“Hoje escrevo para mulheres que choram em silêncio...
Para quem morde os lábios e os dias, para se encher de coragem e continuar...
Para quem sorri sem dizer que tem medo, que está com o coração partido, que o mundo simplesmente desabou..
Escrevo para aquelas mulheres valentes que choram em segredo, mordendo o travesseiro todas as noites porque não há palavras que se ouçam, porque não há choro que se entenda...
Para quem luta com as exigências dos dias de hoje...
Para quem luta para ser boa mãe, boa esposa, boa trabalhadora, independente e quer ficar linda na frente do espelho, tudo ao mesmo tempo...
Para quem largou tudo para ir atrás de um amor que acabou em nada...
Para quem abre mão de seus sonhos para se entregar aos sonhos de seus filhos ou de seus parceiros...
Para aquelas que não querem ser vistas como objetos, como inúteis, e querem demonstrar suas habilidades, mas o mundo fecha as portas...
Para aquelas que andam de pé na rua, acenando calmamente, quando dentro querem gritar que o mundo as machuca, que o mundo as mata...
Escrevo para as mulheres que ninguém vê chorar, mas trazem um rio de lágrimas para suas almas...
Para quem tem uma vida perfeita, um marido perfeito, filhos perfeitos e que no final das contas é mais que uma fachada...
Para aquelas que estão quebradas e sentindo falta de alguém...
Para quem está morrendo, querendo morrer, mas continua levantando todos os dias para sorrir para os outros...
Para mulheres fortes, que tem a alma quebrada e o espírito quebrantado e sem forças...
Para quem perdeu a esperança, para quem se sente derrotada sem o dizer...
Pra quem viu a vida passar pela janela...
E as que pegaram o trem errado e que no final as deixaram mentindo...
Para quem quer parar de chorar mas não consegue...
Escrevo para elas...
Um abraço à distância…
Mario Beneditte
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