um conto-uma crônica
O antológico livro de Saint-Exupéry, O Pequeno Príncipe completa 70 anos e segue atualíssimo, como se o tempo para ele não avançasse. "O essencial é invisível aos olhos". "É preciso buscar com o coração" são algumas de suas mensagens inesquecíveis.
Desde muito cedo mostrei a obra a meus filhos, pois entendi sua função de levar às crianças questões filosóficas de profundidade, inquietações construtivas do existir, de forma que inspirou minha caçula Beatriz, a compor músicas, ao violão, o que muito me honra.Aos treze anos, ela já entende o simbolismo fascinante do livro - o rei, o vaidoso, o geógrafo (ou geômetro, que contava as estrelas e se dizia dono delas), a rosa, a raposa, o adulto solitário,a serpente e outros.
O príncipe vivia sozinho em seu minúsculo planeta, feliz com sua rosa que, por tirar a paz do principezinho, quase o expulsou de lá. Então ele passou a viajar por outros planetas, até que chegou à Terra e encontrou personagens que o levaram a descobrir o segredo do que realmente é importante na vida, para que sejamos felizes.
O Pequeno Príncipe nos propõe uma mudança de valores, a necessidade do autoconhecimento para que o homem aprenda a julgar a si mesmo, mostrando que, avaliarmos mal as pessoas e as situações, é um comportamento que nos leva à solidão. A mensagem principal do livro é mostrar que a essência é muito mais importante que as coisas materiais. Fica ainda o alerta para a necessidade de mantermos nosso lado criança, pois quando nos tornamos adultos nos perdemos entre as preocupações e os problemas, esquecendo a criança que fomos e que sempre seremos.
Fátima Araújo
Jornalista
Publicada no jornal Correio da Paraíba
Acalanto
09/04/2013
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