
Por causas infecciosas ou não, a vasculite é comumente tratada com corticóides. "Também podem ser usados agentes que nós chamamos citotóxicos. Entre eles a ciclofosfamida ou por via oral, ou por via venosa", comenta o Dr. Wanderley.
Em muitos casos, dependendo do órgão acometido ou da gravidade, o recomendado realizar um procedimento chamado plasmaferese. Trata-se de uma limpeza dos antígenos e anticorpos do órgão, que são retirados e depois introduzidos novamente no plasma do paciente, como explica o especialista.
"O diagnóstico da vasculite tem que ser preciso e precoce, para uma pronta adoção de terapias que garantem um aumento da taxa de sobrevida e da qualidade de vida do paciente. E também para não levar a uma manifestação fatal", destaca.
Vasculite tem cura?
A vasculite não tem cura, como aponta o neurocirurgião Dr. Wanderley. Por isso, de acordo com a medicina, os sinais da infecção podem voltar a qualquer momento, tornando necessário retomar o tratamento.
Vasculite é uma inflamação da parede dos vasos sanguíneos de órgãos como rins, articulações, sistema nervoso central e vias respiratórias.
Vasculite é o nome que se dá a um grupo de inúmeras doenças diferentes que têm, em comum, a inflamação da parede dos vasos sanguíneos, sejam artérias ou veias de pequeno, médio ou grande calibre. Como consequência do processo inflamatório, as paredes se tornam mais grossas e atraem células do sistema de defesa do organismo que se acumulam no interior do vaso. Essa reação pode provocar um estreitamento (estenose) que dificulta a passagem do sangue ou interrompe completamente o fluxo sanguíneo. Quando isso ocorre, os tecidos e órgãos irrigados pelos vasos inflamados deixam de receber o sangue necessário para sua sobrevivência.
Uma vez afetado um vaso, a probabilidade maior é que, dali em diante, apresente alterações em sua estrutura, tais como o enfraquecimento da parede, que predispõe à formação de aneurismas e hemorragias, ou o aumento definitivo de sua espessura.
Classificação
As vasculites podem surgir em qualquer vaso do corpo de homens e mulheres, não importa a idade. Elas podem ser classificadas em primárias ou secundárias.Vasculites primárias – formas mais raras da doença, caracterizam-se pela agressão direta aos vasos sanguíneos. Embora as causas não sejam conhecidas, é fundamental que a inflamação não tenha sido desencadeada por nenhuma outra enfermidade e que o sistema imune esteja envolvido;
Vasculites secundárias – estão associadas a uma doença de base. As causas mais comuns são as infecções por vírus, doenças autoimunes (como lúpus, artrite reumatoide e esclerodermia, por exemplo), reações alérgicas a medicamentos e alguns tipos de câncer, entre eles, a leucemia e os linfomas.
Sintomas
Os sintomas das vasculites variam de acordo com os vasos comprometidos pela inflamação e os órgãos afetados
rins, articulações,
sistema nervoso central e
vias respiratórias
Nas fases iniciais, costumam ser inespecíficos, ou seja, são semelhantes aos provocados por vários outros quadros inflamatórios. A pessoa se queixa de mal-estar,
febre,
sudorese,
fraqueza,
cansaço,
perda de apetite,
emagrecimento.
Com a evolução da doença subjacente, podem ocorrer as seguintes manifestações clínicas:
dor abdominal e nas juntas,
urina escura ou com sinais de sangue,
tromboses,
aparecimento de manchas vermelhas na pele,
sensação de formigamento e
perda de sensibilidade nas áreas próximas aos vasos inflamados.
Diagnóstico
Estabelecer um diagnóstico preciso da vasculite não é das tarefas mais fáceis porque, no início, os sintomas são inespecíficos, de evolução quase sempre lenta, e semelhantes aos de muitos outros processos inflamatórios. No entanto, a distinção entre as diferentes formas da doença é fundamental para orientar o tratamento. Para tanto, é preciso levar em conta a história do paciente, os sintomas, uma avaliação clínica minuciosa e o resultado de exames específicos de sangue e de imagem. A biópsia dos tecidos e órgãos acometidos pela doença é um recurso indispensável para esclarecer o diagnóstico.
Tratamento
O objetivo do tratamento da vasculite é reduzir a inflamação nos vasos sanguíneos. Ele varia de acordo com o tipo e gravidade da doença e as condições do órgão afetado. Em alguns casos, a enfermidade é autolimitada e desaparece espontaneamente. Em outros, quando é possível identificar a causa, é suficiente afastar o agente etiológico para reverter o quadro. Às vezes, a pessoa está aparentemente curada, mas os sinais da infecção ressurgem e é necessário retomar o tratamento.
Há vários tipos de vasculite que respondem bem aos medicamentos esteroides para controlar a inflamação. Infelizmente, casos mais graves exigem a prescrição de drogas imunossupressoras e citotóxicas para destruir as células do sistema imunológico que participam do processo inflamatório. Quando o uso dessa medicação se faz absolutamente necessário por longos períodos, é preciso introduzir medidas para evitar os efeitos adversos dos esteroides e o risco de infecções oportunistas.
Lembre que o diagnóstico precoce da vasculite representa um pré-requisito básico para o sucesso do tratamento das diferentes formas da doença. Não se automedique. Procure assistência médica se os sintomas típicos da inflamação forem recorrentes.
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