José Eriberto, 6 anos, chegou à terapia agitado, gritando e agressivo com as profissionais. Mas bastou cinco minutos com o terapeuta Marley para os dois começarem a brincadeira.. Para esse feito,Marley usou suas melhores armas: o carinho, a sinceridade e algumas lambidas no rosto. Marley é o golden retrivier do canil da Polícia Militar que participa da cinoterapia na Associação dos pais e amigos dos excepcionais da Paraíba (Apae-PB). A mãe de José Eriberto, que começou o acompanhamento na unidade há apenas um mês,Vera Lúcia Vasconcelos já vê os resultados da terapia. "Hoje ele olha para a gente, busca falar mais, mesmo sem a gente compreender. É uma evolução muito grande", contou.
Quem vê Gabriel, 8 anos, sentado quietinho aguardando sua vez de passear com Marley, não imagina o quanto ele era agressivo e hiperativo.Ele é autista e tem atraso mental e é acompanhado há cinco anos. A mãe, Elaine Cristina de Sousa, disse que Gabriel nunca teve contato com nenhum animal porque ela tinha medo dele não se adaptar.. Depois da cinoterapia, os resultados foram tão positivos que ela adotou um vira-lata., Pituxo, que hoje é o melhor amigo do filho. " Não sabia que a convivência com o cachorro seria tão boa pra ele. O Pituxo ama Gabriel, eles brincam de correr, é uma diversão. ", contou.
Elaine analisa que, depois da cinoterapia, o seu filho mudou para melhor. Ele não é mais agressivo com os profissionais - antes ele vivia beliscando o psicólogo e os policiais - e está mais calmo. "Gabriel mudou muito, não vou dizer 100% porque ele ainda precisa de tratamento, mas melhorou uns 90%. Antigamente ele não ficava quieto, era muito agitado. No começo, ele não sabia como lidar com o cão, hoje ele interage com o animal e melhorou a socialização", descreveu.
Amanda Carvalho
Publicado no jornal Correio da Paraíba
Edição de 16/06//2013.
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