Sempre nutri o maior respeito pelos profissionais circenses, artistas autênticos que lutam, com garra, pela elevação da arte e pelo próprio sustento. Na maioria das vezes, são criaturas maravilhosas que unem o talento ao amor ao belo, isto na maior naturalidade do mundo, sem artifícios, sem subterfúgios, pois o que importa é a criatividade e a alegria que transmitem ao público; o que vale é a sedução, a fantasia e a ternura.
Neste final de semana, fui com minha família ao circo, onde nos divertimos o suficiente para lembrarmos da infância, para darmos as risadas necessárias e fugirmos um pouco da agitação da vida. Isto porque o circo tem aquele cheirinho de inocência, de brincadeira infantil, na hilaridade dos palhaços que nos arrancam gargalhadas e, por que não dizer, de uma didática santa, pois ali reaprendemos o significado da pureza, voltamos aos velhos tempos de crianças: sem reservas, sem malícia, sem preconceito, puros e limpos de alma e coração!
Outro sentimento a que nos reporta o circo é o da transitoriedade da vida: num dia, os artistas estão numa cidade, num outro, viajam e vão mostrar sua arte em países bem distantes, como nômades, errantes, descompromissados com o tempo e o espaço. Isto do jeito que acontece com a vida, onde nada é definitivo, não sabemos sequer por quanto tempo ocuparemos tal e tal espaço, não sabemos se vamos concluir nosso belo projeto, nem se ainda haverá tempo para alimentarmos aquele sonho tão acalentado...
Amigos, aproveitem este momento em que estamos com dois circos maravilhosos em nossa capital, e levem seus filhos, seus pais, seus amores e seus amigos para uma sessão de lazer. Trata-se de uma grande higiene mental e faz muito bem ao espírito!
Fátima Araújo
Coreio da paraíba
Terça-feira, 19 de novembro de 2013
Coluna Acalanto
Recebido por e-mail da própria autora.
Nenhum comentário:
Postar um comentário