quinta-feira, 5 de janeiro de 2023

Septicemia

A septicemia é uma inflamação que se espalha pelo organismo após uma infecção, que, na maioria das vezes, é causada por uma bactéria.

A septicemia, também conhecida como sepse, é uma condição de resposta exagerada a uma infecção no corpo, seja por bactérias, fungos ou vírus, que acaba causando disfunção orgânica, ou seja, que dificulta o normal funcionamento do corpo.

Geralmente, os sinais e sintomas de sepse incluem febre, diminuição da pressão arterial, respiração acelerada e confusão, mas podem variar de acordo com a gravidade da infecção, assim como a causa e o estado geral da pessoa.

Por ser uma condição grave, é importante que, sempre que existir suspeita de sepse, se vá imediatamente ao hospital, para confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento adequado, reduzindo o risco de complicações.



Sintomas de septicemia

Os sintomas da septicemia surgem muito rapidamente e são mais frequentes após uma cirurgia ou quando se tem outra infecção no corpo. Na presença destes sintomas, deve-se ir urgentemente ao hospital para iniciar o tratamento o mais rápido possível.

Alguns dos sinais e sintomas que ajudam a identificar uma septicemia, ou sepse, incluem:

Febre acima de 38ºC;

Pressão arterial sistólica (máxima) inferior a 90 mmHg;

Respiração rápida, com mais de 20 ciclos por minuto;

Batimento cardíaco acelerado, com mais de 90 batimentos por minuto;

Diminuição da quantidade de urina;

Desmaio ou confusão mental.


Quando a septicemia não é tratada inicialmente, o quadro pode se agravar para uma condição de choque séptico, onde existe maior disfunção do organismo e que é caracterizada por apresentar diminuição da pressão arterial que não responde à administração de soro na veia. Conheça melhor o que éo choque sépticoe como se tratacuda

Principais causas

A septicemia, ou sepse, pode surgir em qualquer pessoa que tenha uma infecção localizada que não é tratada, como infecção urinária, intestinal ou pneumonia, por exemplo. 

É  mais frequente em recém-nascidos, sendo conhecida como septicemia neonatal, ou em idosos, devido ao fato de terem o sistema imune mais enfraquecido.

Além disso, pessoas com queimaduras ou feridas graves, que utilizem sonda vesical e/ou que tenham o sistema imune enfraquecido por uma doença autoimune, também apresentam um elevado risco de desenvolver uma septicemia.

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico de septicemia deve ser sempre feito no hospital, sendo muito importante a avaliação clínica. Além disso, o médico também deverá pedir exames laboratoriais para avaliar vários parâmetros do sangue, entre os quais a quantidade de lactato sérico, a pressão parcial de oxigênio, a contagem de células sanguíneas e o índice de coagulação do sangue, por exemplo.

Entre os exames laboratoriais que ajudam no diagnóstico:

hemocultura, 
que serve para ajudar a identificar o tipo de microrganismo que está causando a sepse, permitindo orientar melhor o tratamento. 

Entenda o que é e como  feita  a hemocultura.

Tratamento para septicemia

O tratamento da septicemia deve ser feito em internamento no hospital e iniciado o mais rápido possível, por profissionais de saúde com experiência na assistência a pacientes criticamente doentes.

Uma vez que a maior parte dos casos de sepse é causada por bactérias, é comum que o tratamento seja iniciado com a administração de um antibiótico de amplo espetro diretamente na veia para tentar controlar a infecção. Após a saída dos resultados das hemoculturas, o médico poderá alterar esse antibiótico para um mais específico, de forma a combater a infecção mais rapidamente.

Caso a infecção esteja sendo causada por fungos, vírus ou outro tipo de micro-organismo, o antibiótico inicial também é interrompido e são administrados os remédios mais adequados.

Durante todo o tratamento é importante ainda fazer a reposição de líquidos no corpo para regular a pressão arterial. Assim, é administrado soro diretamente na veia e, em casos mais graves, podem ainda ser utilizados remédios vasopressores para manter a pressão arterial mais regulado.

Atualizado por Marcela Lemos 
 - Biomédica, em dezembro de 2022. 

revisão médica por Dra.Sylvia Hinrichsen
 - Infectologista, em outubro de 2019.

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