terça-feira, 7 de julho de 2015

Marcos Pasquim

 Marcos Pasquim
O publico feminino reagiu mal à ideia de ver Marcos Pasquim, de 45 anos, na pele de um homossexual em Babilônia. A explicação para a resistência é simples: o ator brilhou nos anos 2000 em papéis que valorizavam o seu corpo sarado. Sendo assim, Carlos Alberto, de uma hora para outra, virou hétero na trama .Mudanças à parte, o artista tem uma trajetória rica na telinha, que começou em Cara e Coroa (1995),  sua estreia em novelas da Globo.
 Marcos Pasquim em Cara e Coroa
Depois desta obra, Marco teve passagens pela extinta Rede Manchete, onde fez Mandacaru (1997) e Brida (1998), e também pelo SBT, em Chiquititas (1998). Até esse momento, o artista cumpria a sua função com talento, mas a fama era pequena e o sonho do reconhecimento ainda não havia chegado para valer.

Descamisado  
 Marcos Pasquim em Uga Uga
A carreira de Pasquim deu uma guinada em Uga Uga (2000), quando interpretou Casemiro Baldochi, o Van Damme.Com esse trabalho, deu início à uma fase de galã ou de 'descamisado' - como ficaram conhecidos os atores que protagonizavam as tramas de Carlos Lombardi -, fazendo a maior parte das cenas com o abdome exposto.

A 'virilidade' de Pasquim esteve presente até em uma minissérie de época. Em O Quinto dos Infernos (2002), ele criou um D.Pedro I bem diferente do descrito nos tradicionais livros de História. Na obra, a vida afetiva do imperador era o maior foco, o que levou o ator a fazer cenas bem ousadas, com pouquíssima roupa. Cubanacan (2003) também explorou o físico de Pasquim. No folhetim, ele deu vida ao misterioso Esteban, mocinho desmemoriado que acreditava ter sido um marginal no passado.

Mudança de rumo

 Marcos Pasquim  em A Lua me Disse 
Sem deixar a vocação de símbolo sexual de lado, o astro fez, digamos, o seu primeiro mocinho romântico, em A Lua me Disse (2005). Na trama , interpretou o Tadeu que, aparentemente, era um homem dono de um caráter irretocável e um bom coração, mas quando começou a disputar o amor de Heloisa (Adriana Esteves) com Gustavo (Wagner Moura), se revelou uma pessoa inescrupulosa. Mas se o posto de herói da novela foi perdido para Wagner, foi esse trabalho que começou a marcar uma nova fase no currículo de Pasquim, que atuou durante toda a novela sem precisar lançar mão do físico privilegiado.
Marcos Pasquim em Pé na Jaca
 E no ano seguinte ele se despediu de vez do posto de 'descamisado' no folhetim Pé na Jaca, na pele de Lance, um típico anti-herói, pois tinha bom coração, mas valores bem flexíveis.

Novos tempos

 Marcos Pasquim em Caras e Bocas 
Em Caras e Bocas (2009),   era um 'pintor famoso' que formou uma dupla do barulho com o macaco 'Xico', com quem dividia o protagonismo do folhetim de Walcyr Carrasco. Denis era um artista plástico medíocre que ganhou fama ao assinar os quadros pintados pelo simpático animal.

Marcos Pasquim em Saramandaia
 Já no remake de Saramandaia (2013), consolidou o novo rumo artístico quando deu vida ao vilão Carlito, que esbanjava dissimulação e ambição. 


Marcos Pasquim em Babilônia
Agora, em Babilônia, ele exerce mais uma vez seu lado 'sedutor' como o ex-atleta Carlos Alberto, que já está todo empolgado com Regina (Camila Pitanga). Ou seja, o galã está de volta!.    

Na Telinha
1995 - Cara e Coroa  
Cosme
2000 - Uga Uga
Casemiro (Van Damme)
2002 - O Quinto dos Infernos
D.Pedro I
2005 - A Lua me Disse
Tadeu Moraes
2009 - Caras e Bocas
Denis Azevedo
2013 - Saramandaia
Carlito Prata
2015 - Babilônia
Carlos Alberto

Texto: Cristina Souza 

Publicado na revista TV Brasil
Número 797
Trajetória
Fotos: Globo/Divulgação

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