sábado, 23 de março de 2024

51 pleonasmos que as pessoas falam diariamente sem perceber


O pleonasmo é mais comum do que se imagina, se quando falamos de pleonasmo você lembra de "subir pra cima" saiba que você fala muitos outros
Autor Ricardo

Se tem uma coisa que pega muita gente desprevenida é o pleonasmo. Quem nunca disse, mesmo sem querer, “entra pra dentro” em algum momento da vida, que atire a primeira pedra. O pleonasmo é um recurso linguístico que utiliza a repetição de um termo ou ideia com o objetivo de trazer maior clareza ou ênfase.

Dependendo do contexto ou da intenção de quem fala, o pleonasmo pode ser uma figura de linguagem ou até mesmo um desvio da norma padrão. Mas, em geral, ele é usado com a intenção de enfatizar a mensagem que alguém quer transmitir ao outro.

Um fato interessante sobre o pleonasmo é que muitos poetas e escritores escrevem seus textos enfatizando conceitos ou termos para chamar a atenção do leitor. Portanto, como o uso do pleonasmo na linguagem literária, tem o objetivo de gerar mais expressividade, o mesmo não é considerado um erro gramatical, mas sim uma licença poética.

Contudo, na comunicação cotidiana, qualquer repetição desnecessária de palavras é conhecida como pleonasmo vicioso, ou seja, um vício de linguagem que, em alguns casos, é considerado inaceitável. Pensando em melhorar sua comunicação, a seguir, vamos apresentar 50 dos pleonasmos mais comuns falados, para que você possa se policiar quando estiver conversando.

Pleonasmos mais falados

A seguir, vamos apresentar alguns dos pleonasmos mais falados, levando em consideração a frequência em que cada um costuma ser usado ou é reconhecido quando vamos nos comunicar:

1Abusar demais;

2Acabamento final;

3Adiar para depois;

4Amanhecer o dia;

5Antecipar para antes;

6Arder em chamas;

7Baseado em fatos reais;

8Cego dos olhos;

9Certeza absoluta;

10Comparecer pessoalmente;

11Conclusão final;

12Consenso geral;

13Continuar ainda;

14Conviver junto;

15Dar de graça;

16Decapitar a cabeça;

17Descer para baixo;

18Duas metades iguais;

19Dupla de dois;

20Empréstimo temporário;

21Encarar de frente;

22Entrar para dentro;

23Estrelas do céu;

24Fato verídico;

25Gritar alto;

26Há muitos anos atrás;

27Hemorragia de sangue;

28Infarto do coração;

29Introduzir para dentro;

30Labaredas de fogo;

31Limite extremo;

32Maluco da cabeça;

33Manter o mesmo;

34Monopólio exclusivo;

35Multidão de pessoas;

36Ouvir com os ouvidos

37Panorama geral;

38Pisar com os pés;

39Planejar antecipadamente;

40Planos para o futuro;

41Preparar de antemão;

42Prevenir antes;

43Protagonista principal;

44Repetir de novo;

45Retornar de novo;

46Sair para fora;

47Seguir em frente;

48Subir para cima;

49Surdo do ouvido;

50Todos foram unânimes;

51Voltar atrás.

Compreendendo o pleonasmo

O pleonasmo é uma técnica de linguagem onde se repete uma ideia, de forma a construir ou enfatizar um ponto. Essa repetição pode surgir de diversas maneiras na estrutura de uma frase, classificando-se em três categorias principais: vicioso, literário e musical.

O pleonasmo vicioso é basicamente quando repetimos algo sem necessidade, criando redundâncias que, na fala do dia a dia, podem até passar desapercebidas, mas são vistas como deslizes na norma culta da língua.

Por outro lado, o pleonasmo literário é intencional e serve como uma ferramenta estilística. Escritores o utilizam para dar mais força a uma ideia ou descrição, como no caso de dizer “silêncio quieto” para enfatizar a profundidade do silêncio. Aqui, a repetição não é um erro, mas uma escolha deliberada para enriquecer o texto.

Na música, o pleonasmo também encontra seu lugar, especialmente em letras de canções onde a ênfase ou a rima precisam de um reforço. No entanto, essa liberdade criativa às vezes pode ser confundida com o pleonasmo vicioso, especialmente se a repetição não contribuir significativamente para o conteúdo ou forma da obra.

Em resumo, enquanto o pleonasmo pode ser visto como um deslize linguístico no cotidiano, na arte e na literatura, ele se transforma em uma ferramenta expressiva poderosa. Os criadores, nesse contexto, desfrutam de uma “licença poética” para brincar com a linguagem de maneiras que, embora possam ser tecnicamente incorretas, são artisticamente válidas e apreciadas.

Administrador, analista SEO e chefe de redação, atuando frente aos conteúdos mais acessados do país.


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