Os acontecimentos tidos e vividos em nosso dia a dia, irradiados intensamente por energias, emoções e significados diversos, trazem ao universo das nossas infinitas indagações a busca do significado do que seja o viver...
Antes, algumas reflexões merecem ser destacadas.
Para uns, o ter, ditado por essa sociedade doente, preenche materialmente o vazio angustiante que grita intensamente e incessantemente dentro de cada um deles, esquecendo os valores éticos e morais, incorporando-os os atos da inveja, do ódio, da luxúria ente outros, que tanto lhes causam mal...
As doenças se alojam rapidamente; os seus familiares ou os amigos mais próximos são esquecidos, criando, portanto, o seu mundo prisioneiro, coberto pelo véu da tristeza e da desolação...
Para outros, o culto às religiões, sem espírito de devoção, achando-se cumpridores dos mandamentos cristãos, soment4 aflora o buraco mais profundo de um estágio de vda chamado inquietação.
Assim sendo, os dias se passam, sob o facho da luz de um sol enfraquecido; do canto dos pássaros entristecidos; das lágrimas salgadas de um mar desiludido; do distanciamento acontecido entre os seres humanos adormecidos e o frio de uma noite emudecida, tragada por um sono mal resolvido.
É aí onde se encontra a sutiliza de todo esse mistério... Será que é como descobrir "a agulha em um palheiro"? Talvez seja o mais simples, onde se pode ser visto ou alcançado, através da beleza contida no falar, no fazer e no olhar de um ser chamado criança...
É esse o roteiro do filme vida-viver no qual somos participes ou atores naturais, onde, nele, expomos as nossas fraquezas, as nossas tristezas e o nosso jeito de ser para, lá na frente, ou quem sabe, no momento veloz e completo da nossa consciência, sentimos a existência da vida como o melhor presente recebido das mãos de Deus.
Por José Ventura Filho
Poeta/cronista
Publicado na revista fiquesabendo
Maio/2013
Maio/2013
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