quarta-feira, 1 de outubro de 2025

Hiponatremia

Hiponatremia é uma condição caracterizada pela concentração anormalmente baixa de sódio no sangue, geralmente causada por um excesso de água no organismo. 

O sódio é crucial para regular a água e as funções celulares, e seus níveis baixos levam a inchaço celular, especialmente no cérebro, o que pode causar sintomas neurológicos como confusão, convulsões e coma. 

As causas incluem doenças cardíacas, renais e hepáticas, uso de certos medicamentos e excesso de ingestão de líquidos, sendo o tratamento focado em reverter o desequilíbrio hídrico e tratar a condição subjacente.

O que é?

Baixo nível de sódio:
É uma condição médica onde os níveis de sódio no sangue estão abaixo do normal (abaixo de 135 mEq/L).

Desequilíbrio entre água e sódio:
O problema geralmente é um excesso de água em relação à quantidade de sódio no corpo, que dilui o sódio.

Causas comuns

Excesso de ingestão de líquidos: 
Beber muita água pode diluir os eletrólitos, incluindo o sódio.

Doenças: 
Insuficiência cardíaca, doenças hepáticas e renais podem contribuir para a hiponatremia.

Medicamentos: 
Diuréticos e outros remédios podem levar à perda de sódio.

Síndrome de Secreção Inadequada de Hormônio Antidiurético (SIHAD): 
Condições hormonais que levam a uma retenção excessiva de água.

Sintomas

Os sintomas se manifestam devido ao inchaço das células cerebrais.

Cefaleia (dor de cabeça)

Confusão e lentidão de raciocínio

Náusea e vômito

Fraqueza e fadiga

Cãibras musculares

Em casos graves: convulsões e coma

Diagnóstico e tratamento

Diagnóstico: 
É feito por meio de exames de sangue que medem os níveis de sódio.

Tratamento: Envolve:

Restrição hídrica: 
Limitar a ingestão de água.

Correção da causa: 
Tratar a doença subjacente (insuficiência cardíaca, renal, etc.) ou ajustar medicamentos.

Administração de fluidos: 
Em casos graves, pode ser necessário administrar fluidos intravenosos para corrigir o nível de sódio.

Importância

A hiponatremia pode ser perigosa, especialmente quando se desenvolve rapidamente, e deve ser avaliada por um médico, que determinará a causa e o tratamento adequado.

Hiponatremia (níveis baixos de sódio no sangue) - MSD Manuals

Na hiponatremia, os níveis de sódio no sangue estão excessivamente baixos. 

MSD Manuals



Hiponatremia: o que é e como é diagnosticada - Salomão Zoppi
21 de nov. de 2023 — A hiponatremia é uma condição médica caracterizada pela baixa concentração de sódio no sangue. Essa condição pod...
Salomão Zoppi


Médico explica risco de hiponatremia após susto de María Antonieta, a Chiquinha: ‘Nunca tente corrigir em casa’

Queda e hospitalização de María Antonieta de las Nieves, a Chiquinha do Chaves, chamam atenção para a hiponatremia e médico alerta para sinais e cuidados

Por Dr. Matheus Luis Castelan Trilico

María Antonieta de las Nieves - Foto: Instagram

A atriz María Antonieta de las Nieves , de 78 anos, conhecida mundialmente como a eterna Chiquinha do seriado Chaves, viveu dias de tensão no final de agosto. 

Ela foi hospitalizada após uma crise de ansiedade severa, quando exames apontaram deficiência de sódio no sangue e uma possível deterioração neurológica. Poucos dias depois, em de setembro, María Antonieta sofreu queda de uma escada em um teatro, mas conseguiu se levantar rapidamente e não teve ferimentos graves.

A CARAS Brasil conversou com o neurologista Matheus Luis Castelan Trilico, que analisou o caso e explicou os cuidados necessários para evitar complicações em situações como essa.

Fatores de risco para hiponatremia em idosos

Segundo o Dr. Trilico, diversos fatores contribuem para a hiponatremia, condição em que há baixa concentração de sódio no sangue, sendo os medicamentos a causa mais comum.

“O uso de diuréticos, antidepressivos – especialmente os inibidores seletivos de recaptação de serotonina –, anticonvulsivantes e alguns anti-hipertensivos pode interferir na regulação do sódio”, explica o médico.

Ele destaca ainda que insuficiência cardíaca, cirrose hepática, hipotireoidismo e a síndrome de secreção inadequada do hormônio antidiurético (SIADH) também elevam o risco: “O processo natural de envelhecimento reduz a capacidade dos rins de concentrar urina e a sensibilidade ao hormônio antidiurético”, acrescenta.

O perfil de maior risco inclui mulheres acima de 65 anos, principalmente aquelas com múltiplas comorbidades e uso de vários medicamentos.

Idosos institucionalizados, com demência ou transtornos psiquiátricos, também são mais vulneráveis:

“Infecções,

cirurgias recentes,

vômitos persistentes ou

diarreia podem precipitar episódios de hiponatremia. Identificar precocemente esses fatores é fundamental para prevenção e monitoramento”, alerta.

Tratamento cuidadoso e monitoramento constante

O neurologista reforça que o tratamento da hiponatremia em idosos exige atenção especial: “A correção inadequada pode ser mais perigosa que a própria condição“, diz o Dr. Trilico.

Em casos leves ou moderados, o tratamento geralmente envolve restrição controlada de líquidos, ajuste ou suspensão de medicamentos e tratamento da doença de base:

“Quando os sintomas neurológicos são graves, pode ser necessária a correção com soluções salinas hipertônicas em ambiente hospitalar, sempre com monitoramento rigoroso”, explica.

A velocidade de correção é um ponto crítico: “Se for muito rápida, pode causar a síndrome de desmielinização osmótica, uma complicação neurológica grave e potencialmente irreversível”, alerta o especialista.

Durante a recuperação, é essencial o monitoramento laboratorial frequente, avaliação neurológica regular e controle rigoroso da ingestão de líquidos: “A educação da família sobre sinais de melhora ou piora é vital para o sucesso do tratamento”, enfatiza.

Como familiares podem prevenir e agir rapidamente?

O médico destaca que a prevenção da hiponatremia começa em casa.

“É importante manter uma lista atualizada de todos os medicamentos e suplementos, fazendo revisões periódicas com o médico para identificar possíveis interações ou ajustes”, orienta.

O controle de doenças como diabetes, problemas cardíacos e de tireoide é essencial: “Famílias devem observar o equilíbrio hídrico: nem restringir demais, nem permitir ingestão excessiva de líquidos, especialmente água pura”, explica.

A observação diária do comportamento, apetite e capacidades cognitivas do idoso também ajuda a detectar mudanças precoces: “Ao notar sintomas como confusão, náuseas, fraqueza ou alterações de comportamento, é fundamental buscar avaliação médica urgente. Nunca tente corrigir em casa oferecendo sal ou restringindo líquidos sem orientação”, reforça.

Dr. Matheus conclui: “Cuidadores bem informados fazem a diferença entre um episódio controlado e uma emergência neurológica grave”.

Dr. Matheus Luis Castelan Trilico é médico pela Faculdade Estadual de Medicina de Marília (FAMEMA); Neurologista com residência médica pelo Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (HC-UFPR); Mestre em Medicina Interna e Ciências da Saúde pelo HC-UFPR e tem pós-graduação em Transtorno do Espectro Autista. Referência em Autismo e TDAH em adultos. CRM 35805PR I RQE 24818.

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