terça-feira, 10 de junho de 2014

Linguagem:Dos Cães: Entendendo Os Sinais

Para entender e interpretar a linguagem corporal dos cães é importante captar o conjunto de mensagens enviadas por eles ao mesmo tempo transmitidas pelas diferentes partes do corpo, como, cauda, orelhas, olhos, pelos e pela boca. Os cães dispõem de uma linguagem corporal que faz com que eles se comuniquem de modo bastante eficiente o atendimento para as suas necessidades. A transferência de informação de um animal para outro por meio de sinais foram assimilados e evoluíram para que existisse essa função. Nesse processo de comunicação eles desenvolvem suas mensagens de acordo com o meio onde vivem. Eles possuem uma grande capacidade de adaptação ao convívio que conseguem criar uma linguagem específica para se comunicar com a sua família humana.

Os cães se comunicam por meio de um código composto por odores específicos, sinais e percepções. A comunicação entre os cães é vital para sua sobrevivência, pois são animais sociais, acostumados a viver em grupos (matilhas) desde a antiguidade.

A linguagem dos cães não é difícil de ser compreendida. Dá-se através dos sons, gestos, expressões e atitudes demonstradas por eles que são bastante significativas nas comunicações. É possível lembrar e relacionar algumas dessas linguagens que estão presentes no dia a dia do seu "amigão".

1 - Em alerta e atento:
- Quando ele ergue a orelha para determinar direção, é porque ele escutou algum barulho e está localizando ou identificando é sinal de atenção e alerta.
- Quando projeta o pescoço para frente e para cima, com a boca fechada, está captando odores. O cão é extremamente farejador.
- Quando está com a boca e lábios relaxados mostra que algo o está excitando.
- Quando ele late sem parar, é porque quer defender o seu território de algum intruso. Ele mostra os dentes, franze a cara e focinho, põe as orelhas para trás, ou seja, está pronto para atacar.
Em carência afetiva: 
- Quando ele destrói os objetos que encontra, é porque está se sentindo só, desprezado e abandonado, esta reação é entendida como uma atitude de vingança.
- Quando ele fica se esfregando no dono, é porque quer ser acariciado.
- Quando ele cutucar com o focinho o dono é porque quer chamar atenção e/ou pedir alguma coisa.


2 - Em alegria e afeto:
- Quando está com as orelhas atentas, a cabeça erguida e cauda.
- Quando ele der lambidinhas é porque está externando o afeto que tem pelo dono, principalmente quando lambe as mãos e o rosto.
- Quando ele deita de costas pode significar que ele está alegre e quer brincar.
Em relação à cauda:
- Quando a cauda balança é alegria, segurança.
- Quando a cauda está levantada é que está pronto para brigar.
- Quando está baixa é sinal de insegurança.
- Quando está parada é inquietude; quando está entre as pernas, é medo ou quer fazer suas necessidades.

3 - Em comunicação com outro cão
- Quando ele cheira o rabo de outro cão é porque quer conhecê-lo e identificá-lo pelo seu cheiro pessoal, produzido pela glândula anal, é como se fosse a "carteira de identidade".
Em estresse:
- Quando saliva excessivamente, a respiração fica acelerado e muda a direção do olhar rapidamente, são sinais de estrese diante dessa situação de desconforto; estes sintomas são visíveis e ocorrem geralmente nas clínicas ou consultórios veterinários, no salão de banho e tosa ou em outros lugares fora do convívio.
- Quando está brigando e perdendo, se "rende"mostrando que não quer mais brigar.

4 - Em relação a submissão
- Pode ser passiva, quando o cão fica bem calmo.
- Pode ser limitrofe, pode evoluir para fuga que é quando o cão ao menor descuido sai correndo; pode evoluir para o medo ou para agressão em que o ataque se o dono ou interlocutor estiver com energia negativa, descontrolado pela irritação.
Outra situação, quando ele enterra ou esconde objetos ou comida. Esta atitude é porque o animal herdou este hábito dos seus antepassados, que escondiam o alimento para garantir a próxima refeição.
Deve-se observar que nem sempre abanar a cauda significa que o cão está feliz. Pode ser ansiedade, medo ou insegurança. O dono precisa saber interpretar. Fiquem atentos aso sinais dados por seus bichinhos e procurem entender a sua linguagem. Com a experiência do dia a dia os hábitos passam a fazer parte da rotina e o dono passa a conhecer o significado de cada latido ou gesto do "fiel amigo".

Dicas importantes:

1 - Quando se aproximar de um cão desconhecido, vá devagar, deixe que ele se aproxime e o cheire antes, mantenha o olhar indireto e não o toque.
2 - Evite falar demais com o cão. Use frases curtas, em tom normal e repetitivo.
3 - Falar com o cão em tons graves pode significar para ele repreensão.
4 - Falar com o cão em agudos pode significar para ele fraqueza e submissão.
5 - O cão só deve ser chamado pelo nome como comando para ele ir ao encontro do dono.

Por Vilênia Toscano Cunha
Tudo sobre cães

Publicado no jornal Correio da Paraíba
Revista da TV


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